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Segundo a dra. Maura Neves, otorrinolaringologista da Clínica MedPrimus, a função da tosse é remover agentes irritantes, limpar a via respiratória e defender o organismo de agentes nocivos inalados. “A tosse pode ser seca ou produtiva. A diferença entre elas é a presença de muco. Na tosse produtiva há presença de secreção, que pode ser de pequena a grande quantidade, de clara a mais escura e até com laivos de sangue. A cor da secreção é um dos indicativos da causa”, explica.
Se você costuma ter tosse nessa época do ano, a especialista Maura Neves te ajuda a reconhecer os três diferentes tipos da doença e a identificar o que tem causado essa sua irritação.
Secreção clara ou transparente: está associada a alergias ou gripes e resfriados. Já a secreção amarelada ou esverdeada sugere infecção. A presença de secreção sanguinolenta está associada à pneumonia, bronquite ou situações mais graves como tuberculose e câncer.
Tosse seca: não tem secreção e muitas vezes está associada àquela “coceira” na garganta. Nestes casos a tosse causa irritação na garganta. E quanto mais irritação mais tosse, e quanto mais tosse mais irritação.
Tosse aguda: A médica explica que a tosse também é dividida por sua duração. Uma tosse aguda, habitualmente, é de curta duração. Muitas vezes apresenta outros sintomas como obstrução nasal, dor de garganta, rouquidão e etc. Já os sintomas crônicos duram mais de 8 semanas e tem causas diversas.
E atenção: se sua tosse persistir, um médico deve ser consultado imediatamente uma vez só o diagnóstico da causa – feito através de exames, exames laboratoriais e de imagem, além da história clínica do paciente – será capaz de indicar o tratamento correto
O caminho é prevenir Melhor do que tratar sua tosse é prevenir que ela apareça! Para isso, dra. Maura Neves listou algumas medidas práticas e eficientes para você blindar o organismo dessa doença chatinha, principalmente no frio:
1. Hidrate-se! beber água ajuda na fluidificação de secreções e hidratação de toda a via área. 2. Faça uma lavagem nasal com soro fisiológico. Rinites e sinusites são causas muito frequente de tosse. Manter uma boa respiração nasal sem acúmulo de secreções ajuda a controlar a tosse. 3. Evite comer muito antes de deitar. 4. Evite café, chá preto ou mate, chocolate e alimentos condimentados: eles podem piorar sintomas de refluxo. 5. Umidificador ou vaporizador nos dias mais secos ajudam a aumentar a umidade do ar. 6. Mantenha o ambiente ventilado.
Sabia que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45 cidades brasileiras analisadas em pesquisas recentes sobre poluição do ar, 40 estão fora dos padrões ideais? Alarmante, né? E o estudo mostra ainda que 92% da população do planeta está exposta a níveis preocupantes de poluição – níveis tão altos que podem levar até mesmo à morte. É por causa da poluição do ar que 8 milhões de pessoas morrem todos os anos.
A poluição do ar e futuras doenças Dando uma boa olhada nos dados da OMS, descobri que a poluição do ar é o quarto principal fator de risco para doenças, ficando atrás apenas de pressão alta, má alimentação e tabagismo.
Dá uma olhada nas principais enfermidades causadas por esse problema na qualidade do nosso ar:
AVC: Novos estudos acusam que a poluição eleva significativamente o risco de uma artéria no cérebro entupir e deixar de prover grupos de neurônios, causando o então acidente vascular cerebral.
Câncer: A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer alerta que o contato com ar poluído já é uma das principais causas de tumores de pulmão no planeta – pior até do que o cigarro.
Infertilidade: Uma pesquisa da USP descobriu que viver em ambiente poluído afeta a qualidade dos espermatozoides. O achado entre os brasileiros, aliás, foi preocupante devido ao teor de metais pesados na gasolina.
Poluição e suas principais causas no Brasil e no mundo De acordo com uma projeção do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a poluição atmosférica aumentou, entre 2008 e 2013, em torno de 8%.
Enquanto o caso é mais alarmante no oriente, em especial na Índia e China, aqui no Brasil a situação já foi pior. O problema é que hoje, estamos no limite, estagnados em um nível acima do recomendado pela OMS, então, qualquer cuidado é pouco. Sabia que, segundo um estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, em 20 anos, o número de brasileiros mortos devido à má qualidade do ar saltou de 18 mil para mais de 40 mil em 2013? Em crescimento de 131%! E se lá fora 4,3 milhões de mortes estão relacionadas ao uso de madeira, carvão e biomassa para cozinhar e de querosene para iluminar ambientes geralmente insalubres, por aqui, o grande vilão ainda é o uso excessivo de veículos todos os dias. Carros, ônibus e companhias de transportes são responsáveis por 60% da poluição nas grandes cidades. O restante fica por conta do lixo (25%) e das indústrias (15%).
Cientistas da Universidade de Surrey, na Inglaterra, fez uma pesquisa bastante interessante e descobriu que a queima de lenha em pizzarias e de carvão vegetal em churrascarias contribui (e muito!) para a piora qualidade do ar, principalmente na cidade de São Paulo.
Entenda como a poluição do ar prejudica nossa saúde
Em entrevista cedida à Revista Saúde, o patologista Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP), explicou que partículas poluentes menores que 2,5 micrômetros param nos lugares mais insuspeitos do corpo humano, causando assim inúmeras doenças.
Uma pesquisa da Universidade de Lancaster detectou vestígios dessas partículas de poluição no cérebro de 37 indivíduos, sendo que 29 deles viviam em dois centros urbanos mais poluídos no mundo: Cidade do México e Manchester.
O estudo descobriu que a má qualidade do ar pode causar danos irreversíveis a nossa saúde, inclusive por doenças neurológicas, contribuindo inclusive para o surgimento ou agravamento de doenças como o Alzheimer. “Os gases e as substâncias nocivas aceleram o processo de formação de placas e estreitamento nas artérias cerebrais, o que pode levar ao seu entupimento”, explica o neurologista neozelandês Valery Feigin, um dos autores da investigação.
Por fim, outra pesquisa chama atenção, em especial para as mulheres. A Faculdade de Saúde Pública de Harvard, ao analisar mais de 100 mil mulheres desde 1989 e dentre elas, 325 que tiveram um filho autista, notou que grávidas expostas a altos níveis de poluentes, como diesel, chumbo e mercúrio, têm uma probabilidade duas vezes maior de ter filhos com a doença. A suposição só pode ser comprovada ao avaliar os níveis de poluição atmosférica no dia e local em que os bebês nasceram.
A relação entre o autismo e a poluição, o especialista explica: “Conto com duas hipóteses para explicar a descoberta. A primeira é que poluição demais leva a um processo inflamatório capaz de afetar o desenvolvimento cerebral do bebê. A segunda é que esses compostos são tóxicos aos neurônios e podem passar da mãe para o filho”.
Foi comprovada a influência da poluição atmosférica no nascimento de crianças autistas
Como você pode ajudar a combater esse mal Se você tem o hábito de fumar, o primeiro passo é abrir mão desse vício. Agora, no caso da poluição atmosférica, a solução deve vir principalmente por políticas públicas, que devem ser realizadas em conjunto.
Entretanto, toda boa atitude conta. Por isso, dá uma olhadinha nos cuidados que você pode tomar:
– Deixe o carro em casa e passe a usar bicicletas, ônibus e metrôs para se locomover. – Incentive no seu condomínio, no escritório ou entre os colegas do seu filho a carona solidária. Mais gente usando o mesmo carro diminui o número de veículos na rua. – Se tiver espaço em casa, crie uma área verde. Que tal um jardim novo, hein?
Cuidando da saúde em poucos passos Quer blindar sua saúde contra esse mal e se manter sempre saudável? Siga já essas dicas rápidas:
Hidrate-se muito: É preciso muuuuita água pra manter o organismo protegido. Por isso, tenha sempre uma garrafa de água no carro, na mesa do escritório, no criado-mudo… A vitamina C também é uma forte aliada para blindar as vias respiratórias, portanto, se você adora um suquinho, vá de limão, laranja ou acerola.
Não deixe seus olhos e nariz ressecarem: Principalmente nessa época do ano o pessoal costuma abusar do ar condicionado. Então, ao sentir o corpo ressecado, aplique soluções nasais e colírios para manter seus olhos e nariz sempre lubrificados e umedecidos.
Faça exercícios físicos regularmente: Não entende a relação entre a atividade física e a poluição do ar? Pesquisas revelam que ao praticar corridas e pedaladas em locais arborizados e bem longe do trânsito superam os eventuais prejuízos causados pela exposição à poluição.
