Aprenda como ser mais persuasiva seguindo 3 dicas poderosas

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Muitas vezes, especialmente dentro do ambiente de trabalho, passamos por algumas situações em que parecemos não ter muito controle. Quer alguns exemplos comuns? Colegas de trabalho que, ao invés de trabalharem em equipe, competem entre si, clientes que parecem nunca estar satisfeitos, funcionários que ignoram pedidos e críticas…

Se você acha que seus esforços vão sempre para o ralo e, de quebra, sente que tem algumas limitações como líder e gestora, eu tenho boas notícias: é possível, sim, melhorar seu poder de persuasão.

O segredo está em buscar inspiração nos trabalhos de Blaise Pascal, um matemático e teólogo francês que escreveu diferentes tratados sobre a eficácia da liderança e como os lideres podem usar a “arte da persuasão” para o seu benefício. De acordo com Pascal, habilidades de persuasão são vitais para qualquer pessoa que assuma um papel de liderança. Só com elas é possível alcançar nossos sonhos e objetivos.

A técnica de persuasão de Pascal pode ser dividida em três etapas. Aprenda já!

Passo 1: Ouça a outra pessoa sem interromper
Ouvir é uma das habilidades mais importantes e deve ser constantemente praticada por qualquer líder, especialmente na hora de persuadir alguém ao nosso ponto de vista. Um bom líder só age ou fala depois de ter terminado completamente de ouvir o outro.

A atitude, além de aumentar a relação de respeito entre gestor e funcionário, também impede que a conversa termine em um impasse ou argumento. Ouvir com atenção ajuda a desarmar a outra pessoa caso ela se apresente de maneira agressiva e argumentativa, e limpa sua mente do preconceito negativo.

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(Imagem: Shutterstock)

Passo 2: Aponte os acertos do outro
Depois de ouvir, é hora de agir. Segundo Pascal, antes de discordar de algo ou alguém, primeiro enumere os pontos positivos da mensagem que acabou de escutar. O matemático explica que se começarmos a apontar imediatamente as falhas da mensagem do outro, ele vai se sentir desmotivado a continuar cooperando.

A sugestão? Sempre começar dizendo: “Concordo com você sobre isso e acho que você acertou em vários argumentos, mas acho válido considerarmos também que…”, assim você incentiva o outro a continuar contribuindo e, de quebra, cria a chance de expressar suas próprias preocupações de maneira que permita uma maior troca de informações, sem gerar nenhum mal-estar.

Essa abordagem não apenas reduz as defesas da outra pessoa, mas também cria uma atmosfera agradável para a persuasão acontecer. A positividade ajuda a mudar a conversa inicial para o objetivo planejado.

Passo 3: Faça o outro descobrir um contraponto
Agora que você aprendeu a ter uma conversa saudável, chegou o momento de trazer a outra pessoa “para o seu time”.

Pascal diz: “Em geral, as pessoas são mais bem persuadidas pelas razões que descobriram do que por aquelas que vieram à mente dos outros”. Ou seja, é mais fácil o outro ser convencido por algo que acabou de descobrir do que pela simples opinião do outro.

Para isso, o segredo é conduzir a pessoa até o ponto da conversa onde ela pode, sozinha, descobrir as falhas de seus próprios argumentos. A partir do momento que o outro reconhece os problemas da ideia ou mensagem que acabou de apresentar, fica mais fácil fazê-lo aceitar uma nova sugestão sem que ele precise passar por uma situação de constrangimento na frente de toda a equipe.

Por fim, junte tudo!
Eu mesma já usei muitas vezes os conselhos de Pascal e, acredite, melhorei minha força como líder e gestora. Colocando essas dicas em prática, pouco a pouco você vai se tornando um mestre na arte da persuasão. Não vai demorar até você se sentir respeitada por toda equipe e ser reconhecida por sua competência e proatividade – características fundamenteis de um bom líder.

E não se esqueça: ser uma grande líder é muito mais do que ser “uma especialista” no seu trabalho. A liderança também se resume à ser persuasiva, se apresentar de maneira clara e objetiva e ter a capacidade de reconhecer as habilidades do outro.

Mas que fique claro: ser persuasiva não significa forçar o outro a fazer o que não quer, mas sim, mostrar que você é capaz de fazer escolhas mais assertivas – não é à toa que você se tornou a profissional competente que é hoje!

Agora é a sua vez: com que frequência suas ideias e argumentos são aceitos pelo grupo? Você tem dificuldade em expor suas opiniões e mensagens de maneira clara e assertiva? Conte pra mim nos comentários.

Bjs,
Fabi Scaranzi