Falta de desejo sexual? Veja as principais causas entre as mulheres

desejo sexual
(Imagem: Shutterstock)

Hoje não, estou com dor de cabeça! Parece clichê, né?! Mas essa desculpa traz consigo um problema que atrapalha e está frequente na vida de muitas mulheres: a perda do desejo sexual! A falta de libido pode acontecer com qualquer mulher e os motivos são muitos: correia do dia-a-dia, problemas de autoestima, emocionais, qualidade de vida do casal ou até razões hormonais.

Dra. Flávia Fairbanks, ginecologista e obstetra da Clínica FemCare e do Hospital das Clínicas da USP fala mais sobre o assunto e tira as principais dúvidas de quem também sobre de falta de desejo sexual. Espia só!

Maternidade x Perda da Libido
A maternidade traz uma série de alegrias ao lado de algumas preocupações, com a criança, com o casamento, à volta a rotina do trabalho e outros conflitos, o que gera em muitas mulheres a perda do apetite sexual. “Muitas pacientes chegam a clínica e se queixam de ter perdido o desejo sexual após a maternidade e me questionam se estariam com algum problema físico, mas na maioria dos casos o que acontece pode ser apenas resultado da rotina cansativa do dia a dia”, esclarece a especialista.

Relações Sexuais x Lubrificação
Segundo pesquisa feita pelo Ibope 88% das brasileiras tem algum grau de desconhecimento sobre o ressecamento vaginal: 20% não sabiam o que é e 68% conheciam pouco. “Esse é um problema que atinge muitas mulheres e por diversas vezes passa despercebido, o ressecamento vaginal pode ser ocasionado por diversos motivos, desde falta de excitação suficiente, até menopausa, uso de medicamentos e anticoncepcionais, doenças ginecológicas, ansiedade e outros fatores “, explica Dra. Flávia Fairbanks.

Menopausa x Falta de Libido
A menopausa atinge a vida sexual de muitas mulheres. Durante esse período, hormônios como o estrogênio e a progesterona deixam de ser produzidos e essa ausência pode gerar sintomas, como a falta de lubrificação. Segundo a especialista, a falta de desejo sexual na menopausa afeta entre 20% e 40% das pacientes que se queixam ainda de irritação, alterações de humor e outros sintomas. Mas, calma! É possível reverter a falta de desejo sexual e retomar o prazer sexual da mulher nesta fase. Especialistas indicam desde masturbação, até terapias hormonais e bons minutos dedicados às preliminares na hora do sexo. Que tal?

Endometriose x falta de libido
Estudo realizado por Dra. Flávia Fairbanks, que culminou em sua tese de doutorado pela Faculdade de Medicina da USP, revela que pacientes com endometriose têm mais que o dobro de disfunções sexuais em relação à população sem a doença. Na avaliação geral, 43,3% das pacientes com endometriose apresentaram disfunções sexuais, enquanto que na população sem a doença as disfunções ocorreram em 17,6%. “Entende-se por disfunções sexuais – desejo sexual, excitação sexual, dor na relação sexual e orgasmo/satisfação sexual o que pode ser caracterizado também por falta de libido. Os principais sintomas da endometriose são representados por dor e infertilidade, relacionam-se diretamente com prejuízos na atividade sexual”, detalha a especialista.

Viu só como a falta de libido sexual afeta mais mulheres do que se imagina? Por isso é tão importante procurar ajuda de um profissional de saúde para orientação. Ele saberá identificar os motivos dessa diminuição no seu desejo sexual e encontrará o melhor tratamento para o seu caso. Lembre-se: além de ser uma delícia, sexo faz, sim, muito bem à saúde e é parte importante da sua relação.

Bjs,
Fabi Scaranzi

O viagra feminino já está no mercado, mas não faz milagres!

Não se fala em outra coisa. A “pílula rosa” ou “viagra feminino” foi liberado e já estará à venda a partir de outubro. Mas será que o desejo tem receita? Será que existe bula que dê jeito na falta de apetite sexual? Segundo os farmacêuticos, se o problemas for hormonal, com certeza… É ver pra crer.

Apelidado de “viagra feminino”, o remédio chamado Flibanserin foi recentemente aprovado pelo FDA, o órgão norte-americano que regula a comercialização de medicamentos e alimentos. A proposta do remédio, produzido pela Sprout Pharmaceuticals, é estimular a libido feminina agindo diretamente sobre os neurotransmissores cerebrais de mulheres com Transtorno de Desejo Sexual ou Hipoativo.

pilula rosa
(Foto: Shutterstock)

O Flibanserin atuaria reduzindo temporariamente os níveis de seratonina e aumentando a quantidade de dopamina e norepinefrina. Como resultado, ocorreria um aumento da libido.

Os ginecologistas, em geral, aceitam o uso do medicamento com algumas ressalvas. Trata-se de um remédio que não deve ser usado indiscriminadamente, muito menos quando a falta de desejo se der por estresse, depressão ou problemas no relacionamento porque, nesses casos, a paciente provavelmente não tem déficit hormonal, então não há necessidade de corrigir a química do cérebro, sendo assim, uma terapia será bastante eficaz.

A Dra. Heloisa Brudniewski especialista em Ginecologia e Obstetrícia ressalta que “na pré e pós menopausa há uma queda importante de alguns hormônios, sendo essa uma das causas principais na diminuição do desejo sexual e nestes casos o tratamento pode funcionar. Atualmente a droga está liberada apenas para mulheres na pré-menopausa e ainda não chegou ao Brasil. Apesar de ser chamada de viagra feminino, sua atuação não é a mesma que o viagra masculino, que serve para tratar a disfunção erétil e só é utilizada no dia da relação. O Addyi (nome comercial do Flibanserin) deve ser tomado diariamente e seu efeito é esperado após algumas semanas do início do tratamento.”

Efeitos colaterais
Os efeitos adversos da droga foram exatamente o motivo para que ela fosse reprovada, nas duas tentativas anteriores da indústria farmacêutica. Como critério para a comercialização, a FDA estabeleceu que deveria haver maneiras para diminuir essas consequências, que incluem náusea, sonolência, pressão baixa e até desmaios. E parece que estes efeitos foram contornados.

Detalhe importante: Essa droga não pode ser usada com álcool, pois os efeitos colaterais serão muito exacerbados e seu uso também é proscrito em pacientes com insuficiência hepática e uso de esteroides. A venda do Addyi começa em outubro e só será permitida nos Estados Unidos para mulheres na pré-menopausa com diagnóstico de distúrbio de desejo sexual hipoativo generalizado adquirido e, para sua venda, será necessário prescrição médica.

Então vale a mesma máxima aconselhada aos homens, em relação ao viagra, e infelizmente ignorada por muitos: uma droga que estimula o sexo, só deve ser usada como última opção. Muitas vezes o que falta é carinho e carícias para que os parceiros se sintam mais envolvidos na relação afetiva, que reflete diretamente no desejo sexual.
Agora é aguardar e ver como nós mulheres vamos nos comportar… De qualquer maneira, parece que realmente as mulheres estão caminhando pra ter os mesmos direitos que os homens e isso já dá um enorme prazer, não é, meninas?

Bj pra vcs
Fabi Scaranzi

*Imagem de destaque: Flickr

Saiba como a ciência está trabalhando para melhorar sua vida sexual!

Loving couple lying in bed
(Foto: Shutterstock)

Antes de mais nada, que fique claro: a culpa é dos hormônios. Afinal, o desejo sexual, tanto no homem quanto na mulher — é controlado por eles. Funciona assim: quando ficamos excitadas, algo é “ligado” em nosso cérebro, mandando um sinal para a nossa pélvis. Logo, os vasos sanguíneos se dilatam, a frequência cardíaca aumenta, nosso cérebro libera a dopamina e… Pronto, nosso corpo entra em êxtase com alguns minutos de prazer.

Para turbinar nossa “performance” cada vez mais, tentamos de tudo: lingerie, alimentos afrodisíacos (abacate, ostras, chocolate… quem nunca?), um pouco de sacanagem (que, desde que haja o consentimento de ambos, não faz mal à ninguém, viu?)… E agora temos mais uma solução para nos apegar. Cientistas da University of Washington School of Medicine descobriram, durante uma pesquisa sobre bronzeamento artificial, que a melanocortina, proteína que controla a pigmentação da pele, se injetada até 10 miligramas no homem, é capaz de gerar uma ereção de até oito horas completas. O problema é que oito horas é um exagero — tanto que causou, inclusive, náuseas e vômitos nos voluntários da pesquisa. Mas, depois de alguns testes, descobriu-se que diminuindo a dose para 1,25 miligramas, a ereção ainda ocorria, só que em menos tempo e sem nenhum efeito colateral. E o melhor: pode ser administrada como um spray nasal, iguais aos que a gente usa para descongestionar o nariz durante uma gripe.

Novas pesquisas confirmaram que o efeito também ocorre nas mulheres, mas, por enquanto (a gente disse por enquanto!) esse elixir sexual não foi aprovado, nem regulamentado em nenhum lugar do mundo. Mas seu derivado, chamado “bremelanotide”, já está em fase de ensaios clínicos, buscando principalmente tratar transtornos sexuais nas mulheres.

Então, você já pode comemorar. Em breve vai poder comer abacates e chocolates simplesmente porque são gostosos. O resto, a ciência resolve!