Site feminino, com notícias, moda, saúde, bem-estar, beleza, coaching, viagens, como fazer, mundo scaranzi, me ajuda Fabi, livros, palestras. Por Fabiana Scaranzi
Para quem sofre de ansiedade, só a ideia de ter que se comunicar com outras pessoas já é motivo suficiente para sentir um bolo no estômago e as mãos suarem frios. Quem faz parte desse time, dificilmente consegue identificar a causa da ansiedade, mas têm decorada a lista de sintomas que ela pode desencadear.
Nas situações do dia a dia, então, a ansiedade pode se tornar uma verdadeira armadilha. Adicione esse nervosismo e insegurança com a pressão de ter uma conversa com um possível cliente ou investidor, de marcar uma reunião com o chefe ou de fazer networking num evento ou workshop. Difícil, né?
E é aí que o problema com a comunicação começa! A pessoa sente dificuldade em articular seus pensamentos de maneira que faça sentido e o medo de ser julgada faz com que ela perca a linha de raciocínio ou que sua mente fique completamente vazia, dando o famoso “branco”. Sem contar os efeitos que ansiedade causa na comunicação corporal: tremor, suor excessivo, peito rígido e aquele nó na garganta que impede que as palavras saiam com naturalidade.
E não para por aí! A comunicação após a crise de ansiedade pode pôr tudo a perder. Você pode ficar irritada ou na defensiva e até projetar todos os seus medos pessoais na pessoa com quem está tentando se comunicar, especialmente ao escolher as palavras erradas e que não expliquem suas reais opiniões e ideias.
Ansiedade x Comunicação: o que fazer Para lidar com esse tipo de frustração, aqui vai a minha dica: a melhor maneira de comunicar o que estamos sentindo, pensando ou precisando é deixando claro para nós mesmas nossas reais intenções.
Um dos grandes gatilhos da ansiedade é nutrir uma variedade de experiências ou raciocínios diferentes sobre um mesmo assunto. Por isso, o que você deve fazer é definir para si mesma qual mensagem é preciso, de fato, passar ao outro. Afinal, a maioria dos problemas de comunicação acontece quando uma ou ambas as partes não entendem os sentimentos e necessidades da outra.
Então, agora é a hora! Antes daquela conversa com um cliente ou investidor, da reunião com o chefe ou o networking que eu citei acima, pegue um papel e caneta e anote exatamente o que você precisa comunicar. Leve o tempo que for para descobrir. Se nem você tem certeza do objetivo da sua comunicação, não dá para esperar que o outro te entenda claramente, né?
Anote seus pensamentos, ideias centrais, pontos principais, palavras-chave. Tenha em mente que, para quem sofre de ansiedade, quanto mais direta, clara, objetiva e rápida for a mensagem, melhor. Faça uma peneira e filtre o que precisa realmente ser dito.
Mantenha suas anotações por perto, afinal a segurança de ter uma “colinha” também ajuda a reduzir os efeitos imediatos da ansiedade. Aí, toda vez que sentir que aquele “branco” está perto de tomar conta da sua mente, é só revisar seus tópicos principais.
Ah, e não se esqueça: a ansiedade não é mais vista como tabu e a maioria das pessoas é bastante compreensiva. Por isso, se preferir, seja honesta antes de começar seu discurso ou apresentação e explique como a ansiedade pode atrapalhar a sua comunicação em alguns momentos.
Por fim, pergunte ao outro se ele entendeu sua mensagem com clareza. Assim, você consegue corrigir qualquer possível falha na comunicação e garante que suas informações, ideias e opiniões sejam transmitidas e absorvidas com clareza.
Principalmente no mundo dos negócios, nossa confiança se abala à medida que cometemos erros e aumenta conforme realizamos tarefas e superamos limites. A maneira como reagimos a críticas e a nossa capacidade de aprendermos conforme as decisões que tomamos ao longo do dia também interferem (e muito!) na nossa autoestima.
Se você tem o costume de se comparar com outras pessoas no escritório, vive buscando por aprovação ou validação de chefes e colegas, se duvida da sua competência, sente um medo constante de perder o emprego ou se acha incapaz de conseguir uma promoção, essa matéria pode te ajudar. Aumentar a confiança e a autoestima no ambiente profissional é possível, desde que você esteja preparada a fazer algumas mudanças nas suas atitudes com alguns hábitos diários. Preparada?
1. Comece a tomar mais decisões
Para construir sua autoestima, você precisa começar a confiar mais em si mesma. Como? Tomando mais decisões, mesmo que pequenas. Quanto mais decisões você fizer, mais confiante você ficará em faze-las. Avalie em cada etapa o que funcionou, o que não funcionou e o que você precisa fazer diferente da próxima vez.
2. Confie nos seus instintos
Muitas vezes, as pessoas precisam da validação de terceiros para sentirem que estão fazendo a coisa certa e esquecem de ouvir sua intuição. Sempre que precisar tomar uma decisão, respire fundo 10 vezes e se pergunte: “Qual é o resultado que eu estou procurando? Qual o passo mais apropriado a partir daqui?” Seja fiel a si mesma. Não deixe o medo dominar você.
3. Diga exatamente o que você quer dizer
Esconder o que realmente sentimos ou pensamos ensina a nossa mente, mesmo que inconscientemente, que não é correto expressar quem somos ou o que queremos. Com o tempo, a atitude prejudica diretamente nossa autoestima e leva a uma comunicação e relacionamentos ruins, seja com clientes, com seu chefe ou colegas de trabalho. Defenda o que acredita e garanta que você se comunique da forma mais clara e positiva possível.
4. Faça uma análise SWOT de suas habilidades
A análise SWOT vem da sigla em inglês que significa Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). A ideia é que você avalie suas habilidades e identifique onde estão suas lacunas. A partir daí, fica mais fácil desenvolver um plano de ação para suprir as aptidões que faltam em você, seja com treinamentos, leituras, workshops… Ao acabar com essas limitações vai se sentir uma profissional muito mais competente e capaz.
5. Pare de tentar agradar as pessoas
Se você está constantemente tomando decisões com base no que as outras pessoas gostam ou pensam, você automaticamente deixa de lado tudo aquilo que te motiva. As pessoas com alta autoestima sabem do que gostam, do que nos gostam e quais ideias aprovam e, principalmente, não têm medo de expô-las.
6. Nunca fale mal de si mesma
Fale de si mesma como se fosse sua melhor amiga: com amor e respeito! Ao falar mal de si mesma, interna ou externamente, você não apenas se desrespeita quanto leva sua autoestima lá no chão. É hora de dar um passo em frente e ser a sua maior incentivadora. Comemore cada uma das suas vitórias, por menores que sejam. Você – e a sua autoestima – merecem!
7. Estipule suas metas e objetivos
“Essa é uma ideia estúpida”. No momento em que ouvimos isso, nossos sonhos são destruídos e deixados de lado. Pessoas com alta autoestima ignoram o que as outras pessoas pensam e mantêm o foco em seus objetivos. Por isso, não importa o que aconteça, defina suas metas e escolha seu caminho. Você pode, você consegue!
8. Aprenda a dizer “não”
Dizer “sim” para tudo e todos, envia uma mensagem ao nosso subconsciente que estamos sempre em segundo lugar. O que queremos e precisamos deixa de ser importante quanto o que nos rodeia. Dizer sempre “sim” leva ao esgotamento! Você gasta muito tempo se concentrando em outras pessoas e negligencia a si mesma, afetando negativamente seu desempenho no trabalho e, consequentemente, sua autoestima.
9. Pare de se comparar com os outros
O caminho mais rápido para a baixo autoestima é se comparar constantemente com os outros. Se alguém se mostra superior a você em alguma área do trabalho, ao invés de se sentir inferior, pergunte a si mesma se você deve correr atrás para suprir essa lacuna e, principalmente, use outras pessoas como inspiração para desenvolver essa habilidade.
10. Pare de ser tão perfeccionista
Pessoas com baixa autoestima costumam ser bem perfeccionistas, seja por medo da crítica ou por acreditarem que só têm valor se apresentarem um trabalho perfeito. O resultado? Pressão e estresse constante! As pessoas com autoestima alta não temem as críticas porque as consideram um feedback positivo ao invés de um ataque pessoal. Elas sabem que são boas na área que atuam, mas entendem também que podem melhorar ainda mais. Que tal ser menos exigente consigo mesma? Você se sentirá muito mais leve e confiante, pode acreditar.
Você tem um emprego estável ou é dona de uma empresa que apresenta bons lucros no fim do mês. Você tem um relacionamento, tem filhos, ou se sente segura e confortável sendo solteira. Você tem uma rotina saudável e gosta do que vê no espelho. No seu saldo, tanto na carreira, quanto na vida pessoal, você tem uma lista cheia de vitórias e grandes realizações.
Por que será então que vira e mexe você sente como se tudo o que conquistou até agora foi obra da sorte ou do acaso? E mais: por que será que a opinião dos outros sobre você ser, ou não, merecedora de todas essas conquistas ainda faz você perder o sono?
Esse sentimento de que você é uma fraude e não merece tudo o que já conquistou é chamado de Síndrome da Impostora. E acredite: é mais comum do que você imagina!
A Síndrome da Impostora, entretanto, vai muito além de não se sentir segura o suficiente para apresentar seu negócio, ou dar as caras nas redes sociais para vender seus produtos e ideias. É a avaliação super rígida que fazemos de nós mesmas que, na maioria das vezes, coloca nossa autoconfiança lá embaixo.
O que pouca gente sabe que é existem três gatilhos silenciosos e bastante comuns que colocam ainda mais a nossa autoconfiança em risco. Anote aí:
– Criar metas impossíveis
– Tentar controlar o ambiente
– Comparar nossas conquistas com as dos outros
Abaixo, eu explico melhor cada um deles e como superá-los. Espia só!
1. Criar metas impossíveis Existem vários tipos de pessoas que se enquadram nessa categoria: as perfeccionistas, as egoístas, as solitárias… Entretanto, é preciso ter em mente que ninguém é perfeito e que conseguir cumprir todas as funções ou conquistar todos os resultados sozinha é uma missão praticamente impossível. Todo mundo precisa de ajuda!
Esse é o seu caso? Então aqui vai um aviso: ao determinar para si mesma padrões tão altos, você, além de não se sentir boa o suficiente, ficará cada vez mais longe do sucesso.
Para mudar esse traço da sua personalidade e não deixar que a Síndrome da Impostora abale a sua autoconfiança, tente identificar onde e com que frequência essas características aparecem na sua vida. Depois, faça algumas adaptações:
– Diminua o seu perfeccionismo e grau de exigência – Priorize e defina suas metas e limites – Delegue e peça ajuda sempre que necessário
(Imagem: Shutterstock)
2. Tentar controlar o ambiente Se você já é bem-sucedida, com certeza tem uma demanda maior de tempo, esforço e energia, tanto no trabalho, quanto na vida pessoal. Esse “malabarismo” naturalmente cria uma sobrecarga tão grande que não é difícil você sentir como se não tivesse controle da própria agenda.
Como resultado, você passa a tentar controlar tudo aquilo que acha possível, como as atitudes de outras pessoas e certas situações. Mas, como é impossível controlar as opiniões e atitudes dos outros e como muitas vezes certos acontecimentos vão além da nossa vontade, é óbvio que no final você vai se sentir ainda mais impotente e incapaz.
O segredo, então? Mude seu foco! Passe a se concentrar somente naquilo em que você pode controlar: seus pensamentos e comportamento. Tenha em mente que o modo como você se comporta é a porta para todo o processo do trabalho, e muito do resultado vem da maneira como você externaliza suas ideias, opiniões e sentimentos. A vitória nada mais é que do que resultado do seu trabalho árduo, determinação, superação e autocontrole.
3. Comparar nossas conquistas com as dos outros Cada vez mais vivemos em uma sociedade que aprova a cultura da comparação e as mídias sociais tornaram ainda mais fácil essa “competição velada”. Já reparou como todo mundo parece sempre feliz e realizado nas fotos do Instagram? São poucos os que mostram a vida real, a luta constante, os erros e acertos, as frustrações…
Aí, não tem jeito! É fácil acreditar que os outros têm mais, alcançaram mais, evoluíram mais e que nós não passamos de uma mentira.
Para se blindar desse gatilho, lembre-se de que nem sempre o que você vê do lado de fora é real. Você está vendo apenas o resultado final do que os outros querem que você veja. Você não sabe o quanto eles trabalharam duro, o quanto erraram e quantas noites em claro passaram para chegarem no momento daquela foto.
Depois, tenha uma visão clara do que você deseja pra você e porquê. Conecte-se aos seus principais valores e definas metas alcançáveis, sempre levando em conta a sua visão de sucesso a curto, médio e longo prazo.
Por fim, faça uma autoavaliação semestral para garantir que suas metas e planos ainda são os mesmos e, principalmente, que você continua alinhada com o seu objetivo. Esse plano de ação vai te manter focada no que é importante pra você, ao invés do que os outros estão fazendo.
Vale lembrar que a Síndrome da Impostora nada mais é do que um conjunto de inseguranças que pouco a pouco colocam a nossa autoconfiança lá em baixo. Eliminando esses três gatilhos silenciosos você vai ser capaz, não só de identificar e alterar os padrões de avaliação que abalam sua autoestima, como se tornar uma mulher mais segura e muito mais feliz e realizada, pode acreditar.
Existe uma grande diferença entre ser ocupada e ser produtiva! O ideal é cumprir todas tarefas da agenda sem descuidar da nossa qualidade de vida. Como? Aperte o play e confira minhas dicas!
Depois de produzir uma matéria especial apontando todos os sintomas, formas de tratamento e até maneiras de prevenção da doença, além de uma entrevista exclusiva com a apresentadora Sabrina Parlatore contando como enfrentou o câncer de mama com muita serenidade, esse ano resolvi homenagear o Outubro Rosa trazendo a história de três guerreiras de idades, profissões e perfis diferentes que enfrentaram o câncer de mama e, com a ajuda do Projeto Pérolas recuperaram a confiança, a autoestima e reaprenderam a amar o próprio corpo. São lindas histórias de superação que valem como inspiração. O caminho não é fácil, mas a luta vale a pena e, abaixo, elas contam o que aprenderam ao enfrentarem (e vencerem!) essa doença.
Christina Guedes, 56 anos
(fotografia de Bárbara Montarroyos)
“Quando descobri o câncer de mama estava de megahair, fazendo planos para diminuir os seios e ainda me sentindo atraente aos 51 anos. Mas em abril de 2014 percebi que minha axila esquerda estava inchada. Fui apalpando e senti um caroço. Ao redor do seio não consegui perceber nada, mas foi o suficiente pra me deixar em pânico. Procurei logo meu ginecologista, que confirmou a existência de algo e, no mesmo dia, comecei a minha saga de exames. Foi duro esperar pelos resultados… para mim a pior parte de tudo. Só meu companheiro e eu sabíamos. E passar pelo Dia das Mães com essa sentença de morte pairando sobre a cabeça foi muito difícil. Só chorava e me agarrei ainda mais na fé.
Quando os resultados chegaram e meu inimigo fora identificado, resolvi que tinha que lutar com todas as forças e com o que fosse possível. Encarei a palavra que alguns nem têm coragem de pronunciar. Compartilhei com família e amigos e passei eu mesma máquina zero quando percebi que doeria muito mais ver os cabelos saindo em cada escovação, a cada banho. Confesso que perder os cabelos, sobrancelhas e cílios abalou bastante a minha autoestima. Me olhava no espelho e não me reconhecia. Pensava: ‘então essa sou eu pelo avesso. E vou tem que conviver com esse meu lado por algum tempo’.
Procurei passar pelo tratamento de uma forma bem leve. Não queria que meus dois filhos sofressem. Aparecia, pela manhã, sempre com perucas diferentes: black power, ruiva, loira, com lenços coloridos… sem eles não ficava nem para dormir. Não queria que me vissem careca. Coisas de mulher vaidosa que sempre fui. Enfim, passei por dois anos de tratamento, engordei 10 quilos, fiquei sem meus cabelos e percebi que isso não é nada diante da graça de poder acordar todas as manhãs e recomeçar minha luta. Tive tantas demonstrações de carinho e solidariedade… momentos de extrema felicidade e amor. Agradeço a Deus por ter passando por essa experiência. Até madrinha de casamento fui nesse período. Procurava sempre passar serenidade e confiança em Deus de que tudo isso iria passar. E passou.
Fiz quimioterapia, radioterapia, retirei a mama esquerda, perdi minha mãe com a mesma doença com a qual eu estava lutando. Tive que ajudar meu companheiro com crise de diverticulite e ao meu filho de 14 anos que apresentou sintomas de síndrome de pânico. Tive que ser forte por mim e por eles. Hoje, não me aborreço com nada… estou curada! Venci um tumor de mais de 12cm e metástases na axila.
Agora aguardo pela reconstrução. Enquanto isso vou participando de projetos como o “Pérolas” que quer nos devolver a visão de mulher…e mulher poderosa! Quero, com a minha experiência, poder ajudar tantas outras mulheres que se deixam vencer pelo medo. Não pensem na doença e viva um dia de cada vez! Agradeço a Deus por cada momento vivido. Sei que me tornei uma pessoa melhor.”
Dolores Oliveira, 46 anos
(fotografia de Camila Balthazar)
“Eu era uma mulher que adorava namorar, sair pra dançar, vivia cercada de amigos, trabalhava, tinha uma vida bem ativa. Sou mãe de duas meninas, as quais amamentei até os três 3 anos de idade. Nunca tive nenhum tipo de doença, sempre fui saudável.
Eu estava no trabalho quando recebi o telefonema da clínica onde havia feito uma exérese (remoção por cirurgia), pedindo que eu comparecesse para pegar o resultado. Na hora, senti que havia algo errado. Ao entrar no consultório, o médico me disse que eu estava com câncer. E eu, muito nervosa, perguntei se ele estava brincando comigo. Ele me encaminhou para um oncologista.
Saí de lá sem chão, tentando não chorar, mas o desespero era enorme. Pensava que iria morrer e que minhas filhas ficariam órfãs. Eu senti muito medo de morrer. Pra mim o câncer era uma sentença de morte, não sabia nada a respeito. Cheguei em casa e desabei.
A parte emocional foi a mais dolorosa. Eu, que sempre fui uma mulher forte e decidida, tinha agora nas mãos um diagnóstico que eu sabia que teria que ter muito mais força para enfrentar.
Logo na primeira consulta com o oncologista fui avisada que deveria fazer a cirurgia de retirada da mama mas, como eu não aceitava a doença, demorei mais de quatro meses para fazê-la. E só fiz depois que o médico confirmou, mais uma vez, que eu estava com câncer, realmente.
Minha autoestima ficou abalada porque eu já não me achava bonita. Antes do câncer meu corpo era lindo e, por causa da quimio, fiquei inchada. Comecei a me retrair e a me fechar para relacionamentos. Foi através de uma foto de uma amiga, no Facebook, que conheci o Projeto Pérolas. Ela também lutava contra o câncer e estava simplesmente linda na foto. Eu também quis fazer um ensaio.
Eu já havia marcado a cirurgia de reconstrução mamária e, logo depois dela, participei de um ensaio. Na noite que antecedia as fotos nem consegui dormir de tão ansiosa. Mas, ao chegar, fiquei muito à vontade.
Nunca tinha me visto daquele jeito, maquiada, produzida, linda! Meus olhos encheram de lágrimas quando vi as fotos. Estava tão linda! Autoestima é eu poder me olhar no espelho e gostar do que vejo, é andar pelas ruas sem ter vergonha quando um homem me olha, é gostar de me arrumar e me sentir bem comigo mesma. Saber que apesar de ter ficado careca, inchada e ter passado por todo aquele processo, eu permaneço mulher e posso, sim, ser bonita e desejada.”
Fabíola Alves, 36 anos
(fotografia de Beta Bernardo)
“Descobri o câncer de mama no ano de 2014, quando notei um caroço no seio. Procurei um mastologista direto, fui na consulta e ela pediu logo uma mamografia, de urgência. No fundo, no fundo, eu já sabia que estava com câncer. Peguei o resultado no mesmo dia e foi positivo. A enfermeira ainda tentou disfarçar, dizendo que era um “carocinho” e que eu precisaria fazer outro exame, a biópsia.
Durante os vinte e um dias de espera do resultado da biópsia, fiquei super nervosa e ansiosa e, quando peguei o resultado – 98% de câncer maligno – meu coração gelou. Quando a médica confirmou, me disse que eu precisaria operar rapidamente e assim aconteceu. Mais exames e muita correria! Operei em agosto de 2014, fiz o quadrante e esvaziei a axila toda.
Quando acordei, a primeira coisa que eu perguntei foi se tinha comida! Tentei levar tudo da melhor forma possível, sempre rindo e brincando. A quimio me deu reações ruins, enjoos, tremedeiras, as unhas dos pés e das mãos ficaram pretas, minha vagina ficou toda cortada. Foi um período de sofrimento, em que a família sofreu junto comigo. Meu marido ficou arrasado, meus filhos e minha mãe também. Todos choravam sem que eu percebesse. Foram seis meses de tortura mas, graças a Deus, minha trajetória com câncer de mama acabou! Depois foram 38 sessões de radioterapia e queimadura de terceiro grau em várias partes do corpo. Pra mim, essa foi a pior parte de todas.
Tive apoio da família e amigos, graças a Deus. Pessoas que eu achei que eram amigas se afastaram, mas também tive apoio de gente que não era tão próxima e que se tornaram amigos. Meus filhos foram muito maduros durante esse período. Me apoiaram, me diziam que eu estava linda careca. Nenhum deles, nem meus filhos, nem meu marido sentiu vergonha de mim. Pelo contrário, andavam de mãos dadas comigo, me beijavam. Isso foi fundamental para que eu conseguisse passar por isso tudo.”
Conhecendo o Projeto Pérolas
Conversando com a idealizadora do Projeto Pérolas, Mel Masoni, descobri que a ideia surgiu a partir da sua vontade de ajudar mulheres que atravessavam o câncer de mama a recuperarem a autoestima. “Como sou produtora e diretora de arte, entrei em contato com amigos artistas a fim de fazermos ensaios fotográficos gratuitos para elas”, conta.
Mel acredita que a fotografia tem o poder de nos retratar de formas muito além do que estamos acostumadas a nos ver no espelho e essa foi a forma que encontrou para ajudar a resgatar a autoestima de ser mulher. “O projeto está em plena expansão porque estamos descobrindo juntas as inúmeras possibilidades de empoderarmos essas mulheres”.
Hoje, o Projeto Pérolas conta com um grande número de voluntários, que vão desde fotógrafos, até editores de vídeo, maquiadores e psicólogos. Tudo para deixar as mulheres que participam dos ensaios ainda mais felizes e confiantes, aliviando um pouco os traumas causados pelo câncer de mama e restaurar sua autoestima e amor próprio.
Bacana, né? Projeto e histórias inspiradoras, com certeza!
Se você tem baixa autoestima, é bem provável também que seja uma workaholic, ou seja, viciada em trabalho. Acertei?
De acordo com uma pesquisa americana publicada pelo site Thrive Global, existe uma ligação direta entre emoções e comportamentos: pessoas com baixa autoestima tendem a trabalharem por muitas horas todos os dias, inclusive nos momentos de descanso. E mais: elas são, consequentemente, mais propensas a apresentarem quadros de estresse, ansiedade e depressão.
Entenda a pesquisa Segundo a líder da pesquisa, a psicóloga organizacional Shahnaz Aziz, pessoas com baixa autoestima “se dedicam exaustivamente ao trabalho para se tornarem mais bem-sucedidas em uma área de suas vidas que elas sentem que podem influenciar e controlar diretamente”.
Para comprovar a teoria, a pesquisa analisou as respostas de um questionário respondido por 414 professores e funcionários de uma conceituada universidade no Sul dos Estados Unidos e de uma grande empresa. A intenção era avaliar a relação entre estresse, autoestima e compulsão por trabalho. Os participantes tinham entre 33 e 73 anos e trabalhavam cerca de 45 horas por semana.
O passo a passo da pesquisa Foram utilizados três questionários online diferentes para medir os níveis de estresse, a autoestima e tendência para o que se considera trabalho compulsivo. O questionário para avaliar os workahlics, por exemplo, pedia que os participantes classificassem o quanto se identificavam com afirmações como: “meu trabalho constantemente interfere na minha vida pessoal”. Já no questionário sobre autoestima, os participantes precisavam dizer se concordavam ou descordavam de afirmações do tipo: “eu acredito que tenho uma boa quantidade de qualidades”, ou “minha quantidade de qualidades ultrapassa meu número de defeitos”.
Resultado da pesquisa: como acabar com essa dependência perigosa A pesquisa revelou, principalmente, que é possível ajudar quem sofre de baixa autoestima e é viciado em trabalho a nível individual e organizacional. Como? Reconhecendo os estilos de trabalho e garantindo que pessoas que exibam tendências de compulsão por trabalho possam obter ajuda profissional ali mesmo, durante o expediente.
É importante ter em mente que a baixa autoestima não é uma causa direta do estresse no trabalho, mas sim uma possível consequência. E atenção: partes da nossa personalidade que pensamos deixar em casa – como a forma como nos sentimos sobre nós mesmas, por exemplo – realmente nos acompanha até nosso local de trabalho e principalmente: traz efeito visíveis no tipo de pessoa e profissional que nos tornaremos no futuro.
(Imagem: Shutterstock)
Baixa autoestima: o que fazer? Abaixo, listrei algumas atitudes simples capazes de dar um up na sua autoestima rapidinho. Anote aí!
– Tome decisões mais assertivas: quanto mais decisões você fizer, mais confiante você ficará. Avalie o que funcionou e o que precisa ser mudado na próxima vez, seja no trabalho ou na vida pessoal.
– Liste suas habilidades: avalie suas aptidões e identifique onde estão suas lacunas. A partir daí, fica mais fácil desenvolver um plano de ação para suprir as habilidades que faltam em você.
– Não tente tanto agradar os outros: pessoas com alta autoestima sabem do que gostam, quais ideias aprovam e não têm medo de expor suas opiniões.
– Seja gentil com você mesma: comemore cada uma das suas vitórias, por menores que sejam. A cada pensamento negativo que tiver sobre você, se olhe no espelho e procure dizer em voz alta três qualidades. Tente tratar a si mesma com a mesma gentileza com que trata os outros.
– Não se compare com os outros: ao invés de sentir inveja da conquista dos outros, pergunte a si mesma o que você deve fazer para também chegar lá e use essas pessoas como inspiração para desenvolver novas habilidades.
Agora eu quero saber de você: qual é a sua relação com seu trabalho? Você consegue desligar a mente e curtir e relaxar durante o final de semana ou fica sempre pensando nos compromissos pendentes? Conte pra mim nos comentários.
Sabia que pra medir nossa autoestima tudo o que você precisa é fazer uma retrospectiva e identificar todos os seus comportamentos e crenças negativas? “É através desse reconhecimento que você vai conseguir transformar o que não deu certo”, afirma a psicóloga de São Paulo, Maria Ângela Scarbin. Lembre-se: quando se trata da nossa própria autoestima, nada é absoluto e pode ser mudado para melhor. “Não são nossas falhas que nos definem, e sim nossa vontade de corrigir e acertar numa próxima tentativa”, completa. O segredo da felicidade e do amor próprio? A especialista dá a dica: ressaltar nossas qualidades enquanto trabalhamos nos nossos pontos fracos!
Como vai a sua autoestima? Descubra já! Com a ajuda da psicóloga, criei esse teste pra você avaliar se sabe reconhecer suas pontos fortes.
1. Quando alguém elogia seu look, você: a) Agradece com um sorriso e absorve o elogio de forma genuína. b) Fica surpresa com o elogio e passa o dia se perguntando se ele foi sincero. c) Contra-ataca comentando que o vestido é velho ou que custou bem barato.
2. Como é o seu cuidado diário com corpo e rosto? a) Pratico atividade física diariamente e estou sempre com as unhas feitas e cabelos bem cuidados. b) Sempre que posso faço uma caminhada e vou ao cabeleireiro cortar as pontas. c) Nunca tenho tempo! Meu cabelo e unhas eu mesma pinto em casa e academia não vou há anos.
3. Quando você comete um erro, você: a) Tenta tirar alguma lição daquela falha e policia para não comete-lo de novo. b) Passa noites em claro remoendo aquele problema. c) Lembro de todos os erros que já cometi nos últimos anos e acrescenta mais esse à lista.
4. Diante de um problema difícil, qual é a sua postura? a) Não me desespero. É preciso calma e confiança para resolvê-lo. b) Enfrento, mas sempre fica aquela pontinha de segurança que não confesso à ninguém! c) Sinto medo e me acho incapaz de resolve-lo. Normalmente acabo pedindo ajuda, mesmo quando, no fundo, poderia enfrenta-lo sozinha.
5. Na opinião das suas amigas, você: a) É uma pessoa bem-humorada, divertida e de bem com a vida. b) Tem seus altos e baixos, mas está sempre disposta a ajudar a resolver o problema dos outros. c) Acha que o universo conspira contra você o tempo todo!
6. Ao receber uma cantada de um homem bonito, você pensa:
a) Oba! Finalmente encontrei alguém do meu nível. Vou investir pra ver no que dá. b) Será que era mesmo pra mim que ele estava olhando? c) Com certeza tem algo aí. Já, já ele me pede algum favor.
7. Quando pequena, qual era a reação dos seus pais quando você dava a sua opinião? a) Ouviam com atenção e levavam seu ponto de vista em consideração. b) Não prestavam atenção a tudo o que eu dizia, mas sempre me deram muito apoio. c) Não me escutavam. Era como falar sozinha!
8. No trabalho, ao receber uma crítica você: a) Pede desculpas e promete melhorar. b) Tenta defender suas opiniões e escolhas a todo custo. c) Chora escondida no banheiro e passa o resto da semana se sentindo desanimada e incompetente.
Respostas:
Se você marcou mais A:
Parabéns! Você é ótima em reconhecer suas qualidades e não deixa que seus pontos fracos e críticas pessoais ou profissionais abalem sua autoestima. Só cuidado com o excesso de confiança. Trabalhando seu amor próprio na medida certa, tenho certeza que você só vai colher bons frutos da vida, inclusive diante de experiências negativas.
Se você marcou mais B:
Não é difícil pra você enxergar seus pontos fortes, mas alguns elogios ainda lhe causam estranheza e insegurança. Mas acredite, menina, você é merecedora de cada um deles! Algumas falhas, por menores que sejam, ainda conseguem deixar aquele gosto amargo por dias e até abalar um pouco a sua autoestima. Mas não se preocupe. Suas qualidades são muito maiores e dos erros, você só leva a experiência.
Se você marcou mais C:
Essa sua mania de se comparar com a mãe, irmã ou melhor amiga não lhe faz bem. Afinal, cada comparação gera frustração abala ainda mais sua autoimagem, além de aumentar, um pouquinho por dia, a insegurança em si mesma. E esses sentimentos de mágoa e desapontamento acabam interferindo tanto em nossa rotina, de formas que você percebe. Para dar a volta por cima, não tem jeito: você precisa investir em novas experiências positivas e, sempre que possível, se consultar com um especialista para aprender a reconhecer seus pontos fortes. Eu tenho certeza que você tem muitos. O segredo é só começar se enxergar da maneira certa!
A grande maioria das mulheres, em algum momento da vida, assim como eu, passou por uma situação de fim de relacionamento, que pode ter sido fácil – ou não – de superar. Se foi muito traumático, e você ainda gostava muito da pessoa, provavelmente, você deve ter se perguntado “como vou sobreviver a isso? ”. Naquele momento você não consegue ver a situação com tanta clareza, mas o fato é que você sobrevive sim! Falo por experiência própria!
Vamos repassar algumas dicas para ajudá-la a superar essa fase, de forma tranquila, pacífica e com o menor número de mensagens de texto – das quais você pode se arrepender.
1º Passo: Sinta toda a tristeza
Existem términos que são tão ruins que você irá precisar de uma boa dose de choro e pelo menos dois potes de sorvete. (rs) Permita-se sentir tudo o que está dentro de você, neste momento. Repasse cada último detalhe do fim do relacionamento na sua cabeça. Você precisará fazer isso por você mesmo, para que sua mente processe tudo o que aconteceu e quando você estiver melhor, você saiba como se sentiu.
A coisa mais importante para se ter em mente nesta primeira etapa, é que você deve limitar a viver isso por apenas uma semana. Porque depois de chorar tudo o que você tiver que chorar, chegará a hora de começar a voltar a ser feliz e voltar a viver. Afinal de contas, ninguém quer estender essa tristeza por mais do que o tempo necessário. O que nos leva ao segundo passo…
2ª Passo: Elimine todas as coisas tristes
Pare de ouvir a aquela playlist de músicas tristes e pare de viver a tristeza. Se você precisar de mais algum tempo para pensar sobre o que aconteceu, diga a você mesma, que tem apenas 10 minutos para isso e depois deixe isso para trás e ocupe-se.
Esta postura irá permitir que seu cérebro identifique os momentos de tristeza, te ajude a ter controle da situação, e não te deixe se sentindo triste 24 horas por dia. Todo mundo quer ser feliz e a hora de começar é agora.
Coloque sua autoestima lá em cima: arrume-se, cuide-se, assista a um bom filme ou leia um livro inspirador. Acumule somente pensamentos positivos.
Se o seu ex continua sendo o maior motivo para que você se sinta triste, ele deverá ser definitivamente cortado de sua vida… pelo menos nesta fase. Experimente evitar contato por pelo menos 30 dias. Isso irá te ajudar a entender o quanto você pode sobreviver sem ele e, enquanto isso, ele vai perceber o quanto não gosta de ficar sem notícias suas.
3º Passo: Durma e descanse o máximo possível
Tenha certeza de passar muitas horas descansando sua cabeça. Isso a ajudará a pensar com clareza sobre o que está se passando. Se tiver dificuldades para dormir, tome chás calmantes ao se deitar, ou coma alimentos que induzam ao sono. Nada de cafeína e chocolate em excesso, hein? Estes alimentos são estimulantes e podem te dar insônia.
A ausência de boas noites de sono podem tornar seus dias mais difíceis e sua mente mais agitada.
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4º Passo: Ocupe-se!
Foque suas energias no seu trabalho, na sua carreira ou em hobbies. Preencha o seu tempo. Está é a hora ideal para começar novos projetos ou fazer coisas que sempre quis e que, por algum motivo, ficaram para trás. Principalmente se for algo que poderá fazer bem ao seu corpo e à sua mente, como iniciar aquelas aulas de yoga que você adia há séculos.
Faça trabalhos voluntários ou serviços pela comunidade em que você vive. Sinta-se útil e orgulhosa de si mesma. Ocupar-se com estas coisas fará com que você foque nos desafios da sua própria vida, além de ajudar naqueles momentos em que você se pega entediada e pensando demais nas coisas do passado.
E não se esqueça de se reaproximar dos seus amigos e familiares ainda mais. Eles são as pessoas que mais a amam e a farão se sentir bem.
5º Passo: Torne-se a melhor versão de você mesma!
Agora é a hora de mais do que nunca focar em você. Se andou se sentindo mal sobre sua aparência, seu corpo, se perdeu sua confiança, essa é a hora de se amar novamente. Mostre para o seu corpo o seu amor também.
Afinal, a melhor maneira de dar a volta por cima é mostrar aos outros e sobretudo a você mesma o quão fabulosa e poderosa você pode ser. Mas, mais importante, isso fará com que você realmente se sinta fabulosa.
Evite a todo custo a preguiça e a má alimentação (a única exceção permitida é na primeira semana após o término). Esta dupla é capaz de paralisá-la num casulo de tristeza. Levante do sofá e se inscreva na academia! A prática de exercícios físicos também fará com que se sinta mais cansada e irá melhorar seu sono. O acordar será agradável e estimulante.
Faça as unhas, faça compras, cuide-se com um tratamento de massagem. Ou melhor ainda, faça aquela viagem que sempre quis fazer com suas amigas. Você irá ganhar uma boa dose de autoconfiança.
Ao completar todos esses passos, após um término, coloque uma coisa na cabeça: tenha fé! Não se torne uma pessoa cética, sem capacidade de acreditar no amor novamente, ou na boa vontade das pessoas ao seu redor. Existem milhares de outras pessoas no mundo que você poderia amar mais ainda, se der a você mesma a chance de conhecê-las. Esteja aberta para o mundo. Afinal, se você não tem esperança de que algo muito bom pode acontecer com você novamente, qual é o objetivo disso tudo?
Espero que essas dicas a ajudem. Se ainda está difícil, compartilhe aqui sua experiência. Se passou pelo término e sobreviveu com louvor, conte pra gente como foi. E se começar a fraquejar, lembre-se: “O que mais importa na dificuldade, é ser capaz de caminhar bem pelo fogo”.
Quem disse que o corpo perfeito não existe? Existe Sim. Mas a maior novidade é que ele está EM VOCÊ. Calma lá, que não é jogada de marketing nem jogo de palavras.
É uma consideração muito séria que reúne em tese a conclusão de profissionais igualmente sérios, das áreas de clínica geral, psicologia, estética e educação física. O corpo perfeito “para os outros”, tem sido até aqui, para você, uma meta a alcançar… Meta, por sinal ilusória uma vez que suas medidas são únicas e suas heranças genéticas também.
Outro dia li no blog da celebridade americana Lauren Conrad (ou apenas LC, como é conhecida nos Estados Unidos) essa questão : “Como amar o corpo que você tem?” Ela recebeu dezenas de comentários simpáticos à idéia da autoestima não seguir padrões de beleza impostos e também críticas, uma vez que o site de Lauren (designer de moda, autora de livros e ex-estrela de reality shows) fala de beleza e fitness, como um ideal a seguir… Lauren se retratou e disse concordar com as leitoras… Afinal, a cultura ao corpo exagerada às vezes leva as mulheres a valores equivocados quanto à beleza. Precisamos trocar as cobranças pelo amor próprio.
Aqui no meu portal, como nas minhas palestras e no meu livro sempre dou espaço a matérias que falam sobre emagrecer, entrar em forma, modelar o corpo, dicas de dieta e condicionamento físico, porque todas nós temos buscado um estilo de vida saudável. Mas por trás de toda essa preocupação de manter a boa forma é bom que fique claro que o pensamento correto sobre buscar ser saudável é amar e tratar bem do corpo que nos coube aqui neste planeta. Entrar em forma e buscar ter o corpo mais definido é , sem dúvida, uma boa maneira de melhorar a auto-estima. Mas, esforçar-se para ter a saúde perfeita (no lugar de um corpo perfeito), isto sim, é o que mais importa.
Vamos buscar esse foco, gente? O da saúde? É assim que a gente transforma a questão de alcançar um corpo perfeito (e só então amar-se ao espelho), numa missão maior: amar-se, em primeiro lugar, e procurar, por isso, tratar bem do seu corpo e levar uma vida mais saudável. Mude o foco e sinta como os resultados chegam mais fácil.
O tempo passa e vai mudando a nossa vontade (e às vezes obcecação) pela aparência perfeita. Deixamos de nos impor metas impossíveis. Há sempre partes do nosso corpo que gostaríamos de ver mais definidas, durinhas, modeladas, claro, mas o modo de pensar sobre como ficar em forma muda de tal forma que os fracassos que antes nos frustravam, com treinos e procedimentos, hoje, entendemos como um recado do corpo que tem os seus limites. Aí descobrimos o estímulo para trabalhar outros aspectos, como alimentação, descanso, qualidade de vida e amor próprio em primeiro lugar. Livrar-nos dos padrões de “perfeição” impostos, também faz parte disso.
Imaginem por exemplo se a Babra Streisand ou, para citar um exemplo mais próximo, a Maria Bethânia, achassem que para fazer sucesso com o público elas precisassem ter narizes pequenos e arrebitados… Será que fariam tanto sucesso, como fazem, se não se aceitassem como são? Ou será que o se aceitarem, e gostarem de ser como são, não é exatamente o que lhes conferiu uma beleza incomum, fora dos padrões e cheia de personalidade? A resposta positiva está nos palcos, nas telas e na vida.
Acho que podemos sim, aplicar essa máxima ao nosso corpo. Primeiro gostar dele, gostar de nós como somos e, por esse gostar, tratá-lo bem, promover sua saúde – o que irá sempre nos levar a exercitá-lo, na nossa medida. A alimentá-lo da melhor forma possível, evitando o que lhe faz mal. Uma teoria mágica, segundo os especialistas.
Para concluir o assunto (sem encerrá-lo, pois ainda voltaremos a ele por aqui) vamos carregar com a gente essa mudança de foco, a cada caminhada, a cada exercício, a cada novo treino ou atividade? Respeitar os limites, buscar a saúde em primeiro lugar, e deixar que o nosso corpo ache a sua medida certa, a partir do respeito que temos por ele… Plantamos saúde e colhemos a nossa boa forma, perfeita para nós, não para os outros. Combinado?