Como uma gestão mais feminina pode mudar as empresas

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(Imagem: Shutterstock)

Foi conversando com um grupo de mais de 150 mulheres sobre o que significa, na prática, uma corporação “feminina” e o que as mulheres mudariam no local de trabalho se pudessem, que Deborah Hargreaves, ex-jornalista veterana do “Financial Times” e do “Guardian”, entendeu o quanto grande parte das empresas atua de maneira incompatível com a vida moderna.

Ao Financial Times, Deborah enfatizou como a experiência da mulher no local de trabalho pode ser bizarra e desconfortável. “Precisamos nos desculpar por cuidar dos nossos filhos e fingir que estamos totalmente engajadas no trabalho 100% do tempo. Certamente deveríamos reconhecer: estamos cuidando de outra geração ou cuidando de pessoas vulneráveis de nossa própria geração?”, disse.

Para se enquadrar nos padrões da empresa, Deborah percebeu que “arranjar desculpas” e mentir sobre consultas médicas para participar de eventos escolares dos filhos, ou acobertar uma doença da criança alegando que a própria está doente, são situações comuns e representam apenas alguns dos truques que as mulheres recorrem para parecerem “profissionais” no local de trabalho, sem abrir mão dos prazeres e desafios que acompanham a maternidade.

O assunto chamou tanto a atenção da ex-jornalista que, depois de passar um ano compilando seus estudos após ganhar uma bolsa da Friends Provident Foudation, Deborah criou o “Women at Work: Designing a Company Fit for the Future” – um manifesto pela mudança com recomendações sobre como uma abordagem à vida profissional, orientada para as mulheres, tem o poder de criar empresas melhores para o futuro e, de quebra, ainda tornar a economia mais justa para todos.

Se dependessem das mulheres entrevistadas, Deborah Hargreaves analisou que uma “organização feminina” no futuro…

1. Daria muita importância aos cuidados com os filhos, pais e outros parentes
2. Ofereceria no próprio local de trabalho cuidados para os filhos, com creches ou subsídios
3. Estimularia o trabalho compartilhado e com horário e local flexíveis, encorajando, não apenas o home office, mas também a semana de trabalho de quatro dias
4. Seria inclusiva a pessoas de todas as classes sociais, identidades e deficiências
5. Não permitiria diferenças salariais por gênero e ofereceria mentoria para todos
6. Contrataria o mesmo número de homens e mulheres, com origens diversas, que seriam promovidos para todos os níveis da organização
7. Encorajaria uma maneira mais ética e sustentável de trabalhar
8. Estimularia recompensas baseadas nos valores da companhia, em vez de apenas no desempenho individual

“Minha visão é que todos os tipos de trabalho podem ser feitos em período parcial e de forma compartilhada”, afirma Hargreaves. “Você precisa pensar de maneira criativa – tirar algumas coisas [da descrição das funções]. Todos os trabalhos podem ser feitos de maneiras diferentes”.

E por que nós, mulheres, ainda nos sentimos tão culpadas por termos responsabilidades domésticas? Deborah explica! “O trabalho sempre foi um território dos homens, um lugar completamente separado para onde eles vão, quase para fugir da família. As mulheres chegaram ao local de trabalho, mas não houve um movimento para nos acomodar. É certo que somos reconhecidas, mas por que não avançar mais nisso?”

Ou seja, nada de se envergonhar de ter responsabilidades fora do trabalho, ok? A veterana acredita, inclusive, que os cuidados domésticos devem vir em primeiro lugar. “Partindo disso, você pode virar as coisas de ponta cabeça e olhar para elas de outra maneira. Uma vez que você tenha feito isso, essa nova visão se torna normal”.

E você, concorda? Conte pra mim nos comentários quais os principais desafios você enfrenta hoje no local de trabalho simplesmente por ser mulher.

Bjs,
Fabi Scaranzi

*fonte: Valor Econômico (valor.globo.com)

 

Confraternização de fim de ano da firma: atenção às regras

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(Imagem: hyatt.com)

Já reparou como o clima do escritório fica mais leve a partir de dezembro? O pessoal fica mais alegre, relaxado, trabalha com mais vontade… é uma delícia! E basta lembrar que a confraternização de fim de ano da empresa se aproxima, para uma injeção de ânimo surja em toda equipe.

Aliás, sabia que esse evento é super recomendado pelos consultores de carreira? O motivo é bem simples: a festa de fim de ano da empresa é o momento perfeito para criar novos vínculos e reforçar laços.

O problema é que existem alguns funcionários que só prestam atenção na palavra “festa” e esquecem que, por ser um evento corporativo, ainda é preciso tomar alguns cuidados para não cometer gafes que, infelizmente, ficarão marcadas na sua imagem profissional para sempre, como exagerar na bebida, gerar brigas ou fazer brincadeiras com o chefe e gestores.

Confraternização da firma: conheça seus limites
Nem todo mundo percebe, mas a impressão que você passa na confraternização da firma reflete positiva ou negativamente na sua imagem profissional. Mesmo que o evento seja um momento de descontração, essa festa nada mais é do que uma extensão do ambiente corporativo e, assim como no dia-a-dia, nela você continua construindo e zelando pela sua reputação.

De acordo com a consultora de RH de São Paulo, Susana Moraes, um dos maiores riscos de ficar “muito à vontade” em eventos corporativos como a festa de fim de ano, é que sua imagem continua sendo analisada naquele ambiente e, se sua conduta for negativa, você corre o risco de por até mesmo uma futura promoção a perder.

O que você pode (ou não!) fazer
“Para começar, se esforce ao máximo para comparecer à  festa, já que a sua ausência passa a impressão de falta de interesse e envolvimento com os eventos da empresa”, explica a especialista.

A confraternização da firma pode parecer um evento à parte, mas para a maioria dos gestores, ainda contam como um compromisso obrigatório. Susana chama atenção também para a importância da presença dos familiares do funcionário: “Se o convite se estender a eles, a presença de toda a família vai contar pontos para o profissional, já que a união entre o funcionário com os familiares mostra senso de responsabilidade, comprometimento, zelo e união”.

A confraternização de fim de ano da empresa não só pode, como deve ser vista como um momento para criar vínculos. Nela, tente se aproximar mais do seu chefe, mas sem trazer à mesa assuntos de trabalho. “Converse um pouco, sobre assuntos leves e do dia a dia, sem lembra-lo das responsabilidades e problemas que o cargo traz naturalmente”, lembra Susana.

E nada de ficar puxando assunto com seu gestor, nem grudar nele o tempo todo, principalmente se essa aproximação não for recíproca. Em exagero, essa intimidade pode até causar uma impressão ruim sua e não vai demorar para você seja vista pelos colegas de trabalho como uma pessoa pegajosa, além de “puxa-saco”.

Lembre-se que essa festa é a oportunidade perfeita para conhecer um pouco mais sobre a vida particular das pessoas, sem ser invasiva demais. Por isso, procure ver o evento como uma oportunidade para conhecer outros funcionários e se mostrar sua personalidade, não apenas seu lado profissional. “Além de contar um pouco sobre você não se esqueça da importância de ouvir e mostrar interesse na história de vida de quem trabalha com você diariamente”, diz a especialista.

E nem preciso falar sobre a importância da moderação na quantidade de bebida alcoólica e até no jeito de dançar, no tom de voz, nas brincadeiras… aquela regrinha de que “menos é mais”, é simples, mas sempre bem-vinda, inclusive no ambiente corporativo. Pode apostar!

Bjs,
Fabi Scaranzi

Agressão psicológica no trabalho. Como lidar?

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Ele não responde seus e-mails, ignora suas ideias, te exclui das reuniões. Nem sempre seu chefe está de bom humor e isso é perfeitamente normal, mas quando o assédio é constante, até mesmo as menores atitudes podem ser consideradas bullying ou mobbing no trabalho.

Para ter certeza se você está sofrendo de agressão psicológica no ambiente corporativo, é preciso ficar de olho na forma como é tratada pelo seu gestor todos os dias. Pequenos gestos, quando repetidos e acumulados, acabam por funcionar como uma espécie de terrorismo psicológico. Aí você passa a sentir como se não fizesse parte da equipe. Pra compensar, você resolve trabalhar mais, se doar mais, fazer hora extra e quando vê está com a imunidade lá embaixo, além de problemas de tendinite, dores nas costas e sono desequilibrado.

E parece que a situação tende a se agravar em épocas de crise. Como o medo de perder o emprego é maior graças as mudanças que vem ocorrendo nas empresas, o clima, que antes era amistoso e de qualidade, passa a ser visto como disfuncional e de enorme pressão, resultando, finalmente no mobbing ou bullying.

Como diferenciar?
Diferente do que muita gente pensa, os casos de agressão psicológica no trabalho não são todos iguais. O mobbing, por exemplo, se caracteriza pelo diferencial de poder, onde existe sempre uma vítima e alguém que tenta ter mais força ou sobre ela. Já no bullying, o que acontece é a violação das normas interpessoais, como a falta de respeito ou de civismo do empregador para com o funcionário, além é claro da repetição desses maus tratos que ocorrem com uma base frequente.

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Agressão psicológica no trabalho. Como identificar?
De acordo com Joel Neuman e Robert Baron, psicólogos americanos e autores de uma importante pesquisa sobre agressão psicológica no trabalho, “a agressão laboral é definida como qualquer forma de comportamento dirigido a uma ou mais pessoas no trabalho, com o objetivo de prejudicar ou lesar uma ou mais pessoas, ou a organização”.

Estes comportamentos estão presentes em qualquer lugar e em qualquer área da empresa, seja ela administração, limpeza, direção e, pelo o que relatou a pesquisa, estão presentes principalmente no setor acadêmico e de saúde.

E engana-se quem pensa que a agressão psicológica vem apenas dos gestores. Tem muito profissional pró-ativo por aí sofrendo bullying e represálias por parte dos próprios colegas de trabalho que tentam boicotar seu sucesso ou denegrir sua imagem. Esse desvio de normas se deve principalmente porque hoje a grande maioria das empresas se tornou ambientes tóxicos e os quadros de depressão e competitividade vistos em muitos funcionários deve-se não apenas ao clima ruim, mas também a falta de alternativas para revertê-los. O resultado? Carga horária elevada, redução de salários, excesso de trabalho, opressão direta dos gestores, inibição do progresso pessoal e profissional dos funcionários e falta de companheirismo entre os membros da equipe. Ruim, né?

Não feche os olhos para o problema
No começo é normal bater aquela insegurança na hora de relatar o problema ao RH, afinal você não quer correr o risco de ser taxada de fraca, traíra, criança. Mesmo assim, é importantíssimo que você não se deixe intimidar ao sentir-se alvo de agressão psicológica. Exponha a situação e mostre, inclusive, a importância de procurar viver em um ambiente corporativo agradável, servindo de exemplo à possíveis outros funcionários que sofrem do mesmo problema que você, mas não têm coragem de tomar uma atitude.

A agressão psicológica no trabalho nada mais é do que um reflexo da instabilidade da organização e do seu mau funcionamento e, para Neuman e Baron, é preciso que haja políticas de tolerância zero quanto a essas questões, além de serviços de aconselhamento e mediadores em situações de conflito, com sistemas que garantam o anonimato quando alguém reporta o problema.

Mesmo que seja difícil, você deve deixar o medo de lado e procurar seus direitos. O trabalho é uma obrigação, mas nada impede que ele também seja um momento divertido e prazeroso do seu dia, afinal, tem coisa mais gostosa do que fazer o que a gente ama na companhia de pessoas que só querem o nosso bem?

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

7 dicas na hora de escolher a equipe da sua empresa

EQUIPE

Para fazer seu negócio dar certo, além de um bom produto e muita propaganda, não tem jeito: você precisa de uma equipe competente e capacitada. Ainda mais se a sua empresa for pequena, a equipe certa fará toda diferença na hora de ver o seu empreendimento deslanchar no mercado de trabalho.

Por isso, antes de tomar qualquer decisão e fazer qualquer contratação, dá uma olhada nessas sete dicas abaixo. Você tem muuuito a considerar na hora de escolher sua equipe. Qualquer decisão precipitada pode pôr tudo a perder!!

1. Procure profissionais “multitarefas”
Uma empresa pequena demanda uma equipe “pau pra toda obra”. Então nada de contratar profissionais capacitados para apenas uma função. É preciso que eles saibam fazer de tudo um pouco. É lógico que cada um ficará responsável por um setor diferente, entretanto, dentro de uma pequena empresa, as áreas de trabalho não são estáticas e sua equipe precisa entender esse momento sem reclamar e, principalmente, ajudando no que for preciso.

2. Não fique presa ao piso salarial
Uma vez você provavelmente exigirá dele mais do que seu cargo de fato demanda, a contratação não deve apenas focar em requisitos básicos e salário. Vale muito mais à pena contratar uma equipe interessada no seu negócio e motivada a fazer seu empreendimento crescer pagando um salário maior, do que pagar o piso salarial para quem não veste a camisa da empresa, nem se dispõem a encarar novos desafios todos os dias.

3. Procure por aqueles que tenham uma visão empreendedora
Não é todo funcionário que possui uma visão de negócio. Entender o mercado de trabalho e para onde aquele segmento está caminhando é fundamental para garantir um maior empenho na construção do seu negócio e especialmente: para guiar a empresa pelo rumo do sucesso.

4. Mostre possibilidades de crescimento
Uma equipe motivada é fundamental para fazer seu negócio render. Por isso, deixe claro que existem, sim, grandes chances de desenvolvimento profissional para cada um deles conforme a empresa for crescendo.

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5. Valorize cada funcionário individualmente
Considere o lado bom de ter uma empresa pequena: isso te dá a possibilidade de ter um contato mais pessoal com cada membro da sua equipe. Portanto, não deixe de aproveitar cada chance para tratar seus funcionários de maneira individualizada. Entenda seus pontos fortes (elogiando-os sempre que possível!) e trabalhe nos pontos fracos até que suas potencialidades e habilidades sejam aprimoradas.

6. Seja sempre sincera
Sinceridade é a chave para um bom relacionamento entre equipe e empregador. Por isso, seja sempre bem clara quanto aos desafios que vocês enfrentarão juntos e quanto as conquistas que forem realizando em conjunto, pouco a pouco. Ao compartilhar com franqueza vitórias, problemas e derrotas, sua equipe vai se sentir parte de um todo e entender a importância de um bom trabalho.

7. Trabalhe o espírito de equipe
Não tem nada pior do que funcionários que não se dão bem, ou que tentam o tempo todo se sobressair em relação ao outro. Mostre a eles que só o trabalho em equipe, de forma engajada, fará com que o empreendimento dê resultado. Deixe claro que a conquista de cada um também é de todos e que, mais do que uma equipe, vocês devem ser um time se quiserem, de fato, alcançarem o sucesso.

Dicas anotadas?

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Fonte: Site Finanças Femininas
*Imagens: Shutterstock