Aprenda a treinar seu cérebro para reclamar menos em 3 semanas

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Nossa vida tem altos e baixos, por isso é natural terminar o dia reclamando de uma coisa ou outra. Agora, se pra você, se queixar e só ver o lado negativo das coisas é uma atitude natural e corriqueira, chegou a hora de mudar algumas atitudes.

Pensando em como facilitar a vida dos sempre insatisfeitos, Robin Kowalski, professor de psicologia na Universidade Clemson, na Carolina do Sul (EUA), elaborou um plano simples, mas bem eficaz pra você controlar sua vontade de reclamar e falar mal de tudo… ou de todos!

Semana 1

1. Monitore seu comportamento
Nesse primeiro momento, você deve avaliar o quanto se queixa das coisas. Aproveite também para tentar controlar o hábito e, a cada comentário negativo que pensar em fazer, trocar por dois positivos. Consegue?

2. Redobre a atenção
Muitas vezes, reclamar acaba se tornando um hábito quase que involuntário. Por isso, o especialista recomenda colocar uma fita ou elástico no braço direito ou esquerdo. Sempre que reclamar de algo, troque a fita de lado. “Isso serve como um monitoramento de humor”, diz. Preste atenção nas situações que causam essa variação, assim você consegue identificar os principais motivos das suas queixas.

3. O que te incomoda tanto?
Quando a primeira semana estiver acabando, procure identificar o que mais causou a vontade de reclamar. A ideia é descobrir em que áreas da sua vida você está descontente e como resolver esses problemas.

Semana 2

1. Lute suas batalhas
O psicologista Robin Kowalski explica que existem dois tipos de queixas: a expressiva – aquela em que a gente explode e coloca nossos problemas para fora reclamando – e a instrumental, onde pensamos numa possível solução para os nossos problemas ao invés de somente reclamar. A ideia é que você evite a primeira opção e trabalhe apenas a segunda.

2. Resolva já o que mais te incomoda
O segundo passo dessa semana é separar suas queixas entre “expressivas” e “instrumentais”. Depois, classifica-las em ordem de importância para ter ideia do que é preciso resolver de imediato e o que pode ser adiado.

3. Controle o hábito de reclamar
Nesse processo, a ideia é que você diminua suas reclamações. Isso significa, entre outras coisas, que você evite fazer qualquer comentário, mesmo quando estiver próxima do seu limite. É preciso aprender a escolher sabiamente sobre o que reclamar.

4. Teste sua força e resistência
Que tal tentar passar um dia inteirinho sem resmungar? Se sentir uma necessidade louca de se expressar, escreva em um caderno ou agenda. Se necessário, peça para que seus amigos ou familiares mudem o assunto da conversa quando bater aquela vontade de soltar um comentário negativo.

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Semana 3

1. Procure soluções rápidas
Reclamar até está liberado, desde que você encontre formas de solucionar o problema. Sabia que quando você se queixa, mas logo em seguida consegue solucionar o problema, o cérebro reage de forma positiva? Assim, você consegue filtrar se seus descontentamentos são, ou não, justificáveis.

2. Crie um objetivo final
Descubra qual é a melhor solução para o seu problema. Se não conseguir colocá-la em prática imediatamente, reveja se reclamar é realmente necessário.

3. Procure as pessoas certas
Não adianta ficar resmungando para alguém que não tem a solução para os seus problemas. Se estiver insatisfeita, converse com quem, de fato, pode mudar algo na situação.

4. Pratique o diálogo
Por fim, o psicólogo Robin Kowalski lembra que a conversa é sempre o melhor caminho. “Expor sua insatisfação faz com que você tire um peso das costas e sofra menos”, diz. Por isso, se você está frustrada com alguém agora mesmo, que tal chamar essa pessoa para um papo sincero, hein?

Bjs,
Fabi Scaranzi

Pesquisa aponta mulheres mais insatisfeitas que os homens

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Desde sempre falamos aqui de saúde voltada ao bem estar e à alegria de viver, de cuidar do corpo, da cabeça e da beleza também – que exterioriza o que trazemos de bom e saudável, dentro de nós.

E é por isso que quando sai o resultado de uma pesquisa como a que a Abbott encomendou ao Instituto de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Abril, a gente tem que parar e analisar porque que os brasileiros se sentem tão pouco satisfeitos com a vida que levam hoje… Do universo de 5 mil entrevistados, entre homens e mulheres, acima dos 20 anos; das classes A, B e C, e provenientes de todos os Estados brasileiros, apenas 10% se declararam plenamente satisfeitos com suas vidas. Ainda assim, 52% afirmam ser felizes, mas sempre “apesar de…” E se você pensa que a questão financeira é a maior queixa, engana-se.

A pesquisa mostra que a maioria dos totalmente satisfeitos é formada por homens (54%), com idade média de 41 anos. Eles são casados (73%) e estão particularmente mais felizes com a vida familiar (77%), afetiva (73%) e espiritual (63%). No extremo oposto, o dos muito insatisfeitos, a maioria é composta por mulheres (58%), na faixa dos 34 anos, e que têm na falta de motivação e na vida profissional os principais pilares de seu descontentamento, com 56% e 53% de peso, respectivamente.

O que isso tem a ver com saúde? Tudo. Porque é da insatisfação que vem a ansiedade e a depressão, sobre as quais a gente tem conversado tanto aqui. “A pesquisa traduz muito o dia a dia da mulher que ainda está em busca da ascensão profissional, da igualdade e do equilíbrio entre vida familiar e afetiva”, explica Andréa Costa, Diretora de Inteligência de Mercado, responsável pelo estudo realizado. Os dados nos levam a pensar que ainda temos muito a conquistar para nos sentirmos plenas. Estudar mais, nos qualificar mais.

Depressed woman with head in hands

63% dessas mulheres extremamente insatisfeitas apontam o estresse do dia a dia como um problema constante. E aí voltamos à necessidade que temos de cuidar melhor do nosso tempo e administrá-lo em nosso favor. Por isso, quando eu converso com vocês aqui, ou nas palestras que faço pelo Brasil, tento sempre lembrar o quão importante é para as mulheres que alcançam sua plenitude e sentem-se realizadas, multiplicar os seus valores e as fórmulas que encontraram para estarem bem.

Segundo a pesquisa, as áreas que mais determinam uma vida plena são: o convívio familiar (86%), o cuidado com a saúde (77%), a vida social (74%), a profissional (74%) e a afetiva (71%). A falta de dinheiro (60%) e de tempo (43%) é o que mais dificulta essa conquista, segundo o estudo. Problemas com dinheiro são mais aparentes entre as mulheres, que também estão mais descontentes em relação à vida amorosa, à carreira e com a aparência do corpo.

Temos que mudar esse panorama e esta é uma das funções deste portal voltado a vocês. Quando trocamos experiências aqui queremos buscar esta mulher que ainda não se descobriu, porque sempre é tempo! Felizmente a mesma pesquisa aponta que a mulher, apesar de mais insatisfeita com sua vida do que o homem, tem mais esperanças do que ele, de que ela (sua vida) melhore. Ou seja, a mulher tem noção de que precisa fazer algo a respeito e que pode conseguir mudar seu futuro se o fizer.

Os principais sonhos apontados para o futuro são: viajar mais (79%) e ter uma saúde plena (71%). Já o grande desafio, para 53%, é vencer o sedentarismo, seguido do estresse (46%), do despreparo físico (44%) e do sobrepeso ou obesidade (43%). Então veja que estamos falando de incentivar a atividade física, cuidar melhor da alimentação e o resto vem a reboque! Se você está em forma, mas sua melhor amiga não, multiplique a idéia de bem estar, por uma vida mais saudável. Acho que se cada uma de nós conseguir convencer uma pessoa a deixar a vida sedentária e deixar que o efeito do exercício a contamine estaremos cumprindo um papel muito importante para mudar essa realidade. Porque a energia física bem trabalhada leva ao equilíbrio emocional, à vontade de se capacitar para novos desafios profissionais, impulsionando um ciclo saudável sem fim.

A Abbott pretende ampliar a pesquisa para um universo de 1 milhão de brasileiros para discutir melhor essa questão da saúde ligada aos anseios de homens e mulheres. E abriu um espaço em sua rede (www.vidaaomaximo.abbott) para que todos participem e afinem o estudo que pretende inclusive ser global, comparando resultados dos vários países onde atua.

A pesquisa é um bom ponto de partida para que a gente questione o que é que dá pra melhorar no nosso dia a dia. Para gente mudar esses números de insatisfação temos que ajudar as pessoas a mudar de atitude. Vamos nos comprometer com essa tarefa?

bj pra vocês,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock