7 sinais de que seu filho está com problemas de visão

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(Imagem: f1online)

Dor de cabeça, falta de concentração, dificuldades escolares… todos esses sintomas podem ser sinais de um problema muitas vezes fácil de resolver, mas nem sempre reconhecidos pelas crianças: visão comprometida.

Em muitos casos os pequenos não percebem que não estão enxergando direito e, por isso, quase nunca reclamam para os pais quando começam a apresentar dificuldades para reconhecer letras e números, seja para perto ou para longe. Por isso, o melhor é ficar atenta às atitudes do seu filho e tentar identificar você mesma se ele apresenta alguns dos sintomas abaixo listadas por um especialista. Talvez seja a hora de marcar uma visita ao oftalmo!

1. Preste atenção se a criança não está apertando os olhos ou entortando a cabeça na hora de ler ou assistir televisão. “O ato significa que ela está forçando os olhos a enxergar com mais nitidez, já que ao apertá-los, criamos uma fenda menor nas pálpebras, eliminando os raios periféricos e concentrando somente os raios centrais da visão”, explica o oftalmologista Paulo Comegno (SP). Quanto menor o foco, melhor seu filho enxergará!

2. Sente dores de cabeça frequentes. “Nesse caso, mais do que um problema de visão, se seu filho passa horas em frente ao computador ou videogame, ele provavelmente apresentará vista cansada, além de dores nas costas, pescoço e ombros devido à má postura e esforço repetitivo”, diz Paulo. Normalmente, ao partir para uma outra atividade, a dor de cabeça passa espontaneamente.

3. A pupila fica branca. Este é, com certeza, um sintoma que você deve prestar atenção, já que, de acordo com o oftalmologista, pupila branca é sinal de doenças graves, como catarata congênita e tumor retinoblastoma, que não compromete apenas a visão da criança, mas sua própria vida. Em casos de bebê prematuros, preste atenção se o sintoma não é consequência de uma doença chamada retinopatia da prematuridade. Nela, a vascularização da retina não se desenvolve completamente, podendo ocasionar seu deslocamento e consequentemente, a cegueira.

4. Se aproxima muito dos objetivos que quer ver para poder enxergá-los melhor. A princípio, o ato de chegar mais perto dos objetos para enxerga-lo melhor pode ser traços de insegurança ou curiosidade da criança. “Entretanto, se seu filho tiver dificuldade em reconhecer pessoas e até tropeçar em objetos enquanto anda, pode ser que ele sofra de um grau de miopia muito alto mesmo na infância e precisa de acompanhamento oftalmológico o quanto antes.”

5. O olho desvia, como se a criança fosse ficar estrábica. Vale lembrar que o estrabismo vai além da estética. Dr. Paulo explica que, quando o olho entorta, a imagem que ele envia ao cérebro é uma imagem de má qualidade, por isso o cérebro suprime essa visão, focando-se no olho que enxerga corretamente. “Nossa visão se desenvolve até os sete ou oito anos, por isso é fundamental corrigir o problema o quanto antes, senão a criança ficará com a visão comprometida pelo resto da vida”, ressalta.

6. Seu nível de rendimento escolar cai drasticamente. Lembre-se que a visão é responsável por 70% do nosso contato com o mundo exterior, portanto se a criança apresenta alguma dificuldade para enxergar, é natural que seu aprendizado seja comprometido já que ela não reconhece formas e letras. Dr. Paulo lembra ainda que se seu filho estiver em fase de alfabetização, seu rendimento escolar terá uma defasagem ainda maior. Ao não reconhecer as letras e figuras, ele dificilmente terá condições de ler e escrever.

7. Os olhos lacrimejam frequentemente. As causas podem variar desde conjuntivites alérgicas ou virais, que são facilmente tratadas e em pouco tempo se resolvem espontaneamente, até problemas na formação do canal lacrimal, que não se desenvolveu adequadamente durante a gestação. “Neste caso, uma cirurgia simples para desobstruí-lo deve resolver”, explica o oftalmologista. Só não deixe o sintoma passar despercebido. O lacrimejamento infantil pode ser consequência de uma doença chamada “glaucoma congênita”, além de fotofobia e olhos esbranquiçados e sem vida. Diante deste quadro, somente uma cirurgia é capaz de amenizar o problema e deve ser feita o quanto antes.

Dicas anotadas?

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagem de destaque: Shutterstock

Palmadas estimulam agressividade nas crianças, diz estudo

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Se tem uma questão que sempre gera polêmica quando o assunto é educação dos filhos, é a agressão física. Há quem seja totalmente contra e há quem acredite que umas palmadas são a melhor forma de impor disciplina e respeito.

Uma pesquisa divulgada recentemente na publicação científica Jounal of Family Psycology, entretanto, comprovou que crianças que apanham – seja com leves palmadinhas no bumbum ou em qualquer outra área do corpo – tendem a desafiar seus pais com maior facilidade, além de apresentarem comportamento agressivo e antissocial e em alguns casos, podem até desenvolver problemas mentais ou cognitivos.

De acordo com a porta-voz da pesquisa, Elizabeth Gershoff, na Universidade do Texas, em Austin, a palmada está associada a resultados negativos não intencionais. “Não foi associada com obediência imediata, nem de longo prazo”, explicou.

Entendendo a pesquisa
Para chegar a um resultado definitivo, foram analisadas 160 mil crianças ao longo de cinquenta anos de levantamento, realizado por estudiosos das Universidades do Texas e de Michigan. Para Andrew Grogan-Kaylor, estudiosos da Universidade de Michigan, a conclusão não poderia ser mais clara: bater nos pequenos como forma de corrigir e disciplinar a criança surte um efeito totalmente contrário ao desejado pelos pais.

Lei da Palmada
No Brasil, a Lei da Palmada entrou em vigor em 2014 após uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) sobre como crianças submetidas a castigos e agressões físicas se tornaram adultos cheios de traumas e comportamentos agressivos.

A intensão da lei não é só impedir castigos degradantes e agressões cruéis à crianças e adolescentes, como também proibir permanentemente aquelas palmadinhas e beliscões considerados “educativos” por muitos adultos.

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O que fazer
Casos de agressões infantis – nem que seja somente a suspeita – devem ser encaminhadas para o Conselho Tutelar. A lei se aplica, inclusive, à funcionários da saúde, da educação ou públicos que forem coniventes com essas atitudes e não procurarem as autoridades.

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock