Outro dia li no blog da celebridade americana Lauren Conrad (ou apenas LC, como é conhecida nos Estados Unidos) essa questão : “Como amar o corpo que você tem?” Ela recebeu dezenas de comentários simpáticos à idéia da autoestima não seguir padrões de beleza impostos e também críticas, uma vez que o site de Lauren (designer de moda, autora de livros e ex-estrela de reality shows) fala de beleza e fitness, como um ideal a seguir… Lauren se retratou e disse concordar com as leitoras… Afinal, a cultura ao corpo exagerada às vezes leva as mulheres a valores equivocados quanto à beleza. Precisamos trocar as cobranças pelo amor próprio.
Vamos buscar esse foco, gente? O da saúde? É assim que a gente transforma a questão de alcançar um corpo perfeito (e só então amar-se ao espelho), numa missão maior: amar-se, em primeiro lugar, e procurar, por isso, tratar bem do seu corpo e levar uma vida mais saudável. Mude o foco e sinta como os resultados chegam mais fácil.
O tempo passa e vai mudando a nossa vontade (e às vezes obcecação) pela aparência perfeita. Deixamos de nos impor metas impossíveis. Há sempre partes do nosso corpo que gostaríamos de ver mais definidas, durinhas, modeladas, claro, mas o modo de pensar sobre como ficar em forma muda de tal forma que os fracassos que antes nos frustravam, com treinos e procedimentos, hoje, entendemos como um recado do corpo que tem os seus limites. Aí descobrimos o estímulo para trabalhar outros aspectos, como alimentação, descanso, qualidade de vida e amor próprio em primeiro lugar. Livrar-nos dos padrões de “perfeição” impostos, também faz parte disso.
Imaginem por exemplo se a Babra Streisand ou, para citar um exemplo mais próximo, a Maria Bethânia, achassem que para fazer sucesso com o público elas precisassem ter narizes pequenos e arrebitados… Será que fariam tanto sucesso, como fazem, se não se aceitassem como são? Ou será que o se aceitarem, e gostarem de ser como são, não é exatamente o que lhes conferiu uma beleza incomum, fora dos padrões e cheia de personalidade? A resposta positiva está nos palcos, nas telas e na vida.
Acho que podemos sim, aplicar essa máxima ao nosso corpo. Primeiro gostar dele, gostar de nós como somos e, por esse gostar, tratá-lo bem, promover sua saúde – o que irá sempre nos levar a exercitá-lo, na nossa medida. A alimentá-lo da melhor forma possível, evitando o que lhe faz mal. Uma teoria mágica, segundo os especialistas.
Para concluir o assunto (sem encerrá-lo, pois ainda voltaremos a ele por aqui) vamos carregar com a gente essa mudança de foco, a cada caminhada, a cada exercício, a cada novo treino ou atividade? Respeitar os limites, buscar a saúde em primeiro lugar, e deixar que o nosso corpo ache a sua medida certa, a partir do respeito que temos por ele… Plantamos saúde e colhemos a nossa boa forma, perfeita para nós, não para os outros. Combinado?
Bj pra vcs
Fabi Scaranzi
*Imagens: Shutterstock