Herpes: saiba como blindar seu corpo contra o vírus

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Não é a primeira vez que você passa alguns dias na praia e além de ganhar um bronzeado lindo, você volta pra casa com alguma feridinha próximo aos lábios? O nome disso é herpes labial! Elas aparecem principalmente porque, ao tomarmos muito sol, nossas células de defesa se enfraquecem, diminuindo nossa imunidade e aumentando a incidência da herpes. E a doença é mais comum do que a gente pensa. Segundo a Associação Brasileira de Dermatologia, cerca de 90% dos brasileiros possui algum tipo de herpes, porém, mesmo carregando o vírus, apenas 10% das pessoas sofrem com a manifestação das feridas. Segundo a dermatologista do Hospital Albert Einstein, Selma Cernea, a primeira infecção surge logo na infância e geralmente não apresenta sintomas, mas, em alguns casos pode ser acompanhada de sintomas gripais.

A doença
O vírus da herpes fica alojado em nosso sistema nervoso e, quando escapa, dá origem aos machucados. As feridinhas então, aparecem agrupadas em forma de pequenas bolhas. Assim que elas estouram, formam um machucado que vai secando e desaparecendo com o tempo. A má notícia é que, depois que aparecem uma primeira vez, elas tendem a se manifestar de tempos em tempos, principalmente durante um período de baixa imunidade do organismo.

Tratamento
Infelizmente, a doença não tem cura e ainda é altamente contagiosa, por isso procure adiar aquele encontro se você ou ele apresentarem as tais feridinhas. Apesar de não ser possível combater a herpes labial, alguns medicamentos antivirais de uso sistêmico podem ser prescritos por um médico para diminuir o tempo de tratamento da lesão.

Prevenção
De acordo com a dermatologista, a prevenção deve ser feita, principalmente pela proteção solar adequada, usando muito filtro solar e protegendo em especial a área do rosto. “A exposição à radiação UV pode levar a imunodepressão e ao aparecimento de lesões de herpes”, explica. Durante a manifestação da doença, é bom ficar longe de alimentos ricos em arginina, como a castanha de caju, nozes, amendoim, chocolate… Em excesso, esse aminoácido estimula a proliferação do vírus.

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Complicações
Em pacientes portadores de alguns tipos de eczema, pode haver a disseminação de lesões. “Nos imunodeprimidos, a herpes pode ser persistente e levar várias semanas para cicatrização, além da infecção bacteriana secundária”, ressalta Selma. A infecção herpética também pode surgir em outros locais da face, tronco, nádegas, mãos e até na região genital. Nesta última, ela se torna um verdadeiro problema quando ocorre durante a gestação, já que o risco de contaminação do bebê pelo canal de parto pode levar à indicação de cesariana.

Na cozinha
Alguns alimentos, como a carne, ovos, quinoa, leites e derivados ajudam a diminuir a multiplicação do vírus, já que são ricos em um aminoácido chamado lisina, por isso devem ser consumidos frequentemente. O peixe também deve estar sempre presente no cardápio. Rico em ômega 3, ele é uma arma poderosa para blindar o sistema imunológico e deixar o vírus da herpes bem longe de você!

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

Fibromialgia: entenda o que é e como enfrentar a doença

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Já ouviu falar em fibromialgia? A doença, que gera dores insuportáveis por todo o corpo e está frequentemente associada à fadiga, fraqueza, sono, dificuldade de concentração, ansiedade e depressão, é tratável, mas infelizmente não tem cura. Um dia fazendo uma aula de pilates na academia fiquei sabendo que a professora, a personal trainer Letícia Vasconcellos – sofria de fibromialgia desde pequena – Começamos a conversar sobre o assunto e quis trazer esse assunto aqui pra vocês porque muita gente pode sofrer disso mas não ser diagnosticada corretamente. Descobri que existe uma maneira de conviver com as dores e levar a vida de forma normal. Dá uma olhada na história de vida da Letícia logo abaixo!

Gente como a gente
Letícia sempre foi uma criança ativa. Aos nove anos já praticava atividades físicas como ballet e jazz, mas diferente das outras alunas, ela sempre se machucava. Suas dores nos joelhos e tornozelos eram constantes, mas os médicos acreditavam que não passavam de dores de crescimentos, ou desequilíbrio muscular por causa do ballet.

Foi durante a faculdade de Educação Física que a situação piorou. Letícia passou a apresentar problemas de joelho e lombalgia, ficando até mesmo sem andar. Com seus exames de sangue e imagem dando normal, não demorou até Letícia ser diagnosticada com depressão. “Tinha dores generalizadas e muito cansaço físico. Passei por reumatologistas, ortopedistas, fisioterapeutas e até médicos especialistas em sono para entender a causa das minhas dores constantes por todo o corpo”.

Letícia tinha dificuldades para trabalhar porque não conseguia dormir durante a noite. Em muitos casos, deixava de trabalhar por causa da dor intensa. Com isso, perdeu alunos e enfrentou muitos preconceitos de quem achava que sua dor era, na verdade, preguiça. E foi por causa da dor constante, que mais parecia com um beliscão, que a personal passou a tomar antidepressivos.

Exercícios, como o pilates, ajudam Letícia a melhorar dores e fadiga
Exercícios, como o pilates, ajudam Letícia a melhorar dores e fadiga

Foi somente em 2011 que um reumatologista diagnosticou Letícia com fibromialgia. Em um tratamento que durou três meses, ela tomou medicamentos para dormir, acordar e se manter acordada. Com drogas tão fortes, não demorou até que ela engordasse e não tivesse disposição para mais nada. “Se eu fizesse uma hora de exercícios físicos leves, precisava ficar quatro dias em casa me recuperando. A combinação desses remédios com analgésicos e anti-inflamatórios me deixavam dopada. Não estava valendo a pena”.

Em 2012, ao passar com o fisiatra dr. Malcon Botteon, Letícia passou a ter uma nova visão para o problema. Sua fibromialgia foi tratada com ansiolíticos, relaxante muscular e analgésicos. Para seus problemas de fadiga, seu médico recomendou suplementação e uma sobrecarga de testosterona por dois meses.

Letícia passou ainda por tratamento chamado “agulhamento seco”, que consiste em aplicar uma agulha tipo acupuntura, mas um pouco maior, no músculo onde existe o ponto de tensão. Esse agulhamento alivia tensão, diminui dores, relaxa os pontos de tensão e melhora a circulação. A personal passou também por psicoterapia e massagens. Em casa, ela intensifica seu tratamento com bolsas de água quente. “Todo dia preciso tomar esses cuidados, principalmente se sinto uma crise de aproximando”.

Letícia durante uma sessão de agulhamento seco!
Letícia durante uma sessão de agulhamento seco!

Hoje, aos 32 anos, a personal, que se especializou em exercícios físicos voltados para a dor e ajuda pessoas que também sofrem de fibromialgia, dores de coluna ou na articulação, tem uma vida normal e consegue fazer de tudo, desde que com moderação. “A dor acaba tirando nossa vontade até de sair da cama. É preciso se forçar a fazer bolsas de água quente, alongamento. O apoio da família é muito importante. Por muito tempo sofri de fadiga crônica e dores pélvicas, tanto que não conseguia nem ter relações sexuais com meu marido. Ele foi uma pessoa maravilhosa e me deu todo o apoio que eu precisava”.

Infelizmente, o INSS ainda não reconhece essa doença e quem sofre de fibromialgia não tem o direito que tirar licença para se tratar. Portanto, o melhor é manter uma alimentação saudável (Letícia recomenta a paleolítica, que consiste em se alimentar apenas com o que é natural e não possui conservantes!), além de praticar exercícios leves, fazer acupuntura e pilates. Além de amenizar as dores, eles melhoram a disposição, o humor e o cansaço. A dor estará sempre presente, mas com esses pequenos cuidados, é possível ser feliz e ter uma vida normal.

Entendendo a doença
Conversei com o dr. Malcon Botteon, especializado em medicina do esporte e fisiatria – e que cuidou da fibromialgia da Letícia – que me explicasse um pouquinho sobre a doença.

A fibromialgia atinge preferencialmente mulheres com mais de 30 anos, pode aparecer através de dores crônicas (mais de três meses) generalizadas ou migratórias, onde a cada momento dói um lugar diferente do corpo. A intensidade da dor também é variável e depende de vários fatores. Não consegue imaginar? Tente compará-la com dores musculares constantes!

dor no corpo

A doença, que não aparece através de exames, normalmente é diagnosticada penas após a exclusão de outras causas possíveis. “Se mal tratada, a fibromialgia traz pessoa qualidade de vida ao paciente, afetando, inclusive suas relações sociais e profissionais”, ressalta dr. Malcon.

Infelizmente, a fibromialgia não tem cura, mas de acordo com o fisiatra, ela pode ser tratável com abordagem multidisciplinar, atendimentos em médico especialista em dor, fisioterapia e adequação de qualidade e quantidade do sono. Exercícios físicos, psicoterapia e acupuntura também apresentam bons resultados para quem sofre com a doença.

agulhamento seco

Se a intenção é prevenir a fibromialgia, dr. Malcon Botteon alerta sobre a necessidade de fugir do sedentarismo. “É necessário também ter sono regular, evitar stress emocional e ansiedade e fazer exercícios físicos moderados regularmente”. Na cozinha, procure sempre se alimentar de forma saudável, fugindo de alimentos industrializados e com alto teor de gordura trans.

Que hábitos saudáveis você incluiu ou pensa em incluir na sua rotina para ser mais saudável física e mentalmente?

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Acervo pessoal e Shutterstock

Tosse no inverno: identifique os tipos e veja como tratar

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(Imagem: Shuttetstock)

Basta esfriar um pouquinho para que os primeiros sintomas das doenças de inverno comecem a aparecer. A tosse, por exemplo, é um problema comum pra muita gente nessa época do ano; o que pouca gente sabe que é que existem diferentes tipos da doença.

