Chega de briga! Como fazer as pazes com quem você gosta

brigas-amigas
(Imagem: Shutterstock)

Seja com os filhos, marido, com os amigos ou colegas de trabalho, rolar um desentendimento ou outro é normal. Afinal, nem todo mundo tem as mesmas ideias e opiniões, certo? Se você passou por isso e no momento está brigada com alguém, calma! Algumas atitudes simples podem ajudar vocês a resolverem esse conflito.

“O primeiro passo é melhorar a comunicação, ou seja, para que haja uma conversa clara e franca é preciso tratar o assunto de forma objetiva e respeitar o outro em relação a seus sentimentos e emoções”, explica a psicóloga de São Paulo, Adriana Andrade. Agora que você já sabe como se comunicar, fique de olho nessas outras quatro dicas da expert!

Reconheça o principal motivo da briga
Pare e pense a real causa da briga. Foi uma atitude mal interpretada? Uma palavra grosseira? Um ato mal pensado? Em seguida liste tudo o que você sentiu diante da situação.

Coloque seus sentimentos para fora
A psicóloga lembra que você todo o direito de se sentir triste ou com raiva e até de querer se afastar por alguns dias. Entretanto, a briga só vai ter um fim se você falar para o outro – de maneira clara e educada – tudo o que está sentindo, e até pedir desculpas se achar que é o caso. “Nenhum sentimento deve ser guardado, mas não comece o diálogo como palavras agressivas de ataque. Afinal, a ideia é fazer as pazes, lembra? Mantenha sua postura e se o outro for intolerante ou grosseiro sugira que vocês conversem outro dia”, recomenda a especialista.

Ouça o que o outro tem a dizer
Mesmo com a cabeça quente, é fundamental ouvir o que o outro tem a dizer. Você pode até não concordar com suas atitudes e pontos de vista, mas é preciso entender que cada pessoa é diferente e que nenhum julgamento deve ser feito. “Depois, explique ao outro quais atitudes e palavras te incomodaram e o que você gostaria que fosse mudado, assim vocês evitam novos problemas no futuro”.

Deixe claro que uma briga não define uma amizade ou relacionamento
Brigas acontecem e não é por isso que você vai deixar de sentir amor e admiração pelo outro de uma hora para a outra. Na hora da conversa, comece pontuando esses sentimentos e deixe claro que é por causa desse carinho e cumplicidade que você quer tanto resolver a situação. Peça que a conversa seja feita de coração aberto e só ponha um ponto final quando sentir que o outro também está disposto a fazer as pazes. E lembre-se: passado é passado! Nada de ficar recomendo uma briga antiga. Uma vez perdoada a discussão, é bola pra frente, ok? Rancor não leva a nada!

Bjs,
Fabi Scaranzi

Por que você deve perdoar

kirushanthan-krishnapillai-268577-unsplash
(Photo by Kirushanthan Krishnapillai on Unsplash)

Por Joyce Moysés

Não, não é fácil perdoar. Mas todos nós possuímos essa capacidade internamente. A questão é decidir quando e como usar. Para animá-la, saiba que é umas das formas mais eficientes de destravar a sua vida. Pode ser que nesse exato momento você esteja acumulando mágoas porque alguém pisou na bola, não fez o que prometeu ou foi agressivo sem necessidade — e para quê? O que você está ganhando com isso? Hora de deixar certas coisas pra lá e ser feliz! Não sabe por onde começar? Veja o que diz a life coach Susanne Andrade, consultora na área de desenvolvimento humano e autora do livro O Segredo do Sucesso é Ser Humano (Editora Primavera Editorial):

Por que é tão difícil perdoar?
A dificuldade do perdão vem em função de um medo que as pessoas têm relacionado, principalmente, a dois aspectos: de que o comportamento volte a se repetir e de ser criticado pelos outros. É essencial lembrar que para existir a necessidade do perdão alguém se sentiu traído, magoado ou ferido de alguma forma. E isso demanda um tempo para elaborar o que aconteceu, o que depende da personalidade de cada um e da capacidade de resgatar a confiança na relação, que por um momento foi abalada. Pode haver o receio de que o perdão abra espaço para que a ação volte a se repetir, levando novamente a esses sentimentos.

O que precisamos superar, se quisermos reatar uma relação de afeto?
Uma das atitudes é se livrar da preocupação com “o que os outros vão pensar”. Vivemos hoje com o foco no mundo externo, esquecendo muitas vezes dos valores internos, do real significado de nossas ações para nós mesmos. Com isso surge o receio da crítica, de ter o valor diminuído por conta da imagem que fica diante do mundo. Para reatarmos uma relação de afeto é preciso a coragem de enfrentar a situação e identificar os ganhos para todas as partes. Quem perdoa demonstra a humildade para aprender, para se valorizar, para ensinar e abrir possibilidades de crescimento na relação. Essa relação de afeto pode ser reatada até mesmo com pessoas que faleceram, perdoando-as por atos do passado, abrindo assim um canal de libertação espiritual. É importante lembrar que por meio do perdão conquistamos uma paz interior, o que alimenta a nossa alma.

Ao perdoar, como agir?
Antes mesmo de desculpar, é fundamental abrir espaço para um diálogo para tentar entender o que de fato aconteceu e os motivos que possam ter levado a pessoa a ter atitudes que te feriram. Todo comportamento tem uma intenção positiva por trás e é essencial a reconhecermos para compreendermos, o que também ajuda. A comunicação é uma importante chave para a solução dos maiores conflitos. As pessoas devem ter a oportunidade de expressarem o que se passa dentro delas. Afinal, ao abrirmos essa possibilidade, podemos aprender muito — inclusive com o sentimento de rejeição, de traição e de raiva que possa estar em nós. Ao perdoarmos, substituimos esses sentimentos por leveza, grandiosidade e aprendizados.

E se o perdoado nos magoar de novo?
Se o outro insistir no comportamento errado, estará jogando fora uma grande oportunidade de mostrar sua nobreza. E o problema é dele. Você fez a sua parte. Ser generoso não significa ser bobo. Melhor nos afastarmos e deixar que cada um construa sua história.