As melhores dicas de mulheres presidentes de empresas

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Semana passada estive no Fórum CLÁUDIA para ouvir dicas de 24 mulheres Ceo’s de empresas que falaram sobre suas escolhas na carreira, suas trajetórias, o legado que querem deixar, além de dicas sobre igualdade de gênero, maternidade e diversidade.

Em um bate-papo gostoso elas contaram seus medos, falaram sobre a necessidade constante de provarem seu valor no mercado de trabalho, a dificuldade em conciliar família e trabalho, e muito mais! Aperte o play e confira tido que eu gravei pra vocês!

Pra você, qual o maior desafio enfrentado pela mulher hoje no mercado de trabalho? Conte pra mim nos comentários!

Bjs,
Fabi Scaranzi

Superação: como a equoterapia levou uma paratleta ao topo das competições!

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Tem coisa melhor do que pegar os limões azedos da vida e transformar em deliciosas limonadas? Toda crise, problema ou desafio é capaz de nos ensinar mensagens valiosas e, porque não, mudar o rumo do nosso caminho e nos fazer chegar ainda mais longe!

É exatamente com esse olhar cheio de otimismo e esperança que Veridiana Tranjan Real, de 22 anos, encara a vida. Ainda bem novinha ela foi diagnosticada com tetraparesia espástica com nível motor II. Passou a enfrentar uma severa paralisia facial, a ter dificuldades de andar sem acompanhamento, além de enfrentar problemas de visão e dificuldade de coordenação e força nas pernas. “Devido à paralisia cerebral neonatal meus olhos tremem e não fecham completamente, tenho dificuldades para abri-los e no início de 2018 minha oftalmologista me contou que perdi mais 5% da visão do olho esquerdo, entre outros problemas”.

A deficiência tirou de Veridiana a possibilidade de uma vida normal. Foi durante tratamentos constantes na infância, (fisioterapia, fonoaudióloga, terapia ocupacional…) e uma série de cirurgias dolorosas nas pernas, que sua mãe tomou a decisão que mudaria para sempre sua história: “Ela decidiu que morar em São Paulo e passar a infância dentro de clínicas e hospitais seria muito exaustivo pra mim. Por sua conta e risco nos mudamos para uma fazenda da família onde comecei a treinar com cavalos. Minha mãe era equitadora e praticante de hipismo e sentia que ali estava a solução para o meu tratamento. E foi assim que comecei a equoterapia! Passava horas andando a cavalo, sempre guiada por ela”.

Com a equoterapia, Veridiana aprendeu o que era viver uma infância alegre e divertida, uma vez que o tratamento é acompanhado de muita música, brincadeiras e passeios. Anos depois, a paixão pelos cavalos só aumentou. “Eles me dão autonomia, liberdade. Com eles esqueço minhas limitações”, explica.

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O próximo passo
Com o tempo, Veridiana passou a participar de provas de marcha, adestramento, até que chegou na modalidade dos três tambores – onde se encontrou! “Ao experimentar os três tambores pela primeira vez pensei comigo mesma: é essa a adrenalina que eu quero pra mim. A prova une velocidade, emoção, concentração, desafio… Tudo o que estava faltando na minha vida”. E foi assim que sua jornada começou! Apesar de não receber o apoio do resto da família, Veridiana seguiu em frente nos treinos e hoje encara o esporte como uma profissão. “Passei a vida ouvindo ‘Veri, isso não é pra você’, ou ‘Veri, cuidado pra não cair’. Apesar da enorme frustração, sabia que precisava tomar as rédeas da minha própria vida. Aumentei a seriedade dos treinos e me especializei na categoria dos três tambores”.

Prova dos três tambores para paratletas
Apaixonada pelo esporte, Veridiana criou a categoria de paratleta na prova dos três tambores. A prova é realizada com um cavalo numa pista de areia onde se corre ao redor de três tambores e vence quem faz o menor tempo. “Coloquei num papel minhas ideias e sentimentos pelo esporte e encaminhei ao ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha. Em menos de um mês recebi a resposta que a categoria de paratleta tinha sido aprovada. Foi muita emoção!”

Como cada paratleta tem sua necessidade especial, a Associação criou quatro categorias com níveis diferentes. Assim, os 11 paratletas hoje inscritos na categoria podem ser julgados de acordo com sua subdivisão, recebendo as mesmas chances de vitória e reconhecimento. Bacana, né?

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O que vem por aí
Além do treino diário, Veridiana faz fisioterapia, pilates, RPG, aulas de português e matemática, treino de marcha e esse ano ainda pretende voltar a estudar e fazer um supletivo. “Aos 15 anos passei por uma cirurgia muito invasiva e fiquei quase dois anos de cama. Agora é a hora de colocar minha vida nos eixos novamente”.

Lições para a vida toda
Veridiana acredita que todas as pessoas que não se definem por suas limitações são um exemplo para quem vive reclamando e não corre atrás dos seus sonhos. Por ser um esporte que exige uma grande concentração, ela aprendeu a ser mais focada, a melhorar seu desenvolvimento motor geral e a nunca se acomodar. “Todos os dias tento melhorar meu tempo em pista. Sempre quero mais. Sonho em participar de competições internacionais e representar meu país. Hoje em dia participo de quase todas as competições nacionais e já coleciono 25 troféus e medalhas. Tenho muito orgulho da minha história”.

O conselho final de Veridiana? Que pessoas com filhos com necessidades especiais tenham mais contato com animais, especialmente a equoterapia. Eu, claro, não podia deixar de perguntar o que ela mais deseja pra si mesma a partir de agora! “Patrocínio! O universo dos cavalos é caríssimo. É preciso dinheiro para transportar o animal de uma cidade para outra, além de arcar com hotel, alimentação e transporte pessoal. Infelizmente essa condição ainda não faz parte da minha realidade e só com ela poderia correr o Brasil divulgando meu trabalho e iniciativa”.

A Veridiana é ou não é um exemplo de garra e superação? Não podia deixar de compartilhar com vocês essa história que me inspirou tanto!

Bjs,
Fabi Scaranzi

*ABQM: (11) 3864-0800
*Veridiana Tranjan Real: Facebook
*Imagens: Divulgação/VeridianaReal