Como não deixar a ansiedade atrapalhar sua comunicação

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(Imagem: Shutterstock)

Para quem sofre de ansiedade, só a ideia de ter que se comunicar com outras pessoas já é motivo suficiente para sentir um bolo no estômago e as mãos suarem frios. Quem faz parte desse time, dificilmente consegue identificar a causa da ansiedade, mas têm decorada a lista de sintomas que ela pode desencadear.

Nas situações do dia a dia, então, a ansiedade pode se tornar uma verdadeira armadilha. Adicione esse nervosismo e insegurança com a pressão de ter uma conversa com um possível cliente ou investidor, de marcar uma reunião com o chefe ou de fazer networking num evento ou workshop. Difícil, né?

E é aí que o problema com a comunicação começa! A pessoa sente dificuldade em articular seus pensamentos de maneira que faça sentido e o medo de ser julgada faz com que ela perca a linha de raciocínio ou que sua mente fique completamente vazia, dando o famoso “branco”. Sem contar os efeitos que ansiedade causa na comunicação corporal: tremor, suor excessivo, peito rígido e aquele nó na garganta que impede que as palavras saiam com naturalidade.

E não para por aí! A comunicação após a crise de ansiedade pode pôr tudo a perder. Você pode ficar irritada ou na defensiva e até projetar todos os seus medos pessoais na pessoa com quem está tentando se comunicar, especialmente ao escolher as palavras erradas e que não expliquem suas reais opiniões e ideias.

Ansiedade x Comunicação: o que fazer
Para lidar com esse tipo de frustração, aqui vai a minha dica: a melhor maneira de comunicar o que estamos sentindo, pensando ou precisando é deixando claro para nós mesmas nossas reais intenções.

Um dos grandes gatilhos da ansiedade é nutrir uma variedade de experiências ou raciocínios diferentes sobre um mesmo assunto. Por isso, o que você deve fazer é definir para si mesma qual mensagem é preciso, de fato, passar ao outro. Afinal, a maioria dos problemas de comunicação acontece quando uma ou ambas as partes não entendem os sentimentos e necessidades da outra.

Então, agora é a hora! Antes daquela conversa com um cliente ou investidor, da reunião com o chefe ou o networking que eu citei acima, pegue um papel e caneta e anote exatamente o que você precisa comunicar. Leve o tempo que for para descobrir. Se nem você tem certeza do objetivo da sua comunicação, não dá para esperar que o outro te entenda claramente, né?

Anote seus pensamentos, ideias centrais, pontos principais, palavras-chave. Tenha em mente que, para quem sofre de ansiedade, quanto mais direta, clara, objetiva e rápida for a mensagem, melhor. Faça uma peneira e filtre o que precisa realmente ser dito.

Mantenha suas anotações por perto, afinal a segurança de ter uma “colinha” também ajuda a reduzir os efeitos imediatos da ansiedade. Aí, toda vez que sentir que aquele “branco” está perto de tomar conta da sua mente, é só revisar seus tópicos principais.

Ah, e não se esqueça: a ansiedade não é mais vista como tabu e a maioria das pessoas é bastante compreensiva. Por isso, se preferir, seja honesta antes de começar seu discurso ou apresentação e explique como a ansiedade pode atrapalhar a sua comunicação em alguns momentos.

Por fim, pergunte ao outro se ele entendeu sua mensagem com clareza. Assim, você consegue corrigir qualquer possível falha na comunicação e garante que suas informações, ideias e opiniões sejam transmitidas e absorvidas com clareza.

Bjs,
Fabi Scaranzi

Autoconfiança: como não deixar a autocrítica atrapalhar seus planos e sonhos

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Pra muita gente, celebrar pequenas vitórias parece impossível. Ao invés de reconhecer o progresso (seja na vida pessoal, na carreira, na prática de exercícios físicos, nos hábitos de alimentação…), muitas pessoas preferem esperar o resultado final ou, até julgar a si mesmas por não terem feito mais, melhor ou mais rapidamente.

Esse é o efeito da tão perigosa autocrítica! E ela quem nos impulsiona para sermos as melhores versões de nós mesmas, mas, ao mesmo tempo, é ela também quem pode nos impedir de alcançarmos nossas metas, sonhos e objetivos.

Já parou para analisar como, diante de cada nova tarefa, nos obrigamos a sermos perfeitas? Ou que por mais satisfeitas que a gente esteja, sempre pensamos que poderíamos ter feito melhor? Aí, não tem jeito: não demora até a autocrítica se transformar em insegurança, frustração e vergonha. Em muitos casos, ela pode, inclusive, nos convencer de que, se não for para alcançar os melhores resultados, o melhor é não fazer nada.

Se você deixa a sua autocrítica constantemente te impedir de progredir na vida pessoal ou na carreira, e seus objetivos ficam sempre estacionados, confira minhas três dicas para você colocar sua autoconfiança de volta aos trilhos.

1. Observe, não julgue
É difícil transformar uma atitude excessivamente crítica em uma atitude extremamente positiva da noite para o dia. É por isso que é importante dar passos pequenos. Que tal começar apenas observando? Ao invés de ver a si mesma e as suas ações com a lente da autocrítica, tente permanecer neutra e observar a situação como um todo. Analise os cenários, os resultados, as inúmeras possibilidades e desfechos.

Quer um exemplo? Na próxima vez que você se perguntar: “Por que é que eu só consigo finalizar cinco relatórios por mês? Eu deveria conseguir mais”, dê um passo para trás, mude seu tom negativo, observe seu progresso e diga: “Hoje eu já consigo entregar cinco relatórios por mês. No ano passado eu conseguia apenas três”.

2. Encontre seus cinco motivos
A gratidão é uma boa arma contra a autocrítica negativa. Para afastar qualquer sentimento de julgamento que possa abalar sua autoconfiança, procure listar cinco características pessoais pelas quais você pode ser grata. Seja sua resiliência, curiosidade ou persistência, escolha suas melhores características e coloque-as na sua “caixa de ferramentas”. Assim, cada vez que a sua autocrítica negativa der as caras, você vai ter munição de sobra pra lembrar a mulher maravilhosa que você é!

3. Esqueça o conceito de “bom” e “ruim”
Já reparou como a maioria dos nossos pensamentos, escolhas, ações e decisões são medidas pelo conceito de “bom” e “ruim”? Aqui vai outro exemplo bastante comum: conseguiu ir na academia três vezes essa semana? Isso é bom! Não resistiu a um brigadeiro no dia do dia? Isso é ruim!

Ao analisarmos cada uma de nossas ações como “boas” e “ruins”, deixamos nossa autocrítica fora de controle e o pior: não criamos espaço para o nosso crescimento e progresso. Bora então se dar uma folga, abandonar esse pensamento tão “8 ou 80” e se lembrar que “dificuldade” e “erro” não significam, necessariamente “fracasso”? É superimportante se permitir apreciar a jornada, os tombos e os aprendizados, e se dar o crédito por cada micro passo que você der. Afinal, são eles quem vão te dar ainda mais força contra a autocrítica negativa e te estimular a “chegar lá”, onde quer que o seu sucesso esteja!

Bjs,
Fabi Scaranzi