Dia das Mães: 7 lições que só aprendemos com a maternidade

fabi mae

A partir do momento em que descobrimos que estamos grávidas, parece que uma chavinha vira  dentro da gente. Já repararam? Nossas preocupações mudam, nossos sentimentos se intensificam, nosso sono e rotina se transformam completamente.

A maternidade é, sem dúvidas, uma das maiores experiências da vida de uma mulher (pra mim, realmente  é a mais intensa!) Pensando nisso, nesse Dia das Mães trago uma matéria especial com 7 lições que aprendi somente após a chegada do meu filho. Veja a lista completa. Com certeza você vai se identificar!

1. As prioridades mudam
Se antes a ideia era economizar para viajar ou aproveitar o final de semana para descansar e colocar a leitura em dia, com a chegada da criança o que antes era imprescindível, acaba perdendo a importância. Aprendemos que vale mais a pena gastar numa boa base e corretivo para esconder as olheiras de noites mal dormidas, do que comprar aquele sapato lindo. Usamos o dinheirinho extra no final do mês para comprar o brinquedo que a criança tem pedido com insistência e os feriados para ajudar nas tarefas escolares ou até mesmo assistir (mais uma vez!) a um filme da Disney! A gente perde nossa individualidade, é verdade, mas cada segundo vale a pena.

2. Deixamos de ser egoístas
Uma vez que anulamos nossas prioridades para fazer a vontade dos filhos, nos tornamos naturalmente mulheres mais altruístas. Já notou como você acordava de mau humor sempre que dormia pouco depois de uma balada, mas não tem coragem de reclamar por passar a noite em claro checando se a febre da criança diminuiu durante um resfriado? Passamos a enxergar o mundo com outros olhos. Aprendemos a dividir, a esperar, a anular ou até mesmo a deixar nossas vontades pra depois. Aprendemos a contar histórias, a cantar, e nos surpreender com as menores coisas.

mae3

3. Aproveitamos melhor nosso tempo
Costumo dizer que pessoas cansadas ainda não tem filhos! Brincadeiras à parte, a verdade é que, mesmo com todo o desgaste, a maternidade nos ensina a otimizar o nosso tempo e escolher nossas prioridades. Depois da chegada do bebê dormimos pouco, acordamos cedo e, além da carreira temos uma dose extra de tarefas domésticas que ninguém é capaz de suprir, nem mesmo o marido ou a nossa mãe. Nosso tempo nas redes sociais, no shopping, na academia ou no cinema diminui consideravelmente, principalmente no começo, mas nada se compara a força extra que ganhamos para encanar uma bagagem nova de desafios.

4. Nos tornamos pessoas mais fortes
Pensando um pouquinho nesse Dia das Mães, afirmo que uma das maiores lições que a maternidade me trouxe foi descobrir dentro de mim uma força que até então eu não sabia que existia. Aprendi que, como mãe, não meço esforços para dar tudo o que meu filho precisa e para sempre encontrar um sorriso em seu rosto. Passei a confiar no meu instinto e a reconhecer cada choro, sorriso, gesto. Entendi que o colo de mãe é capaz de curar, mesmo que isso nos traga uma dose extra de medos e inseguranças

5. Superamos nossos próprios limites
A chegada do bebê também nos ensina a superar qualquer limitação e dificuldade – e isso continua durante a adolescência, a fase adulta… E quando eu falo de limites, não tem aqueles mais, ou menos importantes, não! Aprendemos a fazer contas matemáticas, costurar fantasias, tirar o medo da vacina, cuidar da catapora ou até mesmo suprir as necessidades de um filho especial, ainda que com um grande cansaço físico e mental e várias outras tarefas de casa ou do trabalho pra terminar.

mae2

6. Passamos a ter mais empatia
Quantas vezes, antes da chegada da maternidade, não julgamos as atitudes e escolhas de outras mães. Esses preconceitos caem por terra assim que passamos a educar os pequenos e descobrimos que nem sempre as coisas acontecem como idealizamos. Enxergamos outras mães com respeito, paciência e, principalmente, empatia. Nos tornamos, inclusive, filhas melhores, por sabemos que muitas escolhas das nossas mães foram por excesso de zelo, preocupação, amor.

7. Amamos incondicionalmente
Quando nos tornamos mães descobrimos o verdadeiro significado desse sentimento puro, sincero, completo e avassalador. Com esse amor, vem um misto de sentimentos: alegria, medo, insegurança, carinho… Passamos a valorizar gestos e palavras simples, e entendemos o que significa perdoar (tanto os erros dos filhos quanto os nossos). Amamos até o mesmo o estresse e as noites sem dormir. Tudo faz parte desse momento mágico da vida que transforma uma mulher para sempre. Que sorte a nossa!

Feliz Dia das Mães!

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

Mãe depois dos 40: conheça os riscos e cuidados

Carolina Ferraz mostra que é uma mãezona aos 46 anos
Carolina Ferraz mostra que é uma mãezona aos 46 anos

Para muitas mulheres, se tornar mãe depois dos 40 foi uma opção, para outras, uma imposição. Os motivos? Infinitos: compromissos profissionais, a vontade de se tornar uma mulher bem-sucedida ambiente corporativo, o sonho de viajar o mundo, ou até mesmo porque a vida quis assim. O fato é que as mulheres têm abraçado a maternidade cada vez mais tarde.

Quer exemplos? Nicole Kidman e Tina Fey só se tornaram mães depois dos 40. Outras, foram ainda mais longe: Carla Bruni, casada com o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, engravidou aos 43. Mariah Carey, aos 44, se tornou mãe de gêmeos. Celebridades brasileiras também fazem parte desse time: Carolina Ferraz, Luciana Gimenez, Claudia Abreu também encararam uma segunda gestação depois dos 40. E essa tendência não se aplica só às famosas. Pesquisas revelam que as mulheres saíram do índice de maternidade aos 26 anos (em 2001) para os 29 uma década depois. A estes dados, junta-se o do aumento de mães com mais de 40 anos, que tem sido inversamente proporcional ao número de nascimentos. Conclusão: cai o número de bebês nascidos e aumenta a taxa de mães quarentonas.

Aceitando a idade sem crise
Já ouviu dizer que os 40 são os novos 30? E não é à toa: saímos cada vez mais tarde da casa dos pais, nos dedicamos mais à cursos extracurriculares e depois que conquistamos nosso lugar no mercado de trabalho, a vontade (e necessidade!) de nos estabelecer e criar uma boa base financeira acaba colocando a maternidade um pouco de lado.

O lado positivo dessa mudança social é que as mulheres têm encarado os 40 com muita naturalidade. O segredo está no estado de espírito! Com o avanço da medicina e com os cuidados redobrados, não tem porque ver a gestação como um bicho de sete cabeças e muito menos deixar para trás a realização desse sonho.

Luciana Gimenez, aos 41 anos, aproveita as delícias da maternidade
Luciana Gimenez, aos 41 anos, aproveita as delícias da maternidade

Será que é tarde demais?
Que o estado de espirito conta, isso conta mesmo, mas e o nosso relógio biológico, será que tem calma? Estudos mostram que uma mulher saudável de 25 anos tem uma probabilidade de gravidez natural de cerca de 25% em cada ciclo menstrual. A partir dos 40, essa probabilidade cai para 5%. E o pior: essa taxa cai a cada ano que passa, sendo mesmo nula quando a mulher entra na menopausa.

E aí entra a medicina! Com os avanços nas pesquisas e estudos científicos é possível ultrapassar alguns obstáculos impostos pela natureza. O mais comum é a fertilização in vitro. Usando óvulos próprios, as chances de a mulher engravidar depois dos 40 é de 20% a 25%.

Mariah Carey e os gêmeos
Mariah Carey com o marido e os gêmeos

Custos lá no alto
Não adianta. Junto com a ajuda médica, vem contas exorbitantes. Os tratamentos de fertilização custam caro e infelizmente os hospitais públicos ainda não cobrem os gastos de mulheres que querem realizar o sonho de se tornarem mães depois dos 40.

A única solução, por enquanto, é o recurso privado, com custos específicos para cada caso. Um tratamento de fertilização in vitro com óculos próprios, por exemplo, chega a custar 17 mil reais. Agora, se o tratamento feito com doação de óvulos, algumas clinicas cobram até 25 mil.

Gravidez aos 40: sim ou não?
Por enquanto, os médicos ainda recomendarem que as mulheres engravidem até os 35, principalmente porque os riscos à saúde – tanto da mãe, quanto do bebê – tende a aumentar conforme o tempo passa. Quando a mulher engravida com seus próprios óvulos as chances do bebê nascer com alguma doença genética (como a Síndrome de Down) é de cerca de 1 em 100 até os 40 anos. Aos 45, esse número aumenta para 1 em 30.

No caso da mulher, há ainda o risco de complicações durante a gravidez, como diabetes gestacional, hipertensão, risco de parto prematuro, além de aumentar a probabilidade de aborto espontâneo.

Nicole Kidman e a filha Sunday Rose
Nicole Kidman e a filha Sunday Rose

Entretanto, números comprovam que são muitas as mulheres que conseguem ter uma gravidez tranquila e saudável depois dos 40. O importante é ter sempre um acompanhamento obstétrico rigoroso – com consultas constantes, e exames mais específicos para esse grupo – e adotar um estilo de vida saudável. Mulheres com mais de 40 normalmente já tem uma situação financeira, familiar e profissional mais estável, além de serem mais cuidadosas e mais maduras para encarar as responsabilidades de uma gestação nessa fase da vida e são mais cuidadosas com as normas médicas.

Por isso, se esse é seu sonho mesmo, não deixe que nada impeça essa sua vontade de ser mãe. Certifique-se que atualmente você tem todas as condições necessárias para criar uma criança, e parta para essa aventura. Seja de forma natural ou com uma ajudinha médica, a maternidade é uma delícia e ensina lições valiosas, independentemente da fase da vida.

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Dados: MÁXIMA PT