Alergias x depressão: pesquisa alerta sobre o excesso de medicamentos

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(Imagem: Shutterstock)

Pouca gente sabe, mas pessoas que sofrem de algum tipo de alergia – seja respiratória, como asma e rinite, ou até mesmo urticárias – e fazem uso contínuo de remédios antialérgicos, têm o dobro de chances de sofrerem de depressão. E não é à toa. Uma pesquisa americana mostrou que a citocina, substância presente em medicamentos como Loratadina e Hidroxizina, diminui nosso nível de serotonina, aquela substância responsável por promover nossa sensação de bem-estar e disposição durante todo o dia.

E a má notícia não para por aí! Além de diminuir nosso gás e energia, os anti-histamínicos também trazem outros efeitos colaterais alarmantes, como cansaço, sensação de mal-estar, dor de cabeça, dificuldade para dormir e para se concentrar. Consequência: chances ainda maiores de nos sentirmos estressadas, ansiosas, depressivas e com alterações de humor.

Mas, calma! Isso não significa que você vai desenvolver um quadro depressivo só porque está tomando um antialérgico. A pesquisa revelou também que cada organismo responde de um jeito aos medicamentos, inclusive ao seu tempo de efeito. O importante é ficar ciente do risco e observar sempre que você começar a sentir sintomas ligados à ansiedade e depressão e, principalmente, se eles costumam aparecer na mesma época em que você está fazendo uso de antialérgicos.

Depressão por antialérgicos: como prevenir
Não adianta, a melhor forma de evitar os efeitos colaterais causados pelos anti-histamínicos ainda é evitando ou reduzindo seu consumo. Mas aí você me pergunta: “Fabi, sofro com alergias crônicas, como asma, rinite ou sinusite, principalmente no inverno, o que devo fazer?”

Especialistas recomendam usar remédios antialérgicos por, no máximo, um mês. O mesmo vale para quem sofre com alergias respiratórias na primavera e outono por causa do pólen das flores. Fora isso, evite ao máximo fazer uso desses medicamentos. Como? Mudando alguns hábitos alimentares ou até mesmo no seu estilo de vida.

Minha primeira dica: comece incluindo no cardápio alimentos ricos em triptofano, substância que favorece o bem-estar. Anote aí o que não deve faltar nas suas refeições:

– Nozes
– Amendoim
– Avelã
– Ovo
– Frango
– Queijo
– Semente de abóbora
– Linhaça
– Aveia
– Arroz integral
– Chocolate amargo

Não esqueça também de praticar atividade física regularmente caso o uso de anti-histamínico seja inevitável, afinal o exercício favorece a liberação de endorfina na corrente sanguínea, aumentando a sensação de felicidade e bom-humor, diminuindo consequentemente os sintomas da depressão. Seja com caminhadas, natação, yoga, pilates ou treinos de musculação, não importa, todo tipo de atividade física é bem-vinda.

Dicas anotadas?

Bjs,
Fabi Scaranzi

7 alimentos que podem piorar sua alergia

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(Foto: mediabakery.com)

Algumas alergias tendem a piorar em determinadas épocas do ano. No inverno, por exemplo, o vento e clima mais seco facilitam a dispersão da poeira e pólen, agravando quadros de doenças respiratórias, como rinite e sinusite. Mas o que a maioria de nós não sabe (até agora!) é que alguns alimentos desempenham um papel importante na hora de prevenir, ou agravar, alergias respiratórias.

Infelizmente, nosso sistema imunológico reconhece o pólen e proteínas semelhantes em determinados alimentos e automaticamente manifesta uma reação alérgica a eles. O nome disso? Síndrome da Alergia Oral! “Uma em cada cinco pessoas sofre de rinite alérgica sazonal, o que faz com ela espirre constantemente, seu nariz escorra ou entupa e seus olhos lacrimejem quando a contagem de pólen aumenta, principalmente a partir do outono”, explica a nutricionista de São Paulo, Daniela Cyrulin.

Ao sentir a presença desse pólen, nosso corpo entra em estado de alerta e começa a atacar. Em outras palavras, alguns alimentos aumentam a liberação da histamina, forçando nosso corpo a reagir, causando as tão famosas coceiras na garganta, irritação no nariz e ardência nos olhos. Mas que alimentos são esses? Talvez seja uma boa ideia se você se afastar – ou se despedir de vez – dos sete alimentos que listamos abaixo se você já estiver cansada de assoar o nariz 20 minutos após cada refeição.

1. Aipo
Quem diria que um alimento tão saudável quanto o aipo poderia agravar suas crises alérgicas, né? Entretanto, ele se torna um perigo para quem sofre de alergia ao pólen de bétula, que, de acordo com Daniela, é um potente estimulante para alergias. O resultado? Um espirro atrás do outro! O mesmo vale para as cenouras. Por isso, talvez seja uma boa ideia fazer algumas trocas na hora de preparar o seu prato de saladas.

2. Avelã
Se você começar a sentir uma coceirinha na garganta imediatamente depois de tomar seu cappuccino, verifique se a avelã não faz parte da receita. Algumas pessoas são tão sensíveis ao alimento que até mesmo seu aroma pode piorar quadros alérgicos. A nutricionista explica que alguns alimentos contêm proteínas que imitam certos tipos de pólen, agravando doenças alérgicas, principalmente quando consumidos crus. E adivinhe: a avelã faz parte dessa lista!

3. Pêssego
Quem sofre de alergia a pólen de gramíneas deve pensar duas vezes antes de incluir o pêssego no cardápio. Entretanto, você não precisa dizer adeus para a sua fruta preferida. Pesquisas americanas comprovaram que ao cozinhar o alimento, é possível diminuir os efeitos que causam a síndrome da alergia oral. Portanto, uma torta de pêssego uma vez ou outra, além de ser uma delícia, é, definitivamente, uma escolha mais segura. Seu nariz agradece!

4. Pimenta
Alimentos picantes, como a pimenta, o pimentão e o rábano podem desencadear problemas de azia ou refluxo, além causar danos nos ouvidos, nariz e garganta. O motivo? “Diferente da rinite alérgica, alimentos muito quentes ou temperados podem levar a pessoa a desenvolver a rinite gustatória. É a presença de uma substância chamada capsaicina, presente principalmente na pimenta, que faz com que nosso corpo reaja através de espirros, coriza e obstrução nasal”, diz Daniela. O tempo de reação, entretanto, é menor, é tende a desaparecer rapidamente.

5. Melancia
Enquanto algumas pessoas não dispensam uma fatia ou outra de melancia nos dias mais quentes do ano, outras preferem (e devem!) se manter afastadas da fruta, já que ela é rica em pólen de ambrósia, um poderoso desencadeador de alergias. Além da melancia, o melão também apresenta riscos para quem desenvolve quadros alérgicos respiratórios facilmente. Mas tente ver pelo lado positivo: o bem da sua saúde é um motivo pra lá de justo quando você tiver que escolher a torta holandesa ao invés da salada de frutas durante as sobremesas.

6. Tomate
Se você tem alergia a grama é melhor deixar o tomate fora da sua lista de supermercados. Em épocas como a primavera e verão, o pólen de gramíneas em contato com a proteína de pólens de frutas e legumes pode levar a espirros, coceira nos olhos, coriza e rinite, e, em casos mais graves, até mesmo febre e asma. A reação se torna ainda pior se o tomate for consumido cru.

7. Álcool
Bebidas alcoólicas, principalmente a cerveja e o vinho, podem piorar sua congestão nasal. O mesmo vale para o chocolate, já que, de acordo com Daniela Cyrulin, ambos os alimentos aumentam a produção de muco e pioram os sintomas de coriza e obstrução das vias respiratórias. Então, talvez valha a pena deixar a cerveja de lado e escolher uma nova bebida no cardápio do happy hour semana que vem.

Alergia ao frio? Aprenda como identificar, conviver e prevenir

fabi frio

Acredita que existe alergia ao frio? Em menores ou maiores graus, ela atinge geralmente adultos e jovens. Também chamada de urticária ao frio, ela nada mais é do que uma reação à exposição ao frio, ao vento e temperaturas mais baixas, além do contato ou imersão em água fria, ingestão de alimentos e bebidas geladas e até quando a pele fica em contato com objetos frios.

Sintomas da alergia ao frio
Se identificou? Então dá uma olhada nos sintomas descritos pela ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia e veja se você convive com a maioria deles (que costumam aparecer imediatamente após a exposição às baixas temperaturas).

Surtos agudos de vergões vermelhos ou amarelos na pele
Erupções (feridas) na pele
Coceira na pele, principalmente nas extremidades do corpo
Sensação de dor e queimação
Dedos das mãos e dos pés inchados
Descamação na pele inchada e vermelha
Em casos mais graves, pode surgir vômito, dor abdominal, febre e dor de cabeça

As mulheres são as mais afetadas pela alergia ao frio e têm como principais áreas afetadas as mãos, os pés, o nariz e a orelha.

Diagnosticando a alergia ao frio
Um dos testes muito utilizado para confirmar o diagnóstico de alergia ao frio é o teste do cubo de gelo. O procedimento é bem simples: basta colocar um pedaço de gelo no antebraço por cinco minutos e depois de 10 minutos verificar se houve, ou não, alguma reação.

Outro teste possível é fazer a imersão da mão e do antebraço em água fria por -5°C a -10°C durante cinco minutos. Quem sofre de alergia ao frio ficará com o braço vermelho e inchado em poucos minutos da remoção da água. Mas atenção, ambos os testes só podem ser feitos com o acompanhamento de um dermatologista ou alergista, ok?

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(Imagem: Shutterstock)

Como tratar os sintomas
No que se diz respeito a medicações, os anti-histamínicos são os únicos capazes de aliviar os sintomas, mas eles não impedem outros surtos de alergia ao frio em situações futuras.

Os maiores cuidados ainda devem ser feitos em casa, aquecendo a região do corpo afetada o quanto antes, evitando o consumo de bebidas alcoólicas e cigarros (que parecem piorar os sintomas) e praticando exercícios físicos, já que eles estimulam a circulação sanguínea. Quem trabalha em regiões frias deve se proteger usando luvas e botas e tomando ao longo do dia bebidas quentes, que ajudam a aumentar a temperatura da pele, como chás, sopas e café.

Em casos mais extremos é preciso tomar cuidado para que não haja uma parada cardíaca ou bloqueio completo da respiração – que podem ocorrer quando a pessoa fica muito tempo embaixo de água gelada, como uma cachoeira, por exemplo – e só podem ser tratadas com uso de adrenalina.

Há quem tente curar a alergia ao frio fazendo tratamento de tolerância gradual e progressiva, se expondo a baixas temperaturas. O tratamento, entretanto, só pode ser realizado em um hospital e sob supervisão médica.

Como prevenir o surgimento das urticárias
O mais importante no tratamento da alergia ao frio é a prevenção. Preste atenção às dicas:

Evite a exposição ao ambiente frio e ventoso, se mantendo sempre em lugares aquecidos e protegidos.
Não coma nem beba alimentos frios. Prefira a temperatura ambiente ou ligeiramente frescos.
Não pratique esportes que envolvam exposição a ambientes frios e evite esportes aquáticos (natação, surfe) por longos períodos.

Como conviver com a alergia ao frio
Quem sofre com esse problema terá que aprender a conviver com ele provavelmente pelo resto da vida. O mais indicado é garantir que seu corpo esteja sempre aquecido, evitando, inclusive, viajar para lugares muito frios. Evite alimentos gelados, tome banho sempre morno e prefira sapatos fechados. É verdade, até mesmo as sandálias abertas podem levar ao desenvolvimento dos sintomas nos dedos dos pés. Melhor prevenir, né?

Dicas anotadas?

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Fonte: ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

Como se livrar das doenças respiratórias no inverno

(Imagem: Pinterest/allergies.healthprobs.com)
(Imagem: Pinterest/allergies.healthprobs.com)

Se bastou ventar um pouquinho mais gelado para você tirar o casaco e uma caixa de lenços do armário, você infelizmente sofre com as tão famosas (e temidas!) doenças respiratórias. Elas não são de difícil tratamento, mas parecem que derrubam a gente quando atacam de vez: o corpo fica dolorido, os olhos ardem e a gente só quer saber de ficar deitada, tomando xícaras e mais xícaras de chá quentinho. O problema é que a doença se manifesta mais rapidamente nesta época do ano porque as pessoas costumam se aglomerar em lugares fechados, como shoppings e restaurantes a fim de fugir do frio, favorecendo a disseminação do vírus.

De acordo com o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas (SP), existe uma diferença entre quadros infecciosos e não infecciosos. “Algumas pessoas apresentam apenas quadros alérgicos, como é o caso da rinite e sinusite. Como o índice de chuva diminui nessa época do ano, a quantidade de pólen e poeira é espalhada mais facilmente, prejudicando os mais sensíveis”, explica. Os quadros infecciosos, entretanto, se manifestam atrás de vírus e bactérias, resultando em resfriados, gripes e em casos mais graves, em pneumonia. Dr. Jean explica que a baixa temperatura resseca as narinas e diminui a proteção do local, levando então a sintomas mais graves, como os que listamos abaixo:

Sintomas
Coceira no nariz, espirros, coriza, dores de cabeça, inchaço na área dos olhos… Se enquanto você lê essa matéria, você apresenta pelo menos dois desses sintomas, sim, você está com alguma doença respiratória alérgica! As infecciosas vão um pouco mais além: você passa a perceber um incomodo na garganta, seguido de tosse seca e nariz entupido com coriza ou catarro por aproximadamente quatro ou cinco dias.

Os sintomas da gripe, entretanto, merecem ainda mais atenção. Além da tosse seca, dor de garganta e nariz escorrendo, a doença leva ao comprometimento do nosso estado geral, causando dores no corpo e até febre alta. Portanto, é preciso ficar de olho!

Tratamentos
Antes de pensar em se automedicar, o ideal é procurar um médico para ter certeza se o quadro é apenas viral ou trata-se de uma infecção bacteriana. O infectologista explica que casos de gripe podem levar a complicações sérias, como pneumonias bacterianas e infecções de ouvido. Nesses casos, somente o uso de antibióticos consegue dar conta do problema. “O uso de medicações antivirais não diminui a progressão da doença, mas abranda os sintomas. Se você precisa passar o dia rodeada de pessoas, mesmo estando gripada, sugira que os outros também tomem o medicamento, assim eles garantem a não contaminação”.

Em situações mais simples, como um resfriado, o ideal é manter as vias aéreas sempre umedecidas, fazendo uso de inalação com soro diariamente. Evite também fazer atividades físicas. O melhor mesmo é ficar em casa, repousando e colocando em dia todos aqueles livros que você comprou e não teve tempo de ler.

Prevenção
Para não passar alguns dias de cama novamente, é fundamental se prevenir. No caso do vírus da gripe, não tem jeito, o melhor é tomar a vacina H1N1. Mas certifique-se primeiro com o seu médico se você está autorizada a tomá-la, já que ela é contraindicada a pessoas com hipersensibilidade aos componentes da vacina.

Agora, para blindar o organismo contra resfriados, sinusites e rinites, o ideal é evitar ambientes aglomerados. “Uma boa opção é criar horários alternativos se você pega transporte público para ir ao trabalho. Tente sair mais cedo ou mais tarde, mantendo-se longe das multidões”, explica dr. Jean. Tenha também sempre um álcool gel na bolsa, já que na maioria das vezes nos contaminamos através de corrimões de escadas e apoios de ônibus. E para não deixar as narinas ressecadas, que tal guardar um soro fisiológico dentro da gaveta do escritório? Ao manter a área umidificada, você protege o local com o anticorpo IGA, que age contra essas infecções.

O infectologista lembra também que alguns alimentos são fundamentais no cardápio de quem quer se manter sempre afastada de doenças respiratórias. Frutas como a laranja, o maracujá e o limão são fontes ricas em vitamina C, proteína capaz de dar um up no nosso sistema imunológico. Portanto, acrescente já as frutinhas na sua próxima lista de supermercado!

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagem: Shutterstock