Tenha sempre uma plantinha por perto: seja na mesa, na janela perto da cama…. não importa, quanto mais verde por perto, melhor. O motivo? Elas agem como um filtro natural. E aqui vai a dica: a bromélia é a mais eficiente delas!
Se bastou ventar um pouquinho mais gelado para você tirar o casaco e uma caixa de lenços do armário, você infelizmente sofre com as tão famosas (e temidas!) doenças respiratórias. Elas não são de difícil tratamento, mas parecem que derrubam a gente quando atacam de vez: o corpo fica dolorido, os olhos ardem e a gente só quer saber de ficar deitada, tomando xícaras e mais xícaras de chá quentinho. O problema é que a doença se manifesta mais rapidamente nesta época do ano porque as pessoas costumam se aglomerar em lugares fechados, como shoppings e restaurantes a fim de fugir do frio, favorecendo a disseminação do vírus.
De acordo com o infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas (SP), existe uma diferença entre quadros infecciosos e não infecciosos. “Algumas pessoas apresentam apenas quadros alérgicos, como é o caso da rinite e sinusite. Como o índice de chuva diminui nessa época do ano, a quantidade de pólen e poeira é espalhada mais facilmente, prejudicando os mais sensíveis”, explica. Os quadros infecciosos, entretanto, se manifestam atrás de vírus e bactérias, resultando em resfriados, gripes e em casos mais graves, em pneumonia. Dr. Jean explica que a baixa temperatura resseca as narinas e diminui a proteção do local, levando então a sintomas mais graves, como os que listamos abaixo:
Sintomas
Coceira no nariz, espirros, coriza, dores de cabeça, inchaço na área dos olhos… Se enquanto você lê essa matéria, você apresenta pelo menos dois desses sintomas, sim, você está com alguma doença respiratória alérgica! As infecciosas vão um pouco mais além: você passa a perceber um incomodo na garganta, seguido de tosse seca e nariz entupido com coriza ou catarro por aproximadamente quatro ou cinco dias.
Os sintomas da gripe, entretanto, merecem ainda mais atenção. Além da tosse seca, dor de garganta e nariz escorrendo, a doença leva ao comprometimento do nosso estado geral, causando dores no corpo e até febre alta. Portanto, é preciso ficar de olho!
Tratamentos
Antes de pensar em se automedicar, o ideal é procurar um médico para ter certeza se o quadro é apenas viral ou trata-se de uma infecção bacteriana. O infectologista explica que casos de gripe podem levar a complicações sérias, como pneumonias bacterianas e infecções de ouvido. Nesses casos, somente o uso de antibióticos consegue dar conta do problema. “O uso de medicações antivirais não diminui a progressão da doença, mas abranda os sintomas. Se você precisa passar o dia rodeada de pessoas, mesmo estando gripada, sugira que os outros também tomem o medicamento, assim eles garantem a não contaminação”.
Em situações mais simples, como um resfriado, o ideal é manter as vias aéreas sempre umedecidas, fazendo uso de inalação com soro diariamente. Evite também fazer atividades físicas. O melhor mesmo é ficar em casa, repousando e colocando em dia todos aqueles livros que você comprou e não teve tempo de ler.
Prevenção
Para não passar alguns dias de cama novamente, é fundamental se prevenir. No caso do vírus da gripe, não tem jeito, o melhor é tomar a vacina H1N1. Mas certifique-se primeiro com o seu médico se você está autorizada a tomá-la, já que ela é contraindicada a pessoas com hipersensibilidade aos componentes da vacina.
Agora, para blindar o organismo contra resfriados, sinusites e rinites, o ideal é evitar ambientes aglomerados. “Uma boa opção é criar horários alternativos se você pega transporte público para ir ao trabalho. Tente sair mais cedo ou mais tarde, mantendo-se longe das multidões”, explica dr. Jean. Tenha também sempre um álcool gel na bolsa, já que na maioria das vezes nos contaminamos através de corrimões de escadas e apoios de ônibus. E para não deixar as narinas ressecadas, que tal guardar um soro fisiológico dentro da gaveta do escritório? Ao manter a área umidificada, você protege o local com o anticorpo IGA, que age contra essas infecções.
O infectologista lembra também que alguns alimentos são fundamentais no cardápio de quem quer se manter sempre afastada de doenças respiratórias. Frutas como a laranja, o maracujá e o limão são fontes ricas em vitamina C, proteína capaz de dar um up no nosso sistema imunológico. Portanto, acrescente já as frutinhas na sua próxima lista de supermercado!