As principais tendências de saúde para 2017, segundo especialistas

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É verdade que nós já estamos em maio, mas nunca é tarde para começar a dieta que você vem prometendo fazer desde o réveillon, certo? E se você não é uma iniciante no universo do regime, já tentou vários e nunca alcançou os resultados que queria, não precisa se preocupar: abaixo você descobre quais dicas deixar de lado e quais truques do mundo fitness apostar para fortalecer o corpo e reduzir medidas em 2017. Todas essas dicas foram dadas por especialistas renomados no assunto ao site australiano Life Style. Bora seguir as indicações dos profissionais?

1. Dê um tempo na dieta detox
Michelle Chevalley Hedge, fundadora da A Healthy View – site que reúne grandes especialistas na área de nutrição e saúde – garante que os dias de dieta detox acabaram. Ela afirmou ainda que nenhuma nova dieta será febre em 2017, mas sim que as pessoas abraçaram o conceito de “consumo consciente”, apostando em um cardápio cheio de alimentos saudáveis e com diferentes propriedades – sem privação de proteínas ou fome. “As pessoas vão ter uma bela surpresa ao perceberem que uma alimentação balanceada é o suficiente para a perda de peso”, diz. E quando ela diz “alimentação balanceada”, a especialista sugere muita variedade, e principalmente muitos alimentos integrais frescos. “Coma uma variedade de diferentes alimentos todos os dias para garantir que seu corpo receba os nutrientes que ele precisa. Se você comer os mesmos alimentos todos os dias, provavelmente vai colocar seu corpo em risco por falta de alguma deficiência nutricional”, insiste.

2. Aposte na musculação
Desde as Olimpíadas, a busca por levantamento de peso aumentou (e muito!) nas academias de ginástica, principalmente entre as mulheres. De acordo com o personal trainer Ben Lucas, há anos os instrutores têm tentado mostrar com o levantamento de peso ajuda a delinear os músculos posteriores e ganhar massa muscular, mas foi somente depois dos jogos olímpicos que as mulheres passaram a aderir o treinamento. “Ele é fundamental para manter nosso corpo saudável, especialmente à medida que envelhecemos, ajudando a preservar a massa muscular e acelerar nosso metabolismo para queimar mais calorias, mesmo quando estamos em repouso”, diz. E não é a primeira vez que eu falo aqui do HIIT – exercício de alta intensidade que permite a perda de calorias em poucos minutos. Vai encarar?

3. Siraitia como adoçante
Já ouviu falar dela? De acordo com Michelle Hedge, a siraitia (ou fruta-dos-monges como também é conhecida por aqui) é a nova sensação quando o assunto é dieta, afinal ela tem o mesmo sabor de um açúcar ou adoçante, mas sem causar prejuízos à saúde uma vez que é um alimento natural. Pelo contrário, essa fruta é utilizada para tratar doenças como a diabetes, obesidade e problemas de saúde relacionados com os rins ou fígado, além de ajudar a queima de calorias de maneira saudável. Bom, né?

4. Alimentos para tratar a ansiedade e a compulsão por comida
A especialista prevê ainda que em 2017 os alimentos serão as principais armas na hora de tratar doenças psicológicas como a ansiedade e a compulsão. “Está cientificamente comprovado que alimentos ricos em vitamina B12 e ferro (e automaticamente com baixo teor de açúcar) ajudam a reduzir fatores de risco para a depressão e ansiedade”, afirma. E se a euforia gera aquela necessidade de comer um doce ou uma “besteirinha” atrás da outra, ao melhorar nosso nível de ansiedade, nos alimentamos melhor e consequentemente perdemos peso. Por isso, não deixe de apostar em uma dieta que inclua muitos peixes, ostras, tofu e ovos.

5. Alimentos cozidos estão liberados
Uma dieta baseada totalmente em alimentos crus tem suas desvantagens, uma vez que eles precisam ser cozidos para que seu corpo seja capaz de digerir e absorver mais facilmente os nutrientes. “Comer todos os dias vegetais crus pode causar inchaço e até stress para o sistema digestivo, portanto, em 2017, a tendência é restaurar aquele equilíbrio no organismo que os alimentos crus não são capazes de promover”, explica a nutricionista estrangeira Fiona Tuck. Como sugestão, a ela indica que você se aventure na cozinha tendo como ingredientes principais as folhas verdes que, quando cozidas, oferecem muito mais nutrientes aos nossos organismos.

Dicas anotadas? Viu como é fácil cuidar da saúde?

Bjs,
Fabi Scaranzi

Alergia Alimentar: O que você precisa saber

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Todos nós temos um ou outro alimento ao qual temos alguma intolerância. Muitas vezes sequer percebemos por se tratar de algo leve que logo o organismo se encarrega de corrigir sem que a gente tenha  grandes reações. Mas no caso das alergias, não é bem assim…
A alergia alimentar é bem mais que uma intolerância. Também chamada de alergia escondida ou hipersensibilidade, a alergia causada por alimentos tem vários níveis de comprometimento e pode se apresentar de duas formas: as alergias imediatas – que são aquelas que nos dão os sinais exatamente na hora em que se come determinado alimento e as alergias tardias – que não dão sinal imediatamente e por isso nem sempre ligamos o alimento ao sintoma.

Os alimentos são digeridos e absorvidos. Algumas moléculas podem se ligar a proteínas carregadoras ( transportadoras) e desencadear um reconhecimento pelo sistema imune que vai gerar uma resposta de tolerância ou hipersensibilidade. Isso depende de vários fatores, incluindo a genética, idade, frequência de utilização do alimento, etc…

Se você tem reações na pele, ou sente-se mal depois de se alimentar e isso é constante, deve procurar de imediato um alergologista e tentar detectar se você é alérgica e a quais substâncias. Para entender melhor a doença e suas manifestações, convidei a especialista Dra. Maria José Mendes para tirar as dúvidas mais frequentes sobre esse tipo de alergia.

Quais são as alergias alimentares mais comuns e quais os sintomas?
As alergias alimentares mais comuns na infância são ao leite de vaca e outros animais, trigo e ovos. Chegam a atingir 6,5% das crianças mas cerca de 70% regridem espontaneamente até 10-12 anos de idade. Podem se manifestar como dermatite atópica, rinite e asma, urticária , vômitos cólicas ou diarreia. Já no adulto as causas mais frequentes são amendoim e outras leguminosas, castanhas e crustáceos. Os sintomas mais frequentes são urticária, angioedema (edema de lábios, olhos e face) , dermatite atópica e mais raramente anafilaxia com choque anafilático ou edema de glote. Há manifestações mais incomuns como esofagite eosinofílica, gastrite eosinofílica e colites.

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Como saber se é alérgica ao leite, glúten ou alguma outra substância?
Para detectar essas alergias podem ser feitos testes cutâneos e exames de sangue. A história clínica é muito importante e podem também ser feitos testes de exclusão que é a retirada de um grupo de alimentos do cardápio, por um período, para observação.

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As alergias vem de nascença ou podem se manifestar em várias fases da vida?
A pessoa geralmente tem histórico familiar de alergias indicando um caráter hereditário. A alergia pode se desenvolver na infância ou na vida adulta. No adulto o comum é desenvolver alergia a algo que come intermitentemente, ao contrário do que se pensa. É bastante comum se ouvir do paciente que até então ele sempre havia comido camarão sem problemas e um belo dia teve reação!

Qual é a diferença de intolerância para alergia alimentar?
A intolerância alimentar se deve à deficiência de uma enzima para realizar a digestão. Pode ocorrer desde a infância ou ir se desenvolvendo aos poucos. A mais comum é a intolerância à lactose. A pessoa não produz ou vai com o tempo produzindo cada vez menos lactase e não consegue digerir podendo ter refluxo, gases e diarreia quando ingere leite e derivados. Já a alergia se deve à produção de um anticorpo ou a presença de uma célula que reconhece aquele alimento com estranho ao organismo e dá inicio à reação.

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Todas as alergias alimentares são crônicas? Existe tratamento para a cura?
Na infância, com a maturação só do sistema imunológico pode ocorrer a melhora espontânea da alergia. Já no adulto é improvável que ocorra cura. Há estudos com diversas abordagens terapêuticas mas ainda sem conclusões.

Uma alergia alimentar não observada pode levar à morte? 
Uma alergia alimentar pode na primeira manifestação causar um choque anafilático ou edema de glote e inclusive levar à morte, se o socorro não for imediato. Não existe relação entre quantidade ingerida e gravidade do quadro. Uma quantidade muito pequena pode levar a uma reação grave. Não há antídoto, nem remédios que se carreguem no bolso. A indicação é chamar o serviço de emergência.

As alergias alimentares são hereditárias?
A tendência a ser alérgico sim. O alérgeno (alimento ou inalante) pode não ser o mesmo.

Uma pessoa que tem outros tipos de alergia, está mais propensa a ter também alergia alimentar?
Sim. Mas não é obrigatório ocorrer. Pelo contrário, é um aumento de incidência muito pequeno.

Existe algum tratamento, medicação, vacina? Ou simplesmente corta-se a substância do cardápio?
O tratamento mais adequado é a exclusão, as medicações variam de caso a caso e são apenas para tratar os sintomas manifestados. Há sugestão de uso de alguns lactobacilos específicos em criança para ajudar a desenvolver tolerância. Mas ainda está em estudos para comprovação. Não existe indicação de imunoterapia (vacina) para alergia a alimentos e para os quadros de alergia por contato.

Sabendo que a alergia pode aparecer, na fase adulta, a um tipo de alimento que nunca provocou reação adversa, a gente deve ficar sempre atenta aos sinais, principalmente da pele e da má digestão. Pode ser muito triste ter que riscar da dieta alimentos que a gente gosta, mas é muito melhor abrir mão de um pequeno prazer do paladar, do que por em risco a saúde geral do seu corpo.

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Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

DRA. MARIA JOSÉ MENDES É MÉDICA FORMADA E ESPECIALIZADA EM IMUNOPATOLOGIA CLÍNICA E ALERGIA PELA FACULDADE DE MEDICINA DA USP.
PARA MAIORES ORIENTAÇÕES E INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE ALERGIAS ALIMENTARES ESPECÍFICAS ACESSE O SITE DA SBAI (Sociedade Brasileira de Alergia e Imunopatologia).

O papel da nutrição na saúde

Vivemos nos preocupando em como manter a nossa saúde, beleza e qualidade de vida. Falamos em exercícios (tão necessários para combater o sedentarismo) e quando falamos em alimentação precisamos nos lembrar sempre de que apesar de a máxima ser antiga, ela é totalmente verdadeira: “somos, em grande parte, aquilo que ingerimos”.

A nutrição precisa ser mais levada a sério desde que a gente nasce (pelos pais), nas compras de supermercado que os pais fazem para os filhos, e depois por nós mesmos pelas escolhas do que vamos comer. Tudo isso faz parte de campanhas e simpósios sobre nutrição quando se discute o quanto temos deixado a escolha do nosso cardápio pessoal nas mãos de quem produz e comercializa alimentos.

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Eu e João Dória, promotor e mediador do evento

Tive o prazer de participar como debatedora no último Forum Nacional de Nutricão realizado em São Paulo. O tema? “Imposições, Razões e Felicidade Pessoal. Quais os limites?”- que foi abordado pela psicanalista Maristela Temer. Especializada em obesidade e transtornos alimentares, ela teve ao seu lado Antonio Sproesser, clínico geral, médico de família e especialista em qualidade de vida e foi questionada sobre inúmeras questões que nos levam muitas vezes a “consumir errado”, baseados no poder da mídia e da nossa desinformação. Falamos ainda sobre prazer e compulsão, na área alimentar.

Convido vocês a verem este vídeo que é parte dos debates que tivemos sobre esse tema, e que nos levam a repensar sobre como estamos nos alimentando e o que nos leva a isso. Re-educação alimentar é saúde. E a saúde para chegar ao corpo tem que vir da cabeça também. Mas eu acredito ser importante ter prazer naquilo que a gente come, numa época de “sem lactose”, “sem gluten”.. daqui a pouco é “sem comida” também. Isso é pra quem tem intolerância ou alergia. O equilíbrio sem neuras é sempre o melhor caminho, na minha opinião. Clique no play. E depois quero saber a sua opinião.

bj pra vcs
Fabi Scaranzi