Inteligência emocional x Dinheiro: como cuidar melhor das nossas finanças

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(Imagem: Shutterstock)

Conforme os anos vão passando, vamos perdendo aquela necessidade desenfreada de comprar tudo o que temos vontade e entendemos que dinheiro nem sempre traz felicidade.

É verdade que nada supera a paz de viver uma vida tranquila, com saúde, sem inimizades e cercada de pessoas que a gente ama, mas nada nos impede de curtir bons momentos usando aquele dinheirinho extra que sobrou no fim do mês.

Um estudo realizado nos Estados Unidos pelos pesquisadores Gilbert e Wilson Dunn procurou entender no que as pessoas mais gastavam seu dinheiro e de que forma esse investimento influenciava na sua felicidade e bem-estar. Como conclusão, o estudo sugeriu que o dinheiro resulta num bem-estar maior quando é gasto com experiências, e não em bens materiais. E mais: que são as diferenças individuais que explicam a felicidade que as compras trazem, e não as compras de fato.

Outra conclusão importante da pesquisa foi que aqueles que eram mais felizes com seus gastos eram, automaticamente, os mais conscientes com onde investiam seu dinheiro – um aspecto básico da inteligência emocional.

Por isso, separei cinco maneiras pra você aproveitar melhor o seu dinheiro levando em conta sua inteligência emocional e ser ainda mais feliz. Espia só!

1. Descubra o que te faz feliz
Infelizmente, não é todo mundo que sabe como entrar em contato com as próprias emoções e ter uma ideia real do que querem e do que as faz felizes. Para muitas pessoas, o fato de ter dinheiro disponível na conta e prontinho pra gastar  já é motivo de sucesso. O problema é que essas pessoas dificilmente sabem criar uma relação real entre o que estão gastando e o que de fato lhes dá felicidade. Estar em contato com as suas emoções e o que te faz feliz permite que você concentre o seu tempo e recursos no que realmente importa.

2. Não se preocupe com as expectativas dos outros
Quantas pessoas você conhece que seguiram a carreira do pai ou da mãe para, anos mais tarde, descobrirem que não eram apaixonadas por aquela profissão? O mesmo vale na hora de gastar dinheiro. Pessoas que não se conhecem bem, podem facilmente cair na armadilha de gastar dinheiro com aquilo que outras pessoas julgam ser bacana ou interessante. Pessoas autoconscientes diferenciam suas necessidades e expectativas das dos outros e são capazes de suportar a pressão e críticas da sociedade.

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(Imagem: Shutterstock)

3. Deixe pra depois pequenos mimos
Definirmos o que queremos na vida a longo prazo nos permite negar a nós mesmas recompensas imediatas, como aquela blusinha em promoção ou um sapato novo. Quando vemos os resultados da luta por uma meta ou objetivo que desejamos profundamente, somos capazes de apreciar muito mais os resultados. Saber o que queremos e nos esforçar para chegar lá cria um senso maior de propósito e dá significado à nossa vida.

4. Aprecie a jornada
As pessoas com mais inteligência emocional são capazes de encontrar formas de se recompensar em sua jornada rumo ao sucesso, mesmo que seja de maneira pequena e que não exija, necessariamente, gastando dinheiro. Para elas, pequenos prazeres que custam pouco, mas que não deixam de ser satisfatórios, ajudam a alcançar objetivos maiores e melhores. Saber o que nos agrada nos permite cuidar do nosso bem-estar psicológico e nos dá mais motivação para seguir em frente. Troque as compras por produtos alugados, visite brechós, faça passeios gratuitos… todas essas trocas inteligentes ajudam você a economizar, sem descuidar do carinho e afeto que você deve ter por si mesma.

5. Pratique a gratidão
Quem é grato pelo que tem, têm mais chances de se divertir quando puder gastar seu dinheiro com novas compras. É menos provável, inclusive, que pessoas com inteligência emocional caiam em um ciclo de compras intermináveis que só causam satisfação a curto prazo. Isso permite que elas gastem tempo e esforço para curtir e realmente desfrutar daquilo que compraram. Sentir-se grata e feliz por cada uma das suas conquistas aumenta o valor do seu tempo, esforço e dinheiro, e te ensina a valorizar ainda mais os gastos futuros.

Bjs,
Fabi Scaranzi

Inteligência emocional: aprenda a lidar melhor com seus sentimentos

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Nossa capacidade de alterar determinados tipos de comportamento pessoal é uma grande vantagem. Já imaginou se tivéssemos que nos manter sempre presas as nossas falhas e defeitos? Seria difícil! Entretanto, apesar de possível, como qualquer outra competência essa prática exige muito treino e motivação.

Talvez você nunca tenha ouvido falar de “inteligência emocional”. O termo, usado principalmente na psicologia, refere-se a “capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles”.

E basta pensar um pouco sobre o assunto pra percebermos como passamos a viver melhor em sociedade quando nos tornamos mais maleáveis em relação ao jeito, opiniões e convicções de quem convive com a gente. O benefício vai muito além das nossas relações pessoais. Ele também é elemento chave e crucial no meio corporativo. “Quem tem inteligência emocional geralmente é confiante, sabe trabalhar na direção de suas metas, é adaptável e flexível. Você se recupera rapidamente do estresse e é resistente”, disse ao Huffington Post o psicólogo Daniel Goleman, autor de “Focus: The Hidden Driver of Excellence” [“Foco: O Motor Oculto da Excelência”]. “A vida corre muito mais suavemente se você tiver boa inteligência emocional.”

Que tal então começar a treinar hoje mesmo a sua inteligência emocional? Veja abaixo oito dicas práticas!

Defina bem o que você sente
Tente pôr suas emoções em palavras. Sentiu uma emoção desconhecida? Procure a melhor palavra para descreve-la. É raiva, medo, euforia, remorso? Quando identificamos nossos sentimentos descobrimos quais atitudes tomar em relação a eles e nos adequamos aos mais diferentes momentos da vida ao invés de nos tornarmos escravos deles.

Diminua os julgamentos
A probabilidade de conhecermos pessoas que pensam como nós logo de cara é muito difícil. Mesmo que você estranhe ou até ache ridícula a opinião do outro, tente ver a questão por outra perspectiva. Aprecie as diferenças que existem entre vocês e procure ao máximo aprender algo com elas. Não foi possível, afaste-se. Assim você não abre espaço para que boatos negativos te abalem no futuro.

Coopere o máximo que puder
Oferecer sua ajuda, mostrar disponibilidade e cooperar com quem precisa é uma forma simples de criar laços e vínculos emocionais, seja entre amigos, companheiros de trabalho, vizinhos… O importante é que você esteja disposta a apoiar o outro, perguntar se ele precisa de ajuda, se colocar no lugar dele… enfim, essa característica da inteligência emocional torna você um ser humano melhor e ainda te ajuda a fortificar pilares importantes da sociedade. Bom, né?

Não reclame
É impossível não passar por momentos de frustrações e, com elas, descarregar uma bagagem de queixas e reclamações. O que pouca gente sabe é que o ato de reclamar pode, aos poucos, se tornar um hábito o que só piora a situação. Afinal, que soluções podem surgir de uma queixa atrás da outra? O segredo está em canalizar suas frustrações para algo estratégico a fim de corrigir o que deu errado ou sendo bem-sucedida naquilo que, antes, não aconteceu como você previa.

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Observe os outros
Lembra quando eu disse lá em cima que inteligência emocional não se trata apenas de você? Parte do seu desenvolvimento pessoal está na sua interação com os outros. Por isso, tente exercitar ao máximo essa sua sensibilidade diante das emoções e maneiras de agir do próximo. Com o tempo você vai passar a conhecer e a lidar com as respostas interpessoais que recebe, aprendendo, inclusive a reagir de maneira mais humana.

Viva os conflitos
Engana-se quem pensa que inteligência emocional tem a ver com “paz eterna”. Pelo contrário! A ideia é que você vivencie diferentes tipos de emoções e sentimentos (inclusive os ruins!), mas faça bom uso de todos deles, tirando de cada nova situação, uma lição. Em muitos casos, confrontos e questões difíceis devem ser abordados, de maneira que haja um crescimento e até uma nova forma de abordagem para resolver, de fato, o tal problema.

Planeje suas conversas
Não estou sugerindo que você treine suas conversas na frente do espelho! A ideia é que você visualize algumas discussões que sabe que terá no futuro, averiguando se a sua forma de abordagem é a mais indicada. Avalie algumas questões: é assim que você deve introduzir a conversa? O local é o mais apropriado? Leve todas as essas perguntas e reações do outro em consideração e, então, mude o que precisa ser adaptado. A intenção é se tornar uma pessoa melhor, lembra? Por isso, procure sempre conversar de maneira amigável, sem jamais parecer hostil.

Resista às tentações
Tome cuidado com seus impulsos! Para exercitar sua inteligência emocional, é fundamental considerar os efeitos das suas ações, inclusive a longo prazo. Isso fará de você uma pessoa mais altruísta, principalmente se você se vir sacrificando seu conforto de vez em quando para o bem do outro. E pode não parecer, mas ao fazer o próximo feliz (seja no trabalho ou dentro de casa), você também se sentirá em paz consigo mesma.

Agora é só colocar essas dicas em prática, trabalhar sua inteligência emocional todos os dias e se tornar uma pessoa muito melhor. Você vai ver como sua vida ficará bem mais leve.

Bjs,
Fabi Scaranzi