Vida em equilíbrio! Como não deixar que o trabalho interfira no seu bem-estar pessoal

fabi bem-estar

Vira e mexe você me perguntam lá no Instagram: “Fabi, como é que você consegue ter uma vida pessoal de qualidade mesmo trabalhando tanto?” É verdade que somos uma só e não temos como “desligar” o modo profissional quando o expediente acaba, mas o excesso de trabalho merece atenção quando você passa a dormir pouco, se afasta da família ou abre mão dos momentos de lazer por conta de compromissos profissionais.

Pensando nisso, separei as quatro bandeiras vermelhas que apontam que você está deixando o trabalho interferir no seu bem-estar pessoal e o que fazer para conseguir mais equilíbrio na sua vida. Espia só!

Se você: leva serviço pra casa toda semana
Vez ou outra é normal que o prazo aperte e você precise terminar um compromisso ou outro em casa, mas quando a prática se torna corriqueira, é preciso prestar atenção se você não está fazendo do tempo livre uma extensão do seu trabalho, tirando o foco de outros campos importantes da sua vida.

O que fazer: Será que o problema não está na forma como você organiza o seu tempo? Tente novas técnicas de multitasking na hora de trabalhar – já experimentou o método pomodoro? –  e garanta um tempo pra cuidar de si mesma e garantir seu bem-estar físico e mental.

Se você: não encontra as amigas para um jantar ou happy hour faz tempo
Seja com um suco no fim da tarde com as amigas, ou até um filme leve na companhia do maridão, você não apenas merece, como também precisa de um tempo livre para curtir a vida social e relaxar corpo e mente – mas sem ficar checando o celular a cada meia hora, especialmente o e-mail da empresa, hein?

O que fazer: Não se isole! Se precisar, converse com outras pessoas sobre o problema e peça ajuda para sair dessa sobrecarga de trabalho. Que tal delegar tarefas mais simples? Qualquer coisa que dê um alívio na sua agenda que abra espaço pra você cuidar do seu bem-estar, vale a pena!

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Se você: fica constantemente doente ou cansada
Quando voltamos nossa atenção 100% para o trabalho, dificilmente abrimos espaço para praticar exercícios e, pra piorar, ainda passamos a dormir menos e a nos alimentar mal. O resultado? Sobrepeso e imunidade baixa, resultando em diferentes doenças, desde gastrite até labirintite, colesterol, enxaqueca… Além de cansaço extremo!

O que fazer: Tenha em mente que nada vai pra frente se sua saúde não estiver bem. Você precisa estar com corpo e mente fortes para garantir mais foco no trabalho e energia renovada. Veja sua saúde como um investimento a longo prazo. Vá à pé ou de bicicleta para o trabalho, faça uma caminhada na hora do almoço, leve marmitas saudáveis para a empresa, desligue o celular e computador no final de semana. Não vai demorar pra você se sentir melhor!

Se você: não tem tempo livre pra família
Nada de achar que atividades corriqueiras, como brincar com as crianças ou ter uma conversa descontraída com o marido podem ser deixadas para outro dia. