Desmotivada financeiramente? 5 fatos importantes pra você lembrar já!

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(Imagem: Shutterstock)

Muitos especialistas dizem que o primeiro passo para dominar suas finanças é encarar a realidade da sua planilha de gastos e montar um plano de ação a partir dela. Mas, convenhamos, nem sempre é fácil! Vira e mexe a gente sabe que ultrapassou alguns limites, que gastou mais do que devia e prefere ignorar o saldo bancário, pelo menos até entrar o salário no fim do mês.

Se você está se sentindo desmotivada financeiramente e ansiosa com as contas que estão por vir e com todos os planos que fez a longo prazo, eu separei 5 motivos pelos quais você deve se orgulhar de todo o progresso financeiro que conquistou até aqui e de tudo o que ainda vai conquistar nessa sua jornada financeira. Acredite: até os menores detalhes fazem a diferença quando o assunto é dinheiro!

1. Lembre-se: se você soubesse mais, teria feito melhor
Não é fácil se educar financeiramente, eu concordo. O caminho é longo e exige muitas adaptações e mudanças de hábitos. Mas, ficar se perguntando porque você cedeu a tentação de comprar aquele vestido ou porque não foi a pé ao trabalho ao invés de pedir um Uber, não vai te levar a lugar nenhum.

Esse diálogo interno negativo não é válido e nunca foi. Tenha em mente que você tomou essas decisões no passado porque não sabia como usar ou investir seu dinheiro. Esse é um erro comum e acontece até que a gente se eduque financeiramente. Para não se sentir desmotivada, repita para si mesma: “a pessoa que tomou essas decisões não era a pessoa bem-esclarecida financeiramente que estou me tornando”. Você vai se sentir muito mais motivada se deixar os erros do passado para trás.

2. Lembre-se: você sabe que vale a pena cuidar de si mesma
Sentir-se desmotivada financeiramente pode te deixar vulnerável, especialmente quando você reconhece que precisa fazer algumas mudanças no seu estilo de vida. Entretanto, mesmo nos momentos de crise é preciso cuidar de si mesma. A boa notícia é que existem diferentes maneiras gratuitas de se divertir enquanto conserta a sua vida financeira. Algumas cidades, por exemplo, oferecem aulas gratuitas de yoga e alongamento, assim como shows e peças de teatro. Outra ideia é procurar nos seus hobbies, a oportunidade de ganhar um dinheiro extra, seja cozinhando, costurando, dando aulas de inglês, oferecendo serviço de manicure… Tenha em mente que toda economia agora é bem-vinda, especialmente se você puder usufruir desse dinheiro guardado consigo mesma lá na frente.

3. Lembre-se: você tomou as rédeas das próprias finanças. Se orgulhe!
Checar seu extrato mensal e destacar quais gastos você pode reduzir ou cortar no mês seguinte é a parte mais difícil. Depois de concluir essa etapa, você está pronta para avançar. É um grande passo para o seu amadurecimento pessoal cuidar das próprias finanças. Por mais que você cometa um deslize aqui, outro ali, é fundamental que você se orgulhe por administrar mais esse campo da sua vida. Essa liberdade não tem preço!

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(Imagem: Shutterstock)

4. Lembre-se: você é capaz de reconhecer seus erros e pedir ajuda
A situação financeira de cada um é diferente e não merece julgamentos. Se você estourou o limite do seu cartão de créditos e só pode pagar o valor mínimo, o primeiro passo é reconhecer que errou e recorrer à ajuda de quem não vai jogar seus fracassos na sua cara. Procure o gerente do seu banco, converse com especialistas, peça dicas para amigos e parentes que costumam cuidar bem das próprias finanças.

Alguns centros de apoio como o Devedores Anônimos, por exemplo, foram criados pensando especialmente em pessoas desmotivadas financeiramente, que precisam aprender como gerenciar seus gastos. Que tal?  Você não precisa ter vergonha em admitir que precisa de ajuda. Você é uma mulher forte e reconhecer seus fracassos é uma qualidade importante para o seu crescimento pessoal.

5. Lembre-se: você cuida do seu dinheiro e blinda a sua saúde
Preocupação e ansiedade podem ter um efeito negativo enorme na sua saúde. No melhor dos casos, um problema financeiro pode arruinar o seu dia. No pior cenário, ele pode afetar a sua saúde a longo prazo, desencadeando problemas cardíacos, crises de estresse, insônia e diabetes. Por isso, o quanto antes você enfrentar seu extrato bancário, mais cedo você blinda a sua saúde de doenças físicas e mentais, e mais você economiza com contas médicas, remédios e tratamentos. Bom, né?

Bjs,
Fabi Scaranzi

Como o pensamento obsessivo influencia na depressão e ansiedade (e como prevenir!)

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(Imagem: Shutterstock)

A ciência explica o pensamento obsessivo como a repetição do mesmo pensamento várias e várias vezes, “martelando” ideias muitas vezes negativas sobre determinado assunto.

Pensar sobre uma oportunidade perdida, um relacionamento que não deu certo ou uma falha no trabalho pode até ser positivo, afinal, a reflexão e auto avaliação nos permite descobrir onde foi que erramos e como podemos criar diferentes soluções para não repetirmos a mesma falha no futuro. Entretanto, como tudo na vida, o excesso e a frequência desse pensamento pode gerar consequências alarmantes, como a ansiedade, a síndrome do pânico, depressão e até alcoolismo.

Estudos recentes apresentados pela Associação de Ansiedade e Depressão da América mostrou, inclusive, que pessoas que mantém um pensamento obsessivo têm maiores probabilidades de desenvolverem depressão em comparação com aquelas que, depois de alguns dias, superam a lembrança negativa.

E acredite: o ciclo é vicioso! O estudo mostrou também que pessoas que apresentavam níveis altos de estresse, depressão e ansiedade, passam a desenvolver pensamentos obsessivos, especialmente os idosos.

Se depois de ler o comecinho dessa matéria, você se lembrou de um pensamento ou outro que tirou seu sono e agora acha que faz parte do grupo  de pessoas que sofre com a doença, pode relaxar. A medicina garante que é normal uma vez ou outra nos sentirmos “obcecados” com alguma ideia ou pensamento. A diferença entre uma quantidade saudável de pensamentos sobre um mesmo assunto e o pensamento obsessivo está, justamente, no resultado final.

Quer um exemplo? Não é visto com um pensamento obsessivo pensar várias e várias vezes sobre um problema em que você ainda não encontrou a melhor solução. O pensamento obsessivo, nesse caso, se dá quando o problema em questão foge do seu controle ou não tem como ser resolvido e, mesmo assim, você não para de pensar nele.

Quem sofre de depressão e ansiedade, além de manter pensamentos obsessivos, normalmente apresenta uma predisposição para o que é chamado de “pensamentos catastróficos”. Esse tipo de pensamento normalmente começa de maneira bastante benigna, como “Este transito provavelmente vai me atrasar para o trabalho”. Em seguida, passa para a auto depreciação: “Sou uma funcionária horrorosa que não consegue nem chegar no horário”. E, por fim, “Eu definitivamente vou ser demitida”.

E não para por aí! Mesmo depois da situação se normalizar, é comum a pessoa passar a semana preocupada, suando frio e sem dormir por conta desse pequeno deslize que ninguém (além dela!) se lembra mais.

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(Imagem: Shutterstock)

Identificando um pensamento obsessivo
Sabia que existem alguns indicativos que facilitam o diagnóstico do pensamento compulsivo?

Fazer piadas sobre algo que aconteceu no passado, por exemplo, mostra que você ainda está ruminando a situação. Procurar diferentes formas criativas para discutir sobre aquilo que você não consegue parar de pensar, desde tirar sarro do ocorrido, até fazer perguntas retóricas a outras pessoas a fim de descobrir se elas já tiveram pensamentos parecidos, são maneiras diferentes de tratar um pensamento obsessivo, inclusive com a intensão de aliviar a tensão, dividir com o outro seu “problema” e não ficar preso dentro dos próprios pensamentos.

Como evitar o pensamento obsessivo
O grande problema com os pensamentos obsessivos é que eles raramente oferecem novos insights ou soluções para lidar com a situação em questão. Ao contrário, eles nos tornam reféns dos nossos próprios sentimentos e pensamentos.

A boa notícia é que mesmo que você se veja presa nesse ciclo vicioso, você não está condenada a passar por isso para sempre. Existem, sim, várias maneiras de prevenir ou até mesmo superar esse tipo de pensamento.

Primeiro, procure manter o foco e concentração no aqui e agora. O hábito ajuda a manter nossa mente presente e livre de preocupações repetitivas. Exercícios de yoga e meditação regular, praticadas em casa mesmo, podem ajudar a melhorar essa habilidade.

Em seguida, analise seus padrões de pensamento. Eles estão baseados em fatos reais ou são distorções cognitivas? Você está ruminando algo que está fora do seu controle? Se esse for o caso, considere se o pensamento pode ajudar outras pessoas ou se serve apenas para tirar o seu sono.

Por fim, tente agendar sua ansiedade. É isso mesmo! Dê a si mesma alguns minutos para se preocupar e pensar naquilo que tanto tem te incomodado. Quando o tempo acabar, é hora de seguir em frente.

E não se esqueça, se você sentir que esses pensamentos obsessivos estão afetando a sua capacidade de trabalhar ou interagir socialmente, estão prejudicando a sua qualidade de vida ou até causando sinais típicos de depressão, estresse, ansiedade e síndrome do pânico, peça ajuda a um especialista. Você deve isso a si mesma e merece ser feliz sem culpa!

Agora eu quero saber de você: você sente que sofre de pensamento obsessivo? De que forma esse pensamento interefe na sua qualidade de vida? Conte pra mim nos comentários.

Bjs,
Fabi Scaranzi

Síndrome do pânico. Entenda as causas e tratamentos da doença

Síndrome do Pânico é uma doença grave, mas com grandes chances de cura (Imagem: Pinterest/The Huffington Post)
(Imagem: Pinterest/The Huffington Post)

A síndrome do pânico é um assunto sério! Mais comum do que podemos imaginar, este transtorno psiquiátrico atualmente atinge de 3 a 5% da população e pode afetar negativamente nosso estilo de vida. Ela é caracterizada pela ocorrência espontânea e inesperada de ataques de pânico, que podem variar de vários episódios por dia para apenas alguns ataques por ano.

Infelizmente, não há como prever as tais crises. Pelo menos nos estágios iniciais do transtorno, parece não haver nada específico capaz de desencadear o ataque, mas há indícios de que lembrar-se de crises de pânico anteriores pode contribuir e levar a uma nova crise.

Quem sofre com a síndrome pode apresentar mudanças de comportamento significativas, como o isolamento e a exclusão de certas situações ou locais, além de perda de controle, enlouquecimento e, em casos mais extremos, até a morte. “As mulheres são três vezes mais propensas do que os homens a sofrer desse mal. Apesar de poder ocorrer em pessoas de qualquer idade, geralmente se desenvolve entre 18 e 45 anos, com uma idade média de início de 24 anos”, explica o médico psiquiatra e professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Arthur Guerra.

Diagnóstico e sintomas
Para diagnosticar a doença, dr. Arthur explica que quatro ou mais ataques de medo ou de ter outro ataque de pânico devem ocorrer em um período de quatro semanas, ou um ou mais ataques seguidos por pelo menos um mês.

“Os ataques de pânico são definidos como um período de medo ou sensação desagradável intensa, em que quatro de 13 sintomas peculiares da síndrome surgem de forma abrupta e atingem pico de intensidade em até 10 minutos”, diz.

Durante o episódio, os pacientes podem ter o desejo de fuga, além da sensação de mal-estar, como se estivessem morrendo de um ataque cardíaco ou asfixia. Atenção para os sintomas mais comuns:

– Sensação de perigo iminente
– Palpitações ou batimentos cardíacos acelerados
– Suor
– Tremor ou estremecimento
– Sensação de falta de ar, asfixia ou sufocamento
– Dor ou desconforto no peito
– Náusea ou desconforto abdominal
– Tonturas, instabilidade ou desmaios
– Sentimento de frustração e fracasso consigo mesmo
– Medo de perder o controle ou enlouquecer
– Medo de morrer
– Dormência ou formigamento
– Calafrios ou ondas de calor

Outros sinais ou sintomas podem incluir: dor de cabeça, mãos frias, diarreia, insônia, fadiga, pensamentos intrusivos, e ruminações.

Causas da doença
Atualmente se entende por “síndrome do pânico” um conjunto de fatores que, se combinados com as influências do meio ambiente, tornam possível a manifestação dos sintomas. Acidentes, doenças graves, conflitos interpessoais ou experiências que geram tristezas profundas, como a perda de parentes e amigos, podem desencadear alguns sintomas da doença.

Dr. Arthur Guerra lembra ainda que o uso de maconha e de estimulantes, tais como a cafeína, descongestionantes nasais e cocaína também estão diretamente ligados à manifestação da síndrome do pânico.

Risco para outros transtornos
Além de todos os prejuízos causados pela doença, o transtorno, se não tratado urgentemente com ajuda pisquiátrica, pode desencadear o aparecimento de outras doenças.

– Pacientes com transtorno de pânico também têm alto risco (80%) de ter outros transtornos psiquiátricos, como ansiedade e dependência de álcool.
– A síndrome do pânico, em muitos casos acaba levando o paciente a sofrer de transtornos de humor. As chances do surgimento de doenças como depressão aumentam em até 60%.
– Pessoas com transtorno do pânico são seis vezes mais propensas a desenvolver doenças respiratórias, como a asma.

Tratamento
Os dados são bem expressivos. E em muitos casos, assustadores! Mas a boa notícia é que a doença tem cura! É importante ressaltar que o acompanhamento psicológico e a ingestão de medicamentos não devem ser vistos como alternativas, mas sim como parceiros no tratamento de pessoas que sofrem com a síndrome, uma vez que a combinação dessas duas táticas é superior – e consideravelmente mais forte – do que as duas modalidades isoladamente.

Tratamento a base de remédios:
Ao optar pelos medicamentos, o tratamento da síndrome é feito basicamente através da inclusão de antidepressivos ou benzodiazepínicos. “Vale ressaltar que os primeiros não causam risco de dependência, enquanto os segundos, apesar de poderem causar dependência com o uso continuado, são boas escolhas iniciais pelo efeito mais rápido sobre os sintomas”, explica Arthur.

Tratamento psicológico:
O tratamento psicoterápico mais utilizado entre os especialistas é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que inclui não só técnicas para lidar com a ansiedade, como técnicas de relaxamento e respiração, técnicas cognitivas (visando a correção de pensamentos distorcidos), técnicas de psicoeducação (importantes para o paciente poder conhecer sobre seu diagnóstico, sintomas, tratamentos disponíveis) e técnicas de exposição, onde o paciente vivencia voluntariamente alguns dos sintomas, para aprender a controlá-los e não deixar que eles tomam as rédias do seu psicológico. “A TCC, em geral, pode ser feita em um período curto, de 10 a 20 sessões e seus resultados são bem positivos, levando ao desaparecimento do transtorno e controle total dos sintomas de pânico”.

Você tem ou conhece alguém que sofra de síndrome do pânico? Na sua opinião, qual o principal gatilho atualmente capaz de desenvolver esse tipo de problema psicológico?

Bjs,
Fabi Scaranzi

Alergias x depressão: pesquisa alerta sobre o excesso de medicamentos

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(Imagem: Shutterstock)

Pouca gente sabe, mas pessoas que sofrem de algum tipo de alergia – seja respiratória, como asma e rinite, ou até mesmo urticárias – e fazem uso contínuo de remédios antialérgicos, têm o dobro de chances de sofrerem de depressão. E não é à toa. Uma pesquisa americana mostrou que a citocina, substância presente em medicamentos como Loratadina e Hidroxizina, diminui nosso nível de serotonina, aquela substância responsável por promover nossa sensação de bem-estar e disposição durante todo o dia.

E a má notícia não para por aí! Além de diminuir nosso gás e energia, os anti-histamínicos também trazem outros efeitos colaterais alarmantes, como cansaço, sensação de mal-estar, dor de cabeça, dificuldade para dormir e para se concentrar. Consequência: chances ainda maiores de nos sentirmos estressadas, ansiosas, depressivas e com alterações de humor.

Mas, calma! Isso não significa que você vai desenvolver um quadro depressivo só porque está tomando um antialérgico. A pesquisa revelou também que cada organismo responde de um jeito aos medicamentos, inclusive ao seu tempo de efeito. O importante é ficar ciente do risco e observar sempre que você começar a sentir sintomas ligados à ansiedade e depressão e, principalmente, se eles costumam aparecer na mesma época em que você está fazendo uso de antialérgicos.

Depressão por antialérgicos: como prevenir
Não adianta, a melhor forma de evitar os efeitos colaterais causados pelos anti-histamínicos ainda é evitando ou reduzindo seu consumo. Mas aí você me pergunta: “Fabi, sofro com alergias crônicas, como asma, rinite ou sinusite, principalmente no inverno, o que devo fazer?”

Especialistas recomendam usar remédios antialérgicos por, no máximo, um mês. O mesmo vale para quem sofre com alergias respiratórias na primavera e outono por causa do pólen das flores. Fora isso, evite ao máximo fazer uso desses medicamentos. Como? Mudando alguns hábitos alimentares ou até mesmo no seu estilo de vida.

Minha primeira dica: comece incluindo no cardápio alimentos ricos em triptofano, substância que favorece o bem-estar. Anote aí o que não deve faltar nas suas refeições:

– Nozes
– Amendoim
– Avelã
– Ovo
– Frango
– Queijo
– Semente de abóbora
– Linhaça
– Aveia
– Arroz integral
– Chocolate amargo

Não esqueça também de praticar atividade física regularmente caso o uso de anti-histamínico seja inevitável, afinal o exercício favorece a liberação de endorfina na corrente sanguínea, aumentando a sensação de felicidade e bom-humor, diminuindo consequentemente os sintomas da depressão. Seja com caminhadas, natação, yoga, pilates ou treinos de musculação, não importa, todo tipo de atividade física é bem-vinda.

Dicas anotadas?

Bjs,
Fabi Scaranzi

Tchau, depressão! 1 hora de exercício por semana ajuda a prevenir a doença, diz estudo

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Não é a primeira vez que falo aqui sobre os benefícios do exercício físico: ele melhora nossa respiração, foco, memória, equilíbrio, força, condicionamento físico e, lógico, blinda nosso corpo de diferentes doenças.

Se você ainda procura por motivos para deixar a vida sedentária de lado, aqui vai: segundo um estudo recente liderado pelo Instituto Black Dog, um grupo de cientistas da Austrália, Noruega e Reino Unido, apenas uma hora de atividades físicas por semana é o suficiente pra você prevenir quadros de depressão. Bom, né?

Entenda o estudo
Ao longo da pesquisa, os cientistas analisaram os dados de 34 mil noruegueses adultos, sem históricos de problemas de saúde mental, considerando níveis de depressão e ansiedade, além de hábitos de atividades físicas durante os últimos 11 anos. O grupo dos saudáveis ainda revelou a frequência e a intensidade da sua rotina de exercícios.

O resultado? Quem não fazia nenhum tipo de exercício tinha 44% de chances a mais de ter depressão, em comparação com quem tirava pelo menos um ou duas horas por semana pra malhar.

Quer mais? A pesquisa descobriu ainda que 12% desses quadros de depressão poderiam ter sido evitados caso os participantes criassem o hábito de se exercitar, mesmo que por apenas uma hora por semana, independentemente da intensidade. Ao levar em conta o enorme benefício pra apenas 60 minutos de atividades físicas, um pouquinho de esteira e bicicleta vale a pena, né?

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O líder da pesquisa, o cientista Samuel Harvey, dá o aviso: “Nós sabemos há algum tempo que o exercício tem um papel importante no tratamento de sintomas da depressão, mas essa é a primeira vez que conseguimos quantificar o potencial de prevenção da atividade física na redução de futuros casos da doença. Essas descobertas são excitantes porque mostram que mesmo uma quantidade relativamente pequena de exercícios por semana pode oferecer uma significativa proteção contra o quadro”.

A doença, que normalmente é tratada com terapia e medicamentos agora conta com mais uma forte aliada. Notícia boa!!

Partiu academia?

Bjs,
Fabi Scaranzi

Setembro Amarelo: saiba mais sobre essa campanha de combate ao suicídio!

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(Imagem: weheartit.com)

Já ouviu falar sobre a o “Setembro Amarelo”? Assim como o “Outubro Rosa” – campanha que visa alertar as mulheres sobre a importância do autoexame e prevenção contra o câncer de mama – e o “Novembro Azul”, campanha com mesmo fim, só que dessa vez ligadas ao homem e às incidências de câncer de próstata, o Setembro Amarelo tem a missão de divulgar, em todo o Brasil durante esse mês, sobre a necessidade da prevenção do suicídio.

Criada em 2014, durante todo o mês de setembro é a ideia é decorar e iluminar espaços público e privados de amarelo. E a escolha não é à toa! Dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, daí a iniciativa de promover eventos que abram espaço para debates sobre o tema e alertar a importância da sua discussão.

Pouca gente sabe, mas atualmente o suicídio é o considerado um problema grave de saúde pública e sua ocorrência tem crescido principalmente entre os jovens. Segundo números oficiais, 32 brasileiros cometem suicídio por dia. Alarmante, né? Para se ter uma noção, esse número é maior do que a de vítimas de AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Viu só porque é tão importante trabalhar para que novos casos sejam prevenidos?

“[O suicídio] é um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas. A esperança é o fato de que, segundo a Organização Mundial da Saúde, nove em cada dez casos poderiam ser prevenidos. É necessário a pessoa buscar ajuda e atenção de quem está à sua volta“, explica o site oficial da campanha.

Entendendo a seriedade de uma doença como a depressão, dei aqui no site uma matéria completinha mostrando as causas, sintomas e tratamentos dessa doença. De acordo com Elton Yoji Kanomata, psiquiatra do Núcleo de Medicina Psicossomática e Psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein, para as mulheres especificamente, é durante a fase pós-parto ou na perimenopausa que elas se encontram mais vulneráveis para apresentar quadros de depressão. “Durante essa fase, a mulher apresenta instabilidade de humor e comportamento, além de descreverem episódios depressivos”, ressalta.

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(Imagem: skodonnell/Thinkstock e Camilla Loureiro/MdeMulher)

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), vários sinais se fazem presentes quando a pessoa está com depressão. Fica atenta aos 10 sintomas mais comuns.

– Tristeza profunda sem motivo aparente
– Pessimismo em todas as áreas da vida
– Isolamento no trabalho, na família e os círculos sociais
– Baixa autoestima
– Dor muscular crônica
– Falta ou excesso de apetite
– Perda da libido ou diminuição do desejo sexual
– Sensação de culpa
– Distúrbio do sono e fadiga
– Dificuldade de raciocínio e concentração

O Setembro Amarelo conta com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Mundialmente, a Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (IASP) também participa da divulgação do projeto.

Viu só como é importante compartilharmos essas informações e ajudarmos a divulgar a campanha do Setembro Amarelo? Pequenas atitudes podem, sim, salvar uma vida.

Bjs,
Fabi Scaranzi 

Depressão pós-parto: nenhuma mãe está livre dela

Demorou muito tempo para que a medicina levasse realmente a sério o que chamamos hoje de Depressão Pós-Parto e que, 50 anos atrás, poderia ser vista como histeria de mãe de primeira viagem, ou simplesmente “coisas de mulher”. Os sintomas não eram valorizados. Os transtornos de humor eram considerados traços peculiares da personalidade feminina. Sem diagnóstico, nem tratamento adequado, ou a doença se resolvia espontaneamente, ou tornava-se crônica.

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Felizmente os olhos da medicina (talvez até pelo crescente número de médicas e pesquisadoras formadas) se abriram para este mal que atinge cerca de 60% das mulheres do baby blues à depressão, logo após terem dado à luz. Algumas de forma mais branda e outras com terríveis sensações. E nada precisa ter acontecido de errado no parto ou na gravidez para que ela ocorra. A criança nasceu perfeita, com boa saúde, o pai está feliz, os avós também. Nada saiu fora do planejado, e elas voltam com o bebezinho para casa, onde tudo foi preparado para recebê-lo, mas são invadidas por uma espécie de melancolia que não sabem explicar. Se esse sentimento for passageiro e desaparecer em alguns dias, não há motivo para preocupação, afinal o organismo passou por verdadeiras revoluções hormonais nos últimos tempos, que podem ter mexido com o sistema nervoso central. Mas se a sensação se prolongar é necessário buscar ajuda profissional. E logo.

Mother In Nursery Suffering From Post Natal Depression

O que é exatamente
A depressão pós-parto é uma doença médica, que acomete cerca de 10 a 15% das mulheres, e pode ter relação com as mudanças hormonais que acontecem no organismo da mulher durante e após a gravidez, as alterações no ciclo do sono e vigília e com o estresse decorrente da mudança de papéis, especialmente no caso dos primeiros filhos.

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Sintomas
Os principais sintomas são: tristeza persistente ou irritabilidade; falta de interesse pelo bebê, pela família, amigos, atividades de lazer; falta de prazer com os cuidados com o bebê e atividades anteriormente prazerosas; preocupação excessiva, agitação, ansiedade; dificuldade para dormir, mesmo nos intervalos entre as mamadas e choros do bebê. Segundo a Dra. Márcia Britto de Macedo Soares, “podem ainda ocorrer aumento ou diminuição do apetite; dificuldade para se concentrar ou tomar decisões; sensação de cansaço excessivo, de peso no corpo; choro fácil, difícil de controlar; medo de não ser uma boa mãe, de que algum mal aconteça ao bebê, ou pensamentos de causar algum mal ao bebê ou a si mesma; pensamentos de morte ou suicídio, nos casos mais graves”.

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Depressão X Baby Blues
Dra. Márcia alerta para a diferença entre Depressão Pós-parto e a leve Síndrome de melancolia natural às novas mães. “Muitas mulheres vivenciam, nos primeiros dias pós-parto flutuações do humor, choro fácil, insegurança, medo, preocupação excessiva, que passam por si só, após alguns dias. Esse quadro recebe o nome de “baby blues”, é freqüente, ocorre em até 85% das mulheres, e não precisa de tratamento. A depressão pós parto tende a acontecer um pouco mais tardiamente, entre a 4ª e a 6ª semana do pós-parto, e os sintomas são mais persistentes, intensos e interferem nitidamente com a qualidade de vida e com o funcionamento global da mulher”, explica e confirma que, nesse caso, irá necessitar de acompanhamento médico.

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Hayden engravidou e viveu na vida real o drama do seu papel na TV

Sentir na pele não é fácil
É óbvio que passar por isso, sem entender o porquê, sobrecarrega a mulher com acréscimos de vergonha e sentimento de culpa, o que faz muitas delas sumirem por uns tempos dos amigos e do convívio familiar. Mas não precisa, nem deve ser assim, uma vez que muitas mulheres passam por isso, se tratam e superam a fase crítica muitas vezes com a ajuda de outras que já passaram pelo mesmo mal.

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Recentemente, a atriz Hayden Panettiere, a Juliette, do seriado Nashville, revelou que está em tratamento para combater a depressão pós-parto, doença com a qual, curiosamente, sua personagem na série também sofreu. Talvez até por isso, Hayden tenha percebido mais facilmente o que estava ocorrendo, pelos sintomas e buscou ajuda psiquiátrica. Apesar de se manifestar publicamente sobre o tratamento, a atriz pediu respeito à fase que atravessa e uma trégua solidária aos paparazzi.

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Hayden e o noivo e pai do bebê, o boxeador ucraniano Wladimir Klitschko

Sobre a doença, declarou:“Há um grande mal entendido. Há um monte de gente que pensa que não é real, que não é verdade, que é algo da nossa cabeça ou então que diz que são os hormônios. Mas, na verdade, é algo completamente incontrolável, doloroso e assustador. E as mulheres precisam de muito apoio para saber que não estão sozinhas e que tem cura”.

Exemplo mais próximo
Adionara Stopassoli Koba, estudante de administração, ficou grávida cedo e por um descuido. A gravidez, apesar de não desejada, ela até levou bem, mas quando chegou na hora do parto, algo estranho se passava com ela… “Mesmo após ouvir aquele choro que insistia em gritar em meus ouvidos anunciando sua chegada, em nenhum momento senti a tal emoção que todo mundo me falava ter sentido. Continuei ali na mesa de cirurgia com uma sensação estranha de que poderia morrer, estava muito confusa e por mais que eu tentasse os pensamentos ruins não me deixavam.”-desabafou no seu instagram.

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Adionara e o seu Murilo: demorou para o “ser mãe” dar prazer…

O relato do encontro com o filho no hospital, no blog Amando em Tempo Integral, de uma sinceridade rasgada, chocou algumas leitoras: “Murilo chegou de macacão azul marinho com uma manta azul clarinha e estava dormindo…logo chegaram alguns amigos e ficaram encantados com o bebê…diziam que era lindo, tiravam fotos; estavam extasiados. Eu olhava pra ele mas, infelizmente era como uma coisa / pessoa qualquer…não fiquei feliz em vê-lo. O que estava acontecendo? Cadê o amor de mãe? Me disseram que seria a coisa mais maravilhosa do mundo #sóquenão?! Por mais que eu tentasse sentir alguma coisa por ele (era como uma obrigação sentir pois, todos estavam alegres e empolgados) não acontecia…eu estava inerte àquilo tudo e mesmo com a presença dele ali do meu lado “EU NÃO ME EMOCIONEI”.

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Hoje ela se emociona e muito. Conseguiu com ajuda do marido, dos conselhos da mãe e muita força de vontade, reverter o processo e quando se deu conta, o amor brotou. Conseguiu passar pela depressão, sem medicação, o que já foi uma vitória e talvez sua terapia tenha sido exatamente desabafar no seu blog e encontrar tantas mães tão perdidas como ela, trocando experiências. O fato de ter relatado essa fase tão terrível que atravessou foi muito importante pra ela e para suas leitoras. Seus registros de superação inspiram outras mães que passam pelo mesmo mal e emocionam as que não passaram, mas entendem, talvez pela autenticidade das histórias divididas, desde a gravidez até agora- quando ela exibe orgulhosa o Murilo já com quase 3 anos e revela: ” quem precisava mesmo dele era eu e hoje eu posso afirmar que o amor de mãe é imensurável”.

A depressão pós-parto é um grito solitário de socorro
Dra. Márcia diz que é muito difícil para quem não passou por isso, ou estudou muito a respeito, entender os sintomas de rejeição da mãe para com o filho, mas tenta explicar como se dá: “Existem sentimentos às vezes ambivalentes, pois embora o nascimento de um filho seja um acontecimento que traz grande felicidade, para algumas mulheres, o sentimento de insegurança em relação ao novo papel, as incertezas em relação às mudanças na dinâmica da relação conjugal e no estilo de vida podem gerar conflitos. No caso de uma gestação não desejada, ou sem o apoio do parceiro, esses conflitos tendem a se acentuar. Além disso, as noites mal-dormidas, as mamadas, os cuidados com o bebê, as dificuldades na amamentação, a mudança no desejo sexual, podem gerar sentimentos contrários ao novo papel, e gerar culpa na mãe. Esses conflitos devem ser compreendidos pelas pessoas mais próximas, que devem apoiar a mãe, e jamais recriminá-la”.

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O apoio da família é fundamental
A família deve participar do tratamento, pois seu apoio é fundamental. Contar com o apoio da família e de amigos é muito importante para aliviar sentimentos de culpa que podem surgir, e para fortalecer o sentimento de segurança. A família não deve minimizar ou recriminar os sentimentos da mulher, mas sim oferecer seu auxílio e amparo, tanto na compreensão dos sentimentos, como nos cuidados com o bebê. A mulher deprimida tende a cuidar menos do bebê, o que pode ter repercussões no desenvolvimento da criança.

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O tratamento
A depressão pós-parto tem tratamento, e estão indicados o uso de medicamentos antidepressivos e a psicoterapia. A escolha do antidepressivo deve levar em conta o desejo de amamentar, para se avaliar qual a melhor opção para a mãe e para o bebê. Nesses casos, os medicamentos mais indicados pertencem à classe inibidores seletivos de recaptação de serotonina, mas a opção por um, ou outro antidepressivo, deve ser discutida, antes, entre o psiquiatra e o pediatra.

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A prevenção
A mudança de papéis , especialmente no caso do nascimento do primeiro filho, pode acarretar uma sobrecarga emocional à mulher. Não há como evitar o primeiro episódio de depressão pós-parto. Podem desenvolver a doença mesmo mulheres sem antecedentes de depressão, que queriam engravidar e tiveram uma gestação sem complicações obstétricas e parto tranquilo. No entanto, é preciso ficar de olho naquelas que já manifestaram quadros depressivos anteriormente, no pós-parto, fora dele ou durante a gravidez, porque a possibilidade de repetir o episódio existe, é grande, e quanto antes o tratamento for instituído, melhor.

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Dra. Márcia aconselha: – É importante ficar atenta aos sentimentos de insegurança, às dúvidas e questionamentos que possam surgir ao longo da gestação, conversar sobre isso com o médico ginecologista e com o obstetra, com o parceiro, familiares e amigos. E também observar alterações de humor que possam surgir durante a gestação, e quando indicado, procurar a uma avaliação de um médico psiquiatra e uma psicoterapia para trabalhar as inseguranças. E, sempre, buscar manter um estilo de vida saudável durante a gestação.

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É  preciso entender que essas mulheres não queriam passar por issso, queriam sim amar seus filhos desde o primeiro momento. Então a cabe a quem está em volta apoiá-las e quem já passou por isso compartilhar suas histórias para que outras mães não se apavorem e saibam como agir se a depressão chegar.

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Fabi Scaranzi

Dra. Marcia Britto De Macedo Soares é médica formada na Faculdade de Medicina da USP, com residência em psiquiatria no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. Tem mestrado em Psiquitria pela na FMUSP, membro da Comissão Científica da ABRATA (Associação Brasileira de Amigos Familiares e Portadores de Transtornos Afetivos).   FOTOS: Google FreeShare

Depressão! Entenda as causas, sintomas e tratamentos

Depressão é uma doença séria e precisa ser diagnosticada o quanto antes!
Depressão é uma doença séria e precisa ser diagnosticada o quanto antes! (Foto: Flickr)

É natural se sentir triste ou chateada uma vez ou outra na vida, afinal não estamos imunes a certas fatalidades: perda de uma pessoa querida, demissão no emprego, dívidas… São esses acontecimentos que te dão o total direito de chorar, ficar de mau humor, ou até sentir vontade de passar a tarde embaixo do edredom, devorando uma barra de chocolates como se não houvesse amanhã. Mas o natural é que esse desânimo passe com o decorrer dos dias e que em uma semana você esteja dando a volta por cima. A depressão só entra em cena quando o sofrimento vem sem causa aparente ou se é desproporcional ao motivo que o disparou, arrastando-se por meses ou até anos! De acordo com Elton Yoji Kanomata, psiquiatra do Núcleo de Medicina Psicossomática e Psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein, é durante a fase pós-parto ou na perimenopausa que as mulheres se encontram mais vulneráveis para apresentar quadros de depressão. “Durante essa fase, a mulher apresenta instabilidade de humor e comportamento, além de descreverem episódios depressivos”, ressalta. A explicação científica é simples: a queda do estrogênio (hormônio sexual feminino produzido pelos ovários) provoca irritabilidade, tristeza, sensibilidade e mau humor, agravando os quadros de depressão em quem está passando por uma fase conturbada ou sofreu um grande baque na vida há pouco tempo.

Sintomas clássicos
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), vários sinais vêm à tona quando a pessoa está com depressão. Fica atenta aos 10 sintomas mais comuns.

– Tristeza profunda sem motivo aparente
– Pessimismo em todas as áreas da vida
– Isolamento no trabalho, na família e os círculos sociais
– Baixa autoestima
– Dor muscular crônica
– Falta ou excesso de apetite
– Perda da libido ou diminuição do desejo sexual
– Sensação de culpa
– Distúrbio do sono e fadiga
– Dificuldade de raciocínio e concentração

A atenção deve ser redobrada se a pessoa apresentar três ou mais sintomas. Neste caso, o ideal é procurar ajuda profissional. Em muitos casos, quem sofre com a doença é incapaz de notar as alterações no seu comportamento e, dificilmente conseguirá reverter a situação sozinho.

Fatores de risco
Genética: De acordo com Elton, diversos estudos comprovam que a depressão se desenvolveu em maior risco em pessoas que possuem um histórico familiar ligo à doença. “No caso de mulheres de meia-idade, este risco acaba sendo três vezes maior quando comparada àquelas sem histórico familiar para depressão”, diz.

Fatores ambientais: Normalmente, a causa para a depressão é decorrente de um fenômeno que envolve fatores biológicos, genéticos, psicológicos, ambientais e sociais. Por isso, para o psiquiatra, somente os fatores ambientais – como a perda de emprego ou divórcio – não podem ser considerados como as principais causas da doença, mas sim um de seus fatores. “É preciso avaliar também a resiliência da pessoa frente ao problema que está enfrentando, além da situação em si e o modo como é confrontada.”

Alterações hormonais: Mais do que a queda do estrogênio durante a TPM, a gestação ou a menopausa, capaz de deixar a mulher irritada, sensível e com a autoestima lá embaixo, remédios para emagrecer ou estimulantes e deitas radicais – carentes em vitaminas, minerais e até gorduras – mexem com os hormônios e podem potencializar ou adiantar um desequilíbrio que seria natural apenas na fase reprodutiva.

Tratamentos
Diagnóstico precoce: O ideal é identificar a doença o quanto antes e assim buscar o tratamento adequado. Portanto, deixe de lado qualquer preconceito e peça ajuda, nem que em um primeiro momento seja apenas de amigos e parentes. Eles ficarão atentos se os seus sintomas estão se agravando e te ajudarão a procurar um especialista capaz de tratar o problema.

Reposição hormonal: A maior parte dos tratamentos contra depressão está diretamente ligado ao aumento da serotonina no organismo da mulher, já que é esse o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e felicidade.

Medicamentos: Existem mais de 36 tipos de antidepressivos disponíveis no mercado, mas somente o psiquiatra é capaz de recomendar a versão certa para cada caso, bem como a dose e a periodicidade do tratamento.

Psicoterapia ou Terapia Comportamental Cognitiva (TCC): O acompanhamento psicológico faz com que a pessoa tenha consciência do drama que está enfrentando e aprenda a gerenciar melhor seus conflitos e os sintomas da crise. No caso da TCC, sessões com o psiquiatra vão estimular o paciente a desabafar e a mudar aquelas visões muitas vezes distorcidas da realidade, mudando sua maneira de pensar e agir.

Prevenção
Atividade física, meditação e ioga: Já notou como você sai animada e eufórica da academia? Elton explica que isso acontece porque o exercício aeróbico libera endorfina, que resulta na sensação de prazer e bem-estar, diminuindo a possibilidade de sentimentos de mágoa que levam à depressão. Já exercícios como a meditação e a ioga controlam a respiração e a ansiedade, aumentando nossa consciência corporal e dissipando, pouco a pouco, nossas visões negativas. Na ioga, ainda temos a vantagem do alongamento, que, se feito regularmente passará a agir diretamente no nosso sistema nervoso central, proporcionando calma e a sensação de relaxamento.

Alimentação saudável: Pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália constataram que a alimentação a base de hambúrgueres, pão branco, batata frita e açúcar está associada a probabilidade de 50% de desenvolver transtornos depressivos. Já quem se alimenta de forma equilibrada, tendo em sua dieta alimentos como hortaliças, frutas, grãos integrais e carnes magras, é 30% menos provável de desenvolver depressão.

Fim do sedentarismo e de vícios como álcool e cigarro: Substâncias nocivas, como a cafeína, nicotina, estimulantes e até inibidores de apetite agem negativamente no cérebro, modificando nossos neurotransmissores, gerando a sensação de prazer instantâneo, mas de melancolia a longo prazo.

Acupuntura: De acordo com um estudo apresentado pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, a técnica milenar chinesa que aplica agulhas nos pontos de tensão do corpo, melhorou em até 50% os sintomas de depressão nas 52 mulheres que participaram da pesquisa durante 12 sessões de 25 minutos cada.

Trabalho voluntário: Além de melhorar a memória, pacientes depressivos que atuam como voluntariados se distraem mais facilmente além de passarem a praticar o altruísmo, reduzindo sua cota de stress negativo.

Tem coisa melhor do fazer o bem para você e os outros de uma vez só?

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Fabi Scaranzi