
Por Joyce Moyses
Tem coisa mais gostosa que beijar o seu amor entre uma mordida e outra no sorvete? E beijar na escada rolante do shopping? Falando em estímulo para beijar, é tradição no universo dos esportes que os casais flagrados nas arquibancadas pela Kiss Cam (câmera do beijo, em inglês), ao aparecerem no telão, se beijem. Pois bem. Neste início de 2015, no Madison Square Garden, durante um jogo de basquete, uma moça apareceu na câmera do beijo da NBA sendo ignorada pelo namorado, que parecia estar vidrado no celular. Ela, então, resolveu lascar um beijaço num estranho sentado do outro lado, levando a plateia ao delírio.
Num relacionamento, o beijo é superimportante. Nas palavras da escritora de livros eróticos Megan Maxuell, da trilogia Peça-me O Que Quiser, que veio de Madri ao Brasil lançar Adivinhe Quem Sou (Editora Planeta): “Faz você perceber se deseja ‘mais coisas’ com aquela pessoa. Se o beijo for do tipo apaixonado é maravilhoso. Já um não desejado pode ser um horror. Por isso, só beije se desejar e se estiver sentindo-se desejado”.
Pesquisadores da Universidade Oxford pesquisaram o papel do beijo. Viram, por exemplo, que o nível de oxitocina, hormônio do afeto e do desejo, sobe quando beijamos alguém com sistema imune diferente do nosso. Pesquisas similares mostraram ainda que o homem consegue avaliar instintivamente o nível de fertilidade da mulher beijada.
Já a instituição de terapia sexual britânica Relate passou a recomendar o beijo para combater a depressão (a endorfina age como um antídoto para a neurose, por conta do prazer que proporciona).
Quer saber mais? Queima até 25 calorias e movimenta 29 músculos do rosto, segundo Carlos Eduardo Costa, membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual e da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, autor do programa de saúde Ictus Homem. Ele vai além: “O ser humano necessita de afeto para que a sua formação aconteça”, defende o clínico geral, que acredita que todas as pessoas buscam atenção, das mais ríspidas às mais sensíveis.
Em relacionamentos longos, em que os beijos vão ficando mais escassos, resgatar o olho no olho e o hábito de abraçar são dois facilitadores. “Depois de anos de casamento, os hábitos mudam, mas os beijos não devem ser renegados”, opina a escritora. E aí, vai um beijo hoje?