Segundo a dra. Maura Neves, otorrinolaringologista da Clínica MedPrimus, a função da tosse é remover agentes irritantes, limpar a via respiratória e defender o organismo de agentes nocivos inalados. “A tosse pode ser seca ou produtiva. A diferença entre elas é a presença de muco. Na tosse produtiva há presença de secreção, que pode ser de pequena a grande quantidade, de clara a mais escura e até com laivos de sangue. A cor da secreção é um dos indicativos da causa”, explica.

Se você costuma ter tosse nessa época do ano, a especialista Maura Neves te ajuda a reconhecer os três diferentes tipos da doença e a identificar o que tem causado essa sua irritação.

Secreção clara ou transparente: está associada a alergias ou gripes e resfriados. Já a secreção amarelada ou esverdeada sugere infecção. A presença de secreção sanguinolenta está associada à pneumonia, bronquite ou situações mais graves como tuberculose e câncer.

Tosse seca: não tem secreção e muitas vezes está associada àquela “coceira” na garganta. Nestes casos a tosse causa irritação na garganta. E quanto mais irritação mais tosse, e quanto mais tosse mais irritação.

Tosse aguda: A médica explica que a tosse também é dividida por sua duração. Uma tosse aguda, habitualmente, é de curta duração. Muitas vezes apresenta outros sintomas como obstrução nasal, dor de garganta, rouquidão e etc. Já os sintomas crônicos duram mais de 8 semanas e tem causas diversas.

E atenção: se sua tosse persistir, um médico deve ser consultado imediatamente uma vez só o diagnóstico da causa – feito através de exames, exames laboratoriais e de imagem, além da história clínica do paciente – será capaz de indicar o tratamento correto

O caminho é prevenir
Melhor do que tratar sua tosse é prevenir que ela apareça! Para isso, dra. Maura Neves listou algumas medidas práticas e eficientes para você blindar o organismo dessa doença chatinha, principalmente no frio:

1. Hidrate-se! beber água ajuda na fluidificação de secreções e hidratação de toda a via área.
2. Faça uma lavagem nasal com soro fisiológico. Rinites e sinusites são causas muito frequente de tosse. Manter uma boa respiração nasal sem acúmulo de secreções ajuda a controlar a tosse.
3. Evite comer muito antes de deitar.
4. Evite café, chá preto ou mate, chocolate e alimentos condimentados: eles podem piorar sintomas de refluxo.
5. Umidificador ou vaporizador nos dias mais secos ajudam a aumentar a umidade do ar.
6. Mantenha o ambiente ventilado.

Fim das dúvidas? Tosse no inverno, nunca mais!

Bjs,
Fabi Scaranzi

Conjuntivite é comum no inverno. Aprenda a se prevenir

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(Imagem: Shutterstock)

Sabia que casos de conjuntivite tendem aumentar durante o inverno? Só em São Paulo, a Secretaria Municipal da Saúde registrou 161 surtos na capital até 14 de maio desse ano – ou seja, foram diagnosticadas duas ou mais vítimas da doença no mesmo local e espaço de tempo. Bastante, né? Sem contar que esses dados não contabilizam as ocorrências individuais, nas quais não existe o contágio para uma segunda pessoa próxima. Senão o número seria bem maior.

Para quem não conhece, a conjuntivite é uma inflamação causada por agentes tóxicos, alergias, bactérias ou vírus na membrana transparente que recobre o globo ocular e a parte interna da pálpebra.

Altamente contagiosa, apesar de não ser grave ela provoca muito incômodo e exige alguns cuidados especiais. E fica o alerta: ela geralmente compromete os dois olhos, não necessariamente ao mesmo tempo, e a contaminação acontece com maior facilidade em ambientes fechados, como ônibus, escolas, empresas e academias.

Os sintomas da conjuntivite
Olho vermelho e lacrimejante
Inchaço nas pálpebras
Intolerância à luz
Visão embaçada ou borrada

Como se prevenir
Evite contato com pessoas com conjuntivite
Não compartilhe produtos de uso comum, como lençóis, toalhas, fronhas e maquiagens
Lave as mãos regularmente e, sempre que possível, aplique álcool gel após frequentar lugares lotados e fechados
Não coce os olhos
Remova a maquiagem antes de dormir, principalmente na região dos olhos
No verão, use óculos de mergulho para proteger os olhos do cloro e das águas contaminadas sempre que for no mar ou piscina. Elas podem transmitir o vírus.

Dicas anotadas?

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Fonte: Secretaria Municipal da Saúde

Síndrome de Hashimoto: a doença que mudou o corpo da top Gigi Hadid

Você já deve ter ouvido na top model Gigi Hadid. A modelo – ícone de marcas conhecidas como Tommy Hilfigher e Victoria’s Secret – foi alvo de críticas no passado por não ser magra o suficiente para as passarelas e agora sofre com a desaprovação do público por ter perdido muito peso.

A explicação, entretanto, veio através de uma resposta de Gigi em sua conta no Twitter. A top revelou que sofre da síndrome de Hashimoto – doença que afeta o funcionamento das glândulas da tireoide e tem como um dos seus efeitos o ganho de peso. O porquê da perda brusca de peso? Gigi Hadid explica: ele é resultado do tratamento da disfunção e, embora não seja como gostaria de ver seu corpo, se sente mais saudável assim.

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“Para aqueles decididos a falar sobre por que o meu corpo mudou ao longo dos anos, vocês podem não saber que, quando comecei [a carreira], com 17 anos, eu ainda não tinha sido diagnosticada com a doença de Hashimoto; aqueles que me chamaram de ‘muito gorda para a indústria’ estavam vendo inflamação e retenção de líquido devido a isso”, escreveu.

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“Ao longo dos últimos anos, fui medicada adequadamente para tratar sintomas incluindo estes, assim como fadiga extrema, questões de metabolismo, habilidade corporal para reter calor etc… Também participei de um experimento medicinal holístico que ajudou minha tireoide a se equilibrar.”

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“Embora o estresse e o excesso de viagens também possam afetar o corpo, sempre comi da mesma maneira, meu corpo apenas lida com isso de forma diferente agora que minha saúde está melhor. Eu posso estar ‘magra demais’ para vocês, honestamente tão magra assim não é como eu queria estar, mas me sinto mais saudável internamente e ainda estou aprendendo e crescendo com meu corpo todos os dias, como todo mundo.”

Entenda a doença
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a síndrome de Hashimoto é uma doença autoimune que destrói o tecido tireoidiano – o organismo fabrica anticorpos contra as células da tireoide. Resultado? Isso leva a uma redução da atividade e até a destruição da glândula, abrindo porta para o hipotireoidismo.

A doença atinge mais mulheres do que homens e as causas não são totalmente esclarecidas, mas acredita-se que fatores genéticos sejam os principais responsáveis.

Sintomas e diagnóstico
Uma vez que a evolução da síndrome de Hashimoto é lenta, os sintomas normalmente aparecem quando o hipotireoidismo já se faz presente. Entre os sintomas da doença, os mais comuns são:

Aumento de peso
Depressão
Prisão de ventre
Pele seca e fria
Ansiedade
Aumento do volume e nódulos na tireoide

Para fazer um diagnóstico decisivo da doença, é preciso considerar o aumento da glândula e se ela está endurecida, além de anemia e lentidão nos reflexos motores. Exames de sangue são os mais indicados para apontar a falta de hormônios tireoidianos e a presença de anticorpos.

Tratamento
Infelizmente, a síndrome de Hashimoto não tem um tratamento definitivo. O paciente diagnosticado precisa de reposição hormonal a vida toda, além de alimentação e hábitos saudáveis.

Bjs,
Fabi Scaranzi

Lúpus! Saiba tudo sobre a doença de Lady Gaga e Selena Gomez

Em setembro, duas notícias abalaram o mundo da música: o cancelamento da apresentação da cantora americana Lady Gaga no Rock in Rio por conta da fibromialgia – doença que gera dores insuportáveis por todo o corpo e está frequentemente associada à fadiga, fraqueza, sono, dificuldade de concentração, ansiedade e depressão – e o post emocionante da cantora Selena Gomez no Instagram, contando que havia passado por uma cirurgia e recebido um rim transplantado de sua melhor amiga. O que pouca gente sabe é que esses dois quadros, aparentemente bem diferentes, são consequências de uma mesma doença: o Lúpus!

A doença, pra muita gente ainda é desconhecida e gera algumas dúvidas – por isso a importância desse post. Abaixo, explico o que é o Lúpus, seus sintomas, tratamentos e diagnóstico. Dá uma olhada!

O que é o Lúpus?
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), Lúpus nada mais é do que uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. Existem, entretanto, dois tipos de Lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas) principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo (“V” do decote) e nos braços) e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são prejudicados, como é o caso de Selena Gomez e Lady Gaga.

De olho nos sintomas
Por ser uma doença do sistema imunológico – que é responsável pela produção de anticorpos e organização dos mecanismos de inflamação em todos os órgãos, a pessoa com Lúpus pode ter diferentes tipos de sintomas em vários locais do corpo.

Dos sintomas mais comuns:
– Febre
– Perda de peso
– Perda de apetite
Queda de cabelo
– Fraqueza
Desânimo

Dos sintomas específicos de cada órgão:
– Dores nas juntas principalmente na região das mãos, punhos, joelhos e pés (fibromialgia)
– Manchas na pele
– Inflamação da pleura (membrana que recobre o pulmão), causando dor ao respirar, tosse seca e falta de ar
– Pericardite (inflamação da membrana que reveste o coração), causando dor no peito, palpitação e falta de ar
– Hipertensão
– Problemas/falhas do funcionamento dos rins, acompanhados de pressão alta, inchaço nas pernas, urina espumosa, ou diminuição da quantidade de urina. Pode-se haver necessidade de diálise ou até transplante.
– Anemia
Aumento do sangramento menstrual
– Surgimento de hematomas
– Sangramento excessivo das gengivas

Vale lembrar que esses sintomas podem surgir isoladamente, ou em conjunto e podem ocorrer ao mesmo tempo ou de forma sequencial. Cada caso é um caso!

Quem tem Lúpus?
Sabia que as mulheres são as mais acometidas com a doença? Apesar dos números não serem exatos, estima-se que cerca de 65.000 pessoas sofram de Lúpus e que uma a cada 1.700 mulheres tenham com a doença. Alarmante, né? “Porém, o Lúpus não tem um perfil exato para se manifestar. Ele pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, sendo a grande maioria pessoas entre 20 e 45 anos”, informam os reumatologistas da SBR.

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(Imagem: Shutterstock)

Lúpus e as principais causas
Apesar da causa não ser totalmente conhecida, fatores genéticos, hormonais e ambientais são os principais responsáveis pelo desenvolvimento do Lúpus. Pessoas que já nascem com predisposição genética para desenvolver a doença, em algum momento, após uma interação com fatores ambientais (irradiação solar ou infecções virais, por exemplo) passam a apresentar uma ou mais alterações imunológicas citadas acima. “A principal delas é o desequilíbrio na produção de anticorpos que reagem com proteínas do próprio organismo e causam inflamação em diversos órgãos como na pele, pulmões e rins. Dessa forma, é correto dizer que o tipo de sintoma que a pessoa desenvolve depende do tipo de auto anticorpo que ela possui e, de como o desenvolvimento de cada anticorpo se relaciona às características genéticas de cada indivíduo”, explica o reumatologista de São Paulo, Evandro Pereira. Não é à toa que cada tratamento é feito de maneira específica e muito pessoal, dependendo do quadro de cada paciente.

Como é feito o diagnóstico
A princípio, o diagnóstico do Lúpus é feito através do reconhecimento pelo médico de um ou mais sintomas, além de alterações presentes em exames de sangue e urina. Vale lembrar que não existe um exame que seja 100% específico para diagnosticar o Lúpus, porém um exame chamado FAN (fator ou anticorpo antinuclear), se apresentar números elevados em uma pessoa com sinais ou sintomas característicos da doença, permite o diagnóstico com mais certeza.

Tipos de tratamento
O reumatologista Evandro Pereira explica que o tratamento do Lúpus depende, principalmente, do tipo de manifestação que ela apresenta, por isso que cada plano de ação é individualizado. “Pode ser que uma pessoa com Lúpus precise de um, dois ou mais medicamentos em uma fase (ativa), e poucos ou nenhum medicamento em outras”, explica.

Entretanto, o tratamento sempre inclui remédios para regular as alterações imunológicas, além de medicamentos gerais para regular alterações consequentes da inflamação causada pelo Lúpus, como febre, dores, inchaços… Sintomas mais leves podem ser tratados com anti-inflamatórios, analgésicos e/ou doses baixas de corticoides e sempre (sempre mesmo!) deve-se aplicar protetor solar em todas as áreas do corpo expostas à claridade (e reaplicar a cada três horas).

O especialista explica ainda que, no caso de problemas nos rins, pulmões, sistema nervoso ou vasculite, é necessário o emprego de imunossupressores em doses que vão variar de acordo com o quadro do paciente.

Outros cuidados importantes
A Sociedade Brasileira de Reumatologia listou ainda uma lista de cuidados fundamentais que quem sofre com Lúpus deve tomar diariamente. Espia só!

– Alimentação balanceada
– Repouso adequado
Evitar situações de estresse
– Atenção rigorosa a higiene para evitar o risco de infecções)
– Evitar alimentos ricos em gorduras e bebidas alcoólicas em grande quantidade
– Evitar ou suspender o uso de anticoncepcional com estrogênio
– Não fumar
Passar protetor solar todos os dias e evitar luz direta do sol em contato com a pele (os raios UV causam lesões e provocam o agravamento da inflamação em órgãos internos, como os rins)
Praticar atividade física regular, de preferência a aeróbica para controlar a pressão e a glicose no sangue, além de melhorar a qualidade dos ossos, melhorando o sistema imunológico e prevenindo a osteoporose

Pra terminar, tenha em mente que quem sofre de Lúpus precisa de acompanhamento prolongados, mas isso não significa que a doença vai estar sempre causando sintomas ou impedindo uma vida normal. “A evolução do Lúpus se caracteriza por períodos de maior e menor atividade, com quantidade maior ou menor de sintomas”, explica Evandro. Por isso, você não só pode, como deve tentar seguir sua rotina como sempre fez. O uso regular dos medicamentos e os cuidados citados acima vão auxiliar na manutenção da doença e mantê-la sob controle.

Muitos desses cuidados (como protetor solar, alimentação saudável, fim do tabagismo) devem ser levados para a vida toda. Fazer exames e consultas periódicas é recomendado. E qualquer dúvida, ou alteração no seu quadro de saúde deve ser sempre comunicada ao seu médico.

Bjs,
Fabi Scaranzi

 

Febre amarela: conheça os sintomas e saiba tudo sobre a vacina

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Nunca se ouviu tanto falar em febre amarela. É não é à toa! Em 2017 o surto da doença tem deixado a população em estado de alerta. O motivo? De acordo com o Ministério da Saúde, até o começo desse ano foram notificados 901 casos da febre amarela. Desse total, 708 casos ainda permanecem em investigação, 151 confirmados e 42 descartados. Bastante, né? E as notícias alarmantes não param por aí: dentre os 143 óbitos notificados, 54 foram confirmados, 86 ainda estão sendo investigados e apenas três foram descartados.

