Descubra qual é o óleo mais saudável para cozinhar

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Se em excesso a gordura é uma vilã, na quantidade certa ela é imprescindível para o bom funcionamento do nosso organismo. De acordo com a nutricionista do Hospital Albert Einstein, Izabella Crochemore, ela é responsável por fornecer ao nosso corpo toda a energia que precisamos diariamente, além de proteger órgão vitais e participar na absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K). “Além disso, a gordura faz parte da estrutura de todas as células do nosso organismo e é precursora de alguns hormônios como testosterona, estradiol e progesterona”, explica.

Entretanto, é preciso atenção, já que o excesso pode resultar em sérios problemas cardiovasculares, como arritmia, infarto e AVC. Mas aí você me pergunta, e o que isso tem a ver com o óleo que usamos para cozinhar todos os dias? Tudo!

Basta dar uma olhada rápida nas prateleiras do supermercado para notar a enorme variedade de óleos e gorduras. Mas aí, diante de tantas opções, como saber qual óleo escolher? Um ponto importante é conhecer todos os diferentes tipos de gorduras e, então, fazer boas escolhas no dia-a-dia, já que todas elas têm suas vantagens e desvantagens.

Dá uma olhada abaixo nos principais tipos de óleo mais usados para cozinhar:

Azeite de Oliva: ele é provavelmente a opção mais saudável para cozinha, por ser muito rico em gordura monoinsaturada, substância que ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim, o LDL e aumentar o colesterol bom (HDL). É por isso que ele é o óleo mais indicado para prevenir riscos de doenças cardiovasculares. Entretanto, Izabella Chocherome alerta que ele não deve ser usado para frituras. “Durante o aquecimento no processo da fritura, acontece uma perda de substâncias antioxidantes e podem ser formadas substâncias nocivas para o nosso organismo”, diz.

Óleo de Soja: talvez o óleo mais popular no Brasil, essa opção é saudável por ser fonte rica de ômega 3 e 6. Assim como o azeite de oliva, ele aumenta o nível do bom colesterol e reduz o nível do ruim, ajudando na prevenção de doenças do coração. Além de ser bem resistente às altas temperaturas, ele é mais barato que os outros óleos oferecidos no mercado, uma vez que o Brasil é um grande produtor de soja.

Óleo de Milho: rico em ômega 6, ele não só ajuda no controle do colesterol, como também melhora o sistema imunológico e protege as artérias. Mas atenção, ele deve ser sempre aquecido até 180°C.

Óleo de Girassol: fonte de substâncias antioxidantes, o óleo de girassol possui pouca quantidade de gordura saturada (certa de 10%) e ajuda a combater o envelhecimento e o stress, além colaborar para o fortalecimento do sistema imunológico. Outra boa notícia é que ele pode ser aquecido até 200°C sem perder suas propriedades e nutrientes.

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Óleo de Canola: esse tipo de óleo vegetal é o que contém menor teor de gorduras saturadas (somente 6%). Ele mantém as plaquetas em níveis saudáveis e ajuda a equilibrar nossos níveis de colesterol e triglicérides. Quem prefere um sabor mais suave que tradicionais óleos de milho, girassol e soja não só pode, como deve apostar nesse daqui!

Óleo de Coco: queridinho até pelos dentistas, o óleo de coco tem muitas vantagens, como clarear os dentes, hidratar os cabelos… mas na cozinha seu uso ainda é um pouco polêmico. O motivo? Apesar dos estudos mostrarem que ele aumenta significativamente os níveis de colesterol bom, ele também aumenta o ruim (LDL), portanto seu uso deve ser moderado. Que tal só uma vez por semana?

Manteiga: é melhor deixar a manteiga de lado se você busca uma alimentação saudável ou já é propensa a problemas cardíacos ou colesterol alto. Por ser uma gordura de fonte animal, a manteiga possui uma enorme concentração de gordura saturada, então o melhor é ser consumida de forma moderada.

Com tantas opções, quem disse que você precisa escolher um só? A nutricionista indica alternar o consumo desses diferentes tipos de óleos, já que cada um possui uma composição específica. Ela completa ainda que a melhor forma de armazenar seus óleos é em um armário fresco e escuro, ou dentro de uma despensa. “Evite deixar próximo do calor (fogão, churrasqueira e micro-ondas), já que a variação constante de temperatura no local pode alterar sua qualidade”, finaliza.

Fim das dúvidas?

Bjs,
Fabiana Scaranzi

*Imagens: Shutterstock