5 dicas práticas para lidar com ansiedade financeira

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Se responsabilizar 100% pelo seu futuro financeiro pode assustar – e muito! As circunstâncias da vida mudam, o mercado de trabalho por muitas vezes é incerto e não é todo mundo que entende de investimentos e aplicações.

Uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Psicologia descobriu que 67% das pessoas são extremamente ansiosas quando o assunto é finanças, principalmente no que diz respeito a manter o saldo no azul.

Se você também sente essa pressão mensalmente, abaixo apresento cinco tipos de problemas e diferentes estratégias. Assim você pode tomar decisões de maneira mais assertiva e aprende, inclusive, quando é a hora de pedir ajuda.

1. Se você está endividada

Se você tem dívidas, enfrente seu medo e descubra exatamente o quanto você deve e para quem. Mesmo que seja assustador, esses dados te dão um certo controle. Ignorar suas dívidas e se manter no escuro sobre a extensão dos seus problemas só vai aumentar a sensação de ansiedade.

Eduque-se através de fóruns online, aplicativos bancários e planilhas mensais, e tente não comparar sua situação financeira com a de outras pessoas. Não se esqueça também de estabelecer metas financeiras a curto e longo prazo. Grandes ou pequenas, ao alcança-las você vai se sentir mais confiante em relação às suas contas no futuro.

2. Se você fez um grande investimento

Alguns dos nossos sonhos acabam custando caro! Se depois de investir uma grande quantia em um produto ou projeto você se sentir ansiosa e insegura, tente se lembrar dos motivos pelos quais você assumiu o risco financeiro. O preço a pagar à princípio pode ser um pouco alto, mas, se for feito com responsabilidade, a longo prazo o investimento terá valido a pena. Não se esqueça que o dinheiro deve ser seu caminho, não seu objetivo.

Se preferir, faça algumas contenções pelos próximos meses: deixe de passar por shoppings, diminua a ida a bares e restaurantes e corte os planos de viagens até que as contas se normalizem. Mesmo que os cortes sejam baixos, você se sentirá mais segura em relação às suas finanças e a ansiedade diminuirá pouco a pouco.

3. Se você está desempregada

A demissão é um dos maiores motivos de ansiedade financeira. Ao perdermos o emprego, vivemos sob a pressão de reduzirmos gastos e cortamos supérfluos imediatamente. Entretanto, esse desespero só piora. Reduza o plano da academia para um mais simples ou passe a fazer atividades ao ar livre; continue jantando fora ou fazendo tratamentos estéticos, mas recorra à cupons de descontos, sites de compras coletivas e períodos de promoção. Procure viver dentro da sua normalidade, mesmo que isso exija adaptar sua rotina e frequentar lugares mais simples por um período.

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4. Se você perdeu a noção dos seus gastos

Não adianta, a melhor maneira de dormir tranquila é criando uma planilha de gastos e anotando cada um deles, desde condomínio, escola das crianças, conta de luz e seguro do carro, até o cafezinho no meio da tarde ou a bala que comprar no semáforo. A princípio, o resultado pode até assustar, mas só assim você será capaz de avaliar quais gastos podem ser evitados e quais contas são prioridade. Tendo acesso ao seu cenário financeiro como um todo, será mais fácil colocar todas as contas em dia.

5. Se você não entende seu saldo bancário

É preciso concordar: nem sempre é fácil entender o extrato da nossa conta corrente – o que entra, o que sai, o limite do cartão, as taxas obrigatórias… Se você sente a falsa ilusão de que suas contas estão em dia, mas vire e mexe vê o saldo no vermelho, minha dica é procurar por cursos de alfabetização financeira. Fica muito mais fácil aprender a economizar e a decidir onde aplicar a partir do momento que você passa a entender o que significa seu demonstrativo bancário. Como primeiro passo, que tal passar a aplicar uma parcela do seu salário num fundo de investimento? Assim, você fica segura e amparada caso enfrente algum imprevisto no futuro.

Bjs,

Fabiana Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

Vale a pena abrir uma conta conjunta com o parceiro? Entenda os prós e contras

Conta conjunta
Um dos principais motivos de brigas entre casais é a questão financeira. Não adianta, a forma como você e seu parceiro vão lidar com o dinheiro pode influenciar (e muito!) no dia a dia da relação.

Não é à toa que, toda vez que falo de finanças nas minhas redes sociais, muita gente me manda mensagens perguntando: “Fabi, vale a pena abrir uma conta conjunta com o marido?”

Antes de mais nada, é preciso ter em mente que cada casal tem um estilo de vida diferente e, por isso, nem sempre o que funciona para os seus vizinhos, pode funcionar pra você e seu parceiro. Agora, avaliando a situação como um todo, dividir a conta bancária pode, sim, trazer alguns benefícios para vocês, principalmente se ela for utilizada da maneira certa.

Vantagens de ter uma conta conjunta com o parceiro

Quer alguns exemplos? Abrir uma conta conjunta pode vir a calhar se vocês têm a intenção de investir em algo maior, como a compra de um carro, um apartamento, uma viagem longa para um destino mais caro ou estão planejando aumentar a família. Por outro lado, ao abrir uma conta conjunta, é preciso levar em conta alguns fatores:

– A confiança no parceiro deve ser total. Nada de ficar checando o extrato todos os dias para ter certeza que ele não está fazendo retiradas sem o seu conhecimento.

– A conta conjunta não deve concentrar todo o patrimônio de vocês. Vai que surja alguma emergência, como uma cirurgia, por exemplo, capaz de colocar em risco todo o patrimônio que vocês possuem.

Outra vantagem da conta conjunta é que o valor depositado ali pode ser reservado apenas para quitar as contas em comum, como despesas fixas com a casa e o carro, escola dos filhos, compras no supermercado… E existe um truque pra fazer essa dinâmica dar certo, viu? Tudo o que vocês precisam é estipular um valor fixo mensal que cada um vai comprometer do orçamento individual para depositar na conta conjunta.

Essa dica, aliás, é fundamental para pôr fim a um problema muito comum entre os casais: o valor gasto por cada um com vontades individuais. Uma vez que vocês estipularem a parcela que cada um vai contribuir para depositar na conta conjunta mensalmente, fica mais fácil separar quando do orçamento vocês estão livres para gastar como bem entenderem: academia, roupas, tratamentos estéticos… É ou não é a solução para o fim das tão indesejáveis DRs?

falta de dinheiro

E as desvantagens? Não tem nenhuma?

Infelizmente, tem! A conta conjunta pode trazer alguns problemas para o casal se vocês não estipularem alguns limites antes de darem esse passo tão importante na relação. Vocês precisam se policiar, por exemplo, para não usarem uma conta com acesso a cheque especial, senão correm o risco de criarem dívidas desnecessárias.

Tenham em mente que, se criar dívidas individuais com o banco é ruim, ficar os dois com o nome sujo é ainda pior. E mais: ao dividirem a conta bancária, vocês se tornam mutuamente responsáveis por qualquer empréstimo feito como casal. Ou seja, no caso de créditos, se você ou ele se tornar incapaz de não cumprir os pagamentos, toda a responsabilidade do não pagamento também vai cair sobre o outro – inclusive problemas legais resultantes dessa dívida.

Viu só porque é tão importante avaliar todos os prós e contras antes de abrir uma conta conjunta? Agora, se a prática for feita com confiança e responsabilidade, vocês têm tudo para serem ainda mais felizes.

Bjs,
Fabi Scaranzi
*Imagens: Shutterstock