Apesar de Minas Gerais ser o estado que apresenta os números mais alarmantes, com 802 casos suspeitos e 134 confirmados, outras regiões como Espírito Santos, Bahia, São Paulo e Tocantins também já registraram ocorrências de febre amarela.

Diante de números tão alarmantes e de um país inteiro preocupado com a disseminação da doença, conversei com o dr. Jacyr Pasternak, infectologista do Hospital Israelista Albert Einstein para esclarecer as principais dúvidas em relação à febre amarela, inclusive para gestantes e pais de crianças pequenas. Confira abaixo informações sobre sintomas, tratamentos, prevenção e vacinação.

Como a febre amarela é transmitida?
A febre amarela é pega através da picada de mosquito. Dr. Jacyr explica, entretanto, que a doença tem dois ciclos epidemiológicos, ou seja, duas maneiras do vírus circular na espécie humana, apenas de ser idêntica e causada pelo mesmo vírus. “O ciclo selvagem é transmitido por mosquitos do gênero Haemagogus e Sabethes, e cicla entre macacos, sendo os humanos picados quando entram no mato. Já o ciclo urbano é passado pelo nosso velho conhecido Aedes Aegypti e eventualmente pelo primo dele, o Aedes Albopictus. No Brasil temos, neste momento, unicamente o ciclo selvagem. O último ciclo urbano foi registrado em 1942”, explica.

Quais são os sintomas da doença?
Os sintomas de febre amarela são variáveis e, em muitos casos, ficam pouco sintomáticos, com febre, dor muscular e mal-estar por alguns dias. Entretanto, o infectologista explica que os casos mais graves são mais dramáticos. “Febre alta, icterícia (cor amarela da pele, olhos e mucosas), insuficiência renal, náusea, vômitos e hemorragias são os sintomas mais marcantes”, afirma Jacyr Pasternak. A taxa de mortalidade nos casos graves é da ordem de 40 a 50 %, com assistência médica decente.

Existem formas de tratamento?
Infelizmente, não! Diante da suspeita de febre amarela, o paciente deve ficar em observação clínica, tratando as possíveis complicações. É importante também se hidratar bem, vigiar sangramentos e ficar atenta à dosagem dos medicamentos caso haja sinais de insuficiência renal.

Tem como se prevenir?
De acordo com o infectologista o único meio de prevenção é não frequentar zonas onde ocorrem a infecção, além, é claro, da vacina contra febre amarela. “Ela é feita a partir do vírus vivo atenuado e totalmente efetiva”.

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Estou grávida. Posso tomar a vacina?
Não! Como a vacina é feita com o vírus vivo atenuado ela pode causar lesão ao feto. O mesmo vale para períodos de amamentação. Se a mãe tomar a vacina contra febre amarela após o nascimento do bebê o indicado é que ela espere 28 dias para amamenta-lo novamente, já que o vírus pode ser transmitido pelo leite materno. Dr. Jacyr ressalta, porém, que grávidas que vivem locais de condições epidêmicas podem tomar a vacina. “Existem poucos relatos de problemas ligados a vacinação na gravidez”.

O mais indicado para gestantes é usar roupas que cubram as áreas expostas, aplicar repelente por todo o corpo mais de uma vez por dia e evitar viajar para as regiões que já relataram casos da doença.

Crianças devem ser imunizadas com que idade? É necessário tomar mais de uma dose da vacina?
O especialista indica que crianças acima de dois anos sejam imunizadas e que uma dose da vacina já é o suficiente para o resto da vida. “Duas doses são, definitivamente, imunizantes para sempre. Não há necessidade, entretanto, de tomar mais que isso”.

Minha cidade não faz parte das áreas de risco. Preciso tomar a vacina mesmo assim?
É sempre bom ter a carteira de vacinação em dia. Entretanto, dr. Jacyr Pasternak explica que pessoas de mais idade apresentam maiores riscos ao se vacinar contra febre amarela. “Em casos raros, mas claramente conhecidos no Brasil, a doença foi comprovada e desencadeada pela vacina. Por isso, acredito que não há a necessidade de se vacinar contra a febre amarela se você não for se expor, nem viajar para a região onde ocorro o ciclo selvagem da doença”. Lembrando que a vacina não deve ser dada em crianças abaixo dos seis meses e em pessoas que nunca a tomaram acima dos 60 anos.

A vacina pode causar algum tipo de reação?
As únicas queixas que se ouviu até hoje depois de aplicada a vacina contra febre amarela são: febre, dor de cabeça e dor muscular por um ou dois dias. Em casos raríssimos e bem mais graves, apresentou-se quadros com a encefalite – uma inflamação do cérebro desencadeada pela presença de um agente infeccioso.

Quem não pode tomar a vacina de febre amarela?
Pessoas que tomam medicações que interferem com a resposta imune, grávidas, crianças menores de seis meses, pessoas com algum tipo de imunodeficiência (como HIV, neoplasia ou que fazem tratamento de quimioterapia) e quem tem alergia a ovo, já que o imunizante possui a proteína do ovo em sua composição. Dr. Jacyr Pasternak, enfatiza que o melhor é que cada caso seja avaliado separadamente por um especialista. Só ele poderá dizer se você deve, ou não ser imunizada pela vacina.

Para pôr fim a qualquer restante em relação à febre amarela, dá uma olhada nesse vídeo publicado pelo Ministério da Saúde solucionando outras dúvidas sobre a doença.

https://youtu.be/kBzmCWcGxvg

Fim das dúvidas?

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

9 fatos que toda mulher precisa saber sobre o mal de Alzheimer

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Como somos jovens, é fácil não dar importância à doença de Alzheimer, afinal, ela só afeta pessoas acima dos 60 anos. Parece que ainda há um looongo caminho até que perda de memória e demência possam se tornar ameaças reais. Felizmente, isso é verdade! Mas as chances de que o mal de Alzheimer vá afetar alguém próximo a você são enormes e mesmo que ele não seja um perigo à sua saúde agora, é sempre bom educar-se sobre a doença.

Você sabia que o Alzheimer, apesar de não ser hereditário, já afeta 35 milhões de pessoas no mundo todo? E mais: esse número pode chegar a 70 milhões em 20 anos se nenhuma descoberta sobre como prevenir ou tratar a doença for feita! Mais assustador que esses dados, é o fato de que a maioria das pessoas que sofrem de Alzheimer lutam constantemente para pagar os medicamentos e cuidados que precisam para levarem uma vida saudável e normal.

Por isso, não importa se a doença não interfere a sua vida diretamente, é sempre bom saber como lidar com os sintomas desse mal e principalmente, aprender como ajudar quem, infelizmente, faz parte dessas estatísticas. Aqui nove fatos sobre a doença de Alzheimer que você não pode deixar de saber:

1. Mulheres são mais diagnosticadas com Alzheimer do que os homens
Como se nós já não tivéssemos problemas de saúde o suficiente para resolver (alô, cólicas!), uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Alzheimer revelou que três em casa cinco pacientes que vivem com a doença são mulheres. Entretanto, o neurologista do Hospital Albert Einstein, dr. Ivan Okamoto explica que a doença pode ser bem democrática uma vez que se deve levar em consideração o fato das mulheres viverem mais tempo que os homens. “Proporcionalmente, a doença é mais presente em mulheres, principalmente a partir dos 60 anos. E o número de casos pode vir a dobrar conforme a idade vai avançando”, explica.

A Universidade de Stanford provou através de um estudo que mulheres que carregam o gene ApoE-4, são duas vezes mais propensas a sofrer com o mal de Alzheimer que os homens que possuem o mesmo gene. As razões para este fato, entretanto, continuam desconhecidas.

2. Os sintomas da doença são claros de se identificar
Nada de achar que esquecer a chave de casa ou não saber onde deixou seu celular são sintomas da doença. Diferente do que muita gente pensa, nem todo problema de memória tem a ver com Alzheimer. Esquecer uma coisa ou outra é normal e quase sempre é consequência do stress e da rotina corrida. Dr. Ivan explica que os sintomas do Alzheimer se caracterizam pela perda de memória constante, aquela que atrapalha no andamento do dia-a-dia. “Para donas de casa, por exemplo, elas esquecem como fazer uma receita corriqueira, ou fazem de forma mais lenta atividades que já estavam habituadas. Mulheres que trabalham fora tendem a apresentar problemas de administração de compromissos, além de esquecerem senhas de banco, logins de acesso de contas, o que causa transtornos na execução de atividades mais simples”.

3. O diagnóstico pode levar dias
Não basta apresentar problemas de memória para ser diagnosticada com Alzheimer. O neurologista Ivan Okamoto explica que o diagnóstico é feito através de testes de memórias que pontuam e comparam os resultados com a população da mesma idade e escolaridade. “Através de exames, testes e conversas descobrimos há quanto tempo o paciente tem sofrido de perda de memória, como isso tem impactado seu dia-a-dia e até mesmo se esses lapsos de memória não estão ligados a medicamentos ou doenças como depressão”. Tumores, hemorragias… tudo pode ser motivo para que a memória sofra perdas, portanto, quanto mais testes e exames forem feitos para identificar as causas, melhor.

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4. Não existe um tratamento definitivo para o Alzheimer
Infelizmente, ainda não existe um tratamento ou medicamento que cure a doença. Dr. Ivan ressalta que, atualmente, existem medicações que diminuem a velocidade da perda de memória e até estabilizam o processo do Alzheimer, mas que não prometem recuperar aquilo que foi esquecido. Ele lembra ainda que não há cirurgias, nem nenhuma evidência de medicação milagrosa. “Os tratamentos são diferentes para cada pessoa pois a intenção é sempre suprir as substâncias que faltam no organismo de cada paciente”.

5. A doença possui diferentes estágios
O mal de Alzheimer pode ser visto em três diferentes fases: leve, moderada e avançada.

Leve: esquecimentos quase normais do dia-a-dia, mas que interferem na rotina, como senha de banco, chave do carro e celular.
Moderada: necessidade de supervisão. A pessoa consegue gerenciar seus compromissos, mas precisa de alguém que a acompanhe, como na hora de cozinhar ou tirar dinheiro no caixa eletrônico.
Avançada: estado total dependência, seja para comer, tomar banho ou sair de casa. Dentro desse estágio, encontra-se também a fase terminal. Nela, a pessoa fica na cama, sem capacidade de mobilidade e interação. Ela perde sua capacidade de memória e de linha de pensamento contínua, apresenta alterações de humor, não consegue mais falar, andar, engolir e, na maioria dos casos, morre por causa de complicações causadas pela doença.

6. Bebidas alcoólicas podem confundir o diagnóstico de Alzheimer, principalmente nas mulheres
Se você tem um membro da família que está sendo diagnosticado com Alzheimer, certifique-se de que o verdadeiro problema não é o consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Mesmo pesquisas apontando que uma quantidade moderada de álcool pode ajudar a prevenir a doença, se consumido em excesso, podem levar a outro mal, chamado Síndrome de Korsakoff, que tem como principal característica, a demência. Você pode não notar, mas pessoas mais velhas tendem a consumir uma quantidade maior de álcool, especialmente as mulheres. Aliás, 22% das mulheres entre 65 e 74 anos bebem mais do que a dose semanal de álcool indicada pelos especialistas.

7. Mudanças na rotina ajudam a prevenir ou retardar o aparecimento da doença
De acordo com o dr. Ivan Okamoto, países como Suécia e Islândia passaram a adotar cinco mudanças significativas na rotina e um estudo feito em 2015 provou que em dois anos, pessoas que cumpriram cinco etapas de adaptação, apresentaram menores problemas de memória e concentração. São elas:

1. Atividade física aeróbica três vezes por semana.
2. Atividades intelectuais, como palavras cruzadas, xadrez, cursos de língua e computação.
3. Alimentação balanceada, contendo proteínas, carboidratos, vitaminas e alimentos ricos principalmente em ômega 3, como peixes e castanhas. Além de verduras, vinho e mirtilo, que contém antioxidantes poderosos contra a deterioração do cérebro.
4. Prevenção de fatores de risco, como diabetes e pressão alta.
5. Manutenção das relações sociais e familiares, estando sempre rodeada de familiares e amigos, seja em clubes, festas de aniversário ou almoços de domingo.

8. Pesquisas tem avançado em busca na cura deste mal
No final de 2015, Hillary Clinton anunciou que está lutando para que a cura do Alzheimer chegue, em definitivo, até 2025. Ela compartilhou um plano de dez anos e garantiu doar US$ 2 bilhões por ano para pesquisa, afirmando ainda que esses investimentos vão ajudar as famílias americanas a cuidar de parentes que sofram com a doença. Na mesma época, o Congresso americano aprovou uma lei que iria aumentar o financiamento da investigação, para US$ 350 milhões em 2016, elevando o total para US $ 1 bilhão.

Enquanto isso, mais de 40 novas substâncias vêm sendo estudadas para combater a doença. Se aprovadas pelo comitê de ética e liberadas para pesquisa, tudo indica é que, num futuro próximo, haverá um coquetel feito especialmente para parar o processo do Alzheimer.

9. Mulheres são mais propensas a cuidarem de parentes que sofrem de Alzheimer
O número de mulheres que tomam a frente e se responsabilizam pelos cuidados de parentes com Alzheimer é duas vezes maior do que os homens. Pesquisas mostraram que 20% das mulheres que cuidam de alguém com Alzheimer teve que desistir do trabalho integral em empresas pelo parcial, a fim de dividir o dia entre a carreira profissional e o acompanhamento de entes que sofrem com a doença. Enquanto isso, apenas 3% dos homens fizeram o mesmo.

Vale lembrar que cuidar de alguém com Alzheimer não exige só tempo, mas também muito amor, dedicação e paciência. Entenda: se a pessoa não quer tomar banho, por exemplo, não é por birra. Essa atitude é a doença fazendo a pessoa perder sua capacidade de julgamento e desorientando seu comportamento. Portanto, antes de se comprometer, tente entender a fundo como o Mal de Alzheimer funciona. Informe-se sobre a doença e avalie se você está pronta para encarar esse desafio, que barreiras terá que quebrar e não tenha vergonha jamais de pedir ajuda.

Nos cinemas
A atriz Julianne Moore ganhou o Oscar de melhor atriz em 2015 pelo filme Para Sempre Alice. Julianne interpreta o papel de Alice, uma renomada professora que descobre sofrer do mal de Alzheimer ainda no estágio inicial da doença. Lindo e emocionante, vale a pena assistir como a vida de uma família é transformada assim que o diagnóstico do Alzheimer é confirmado!

https://www.youtube.com/watch?v=ikwYmKkvI6o

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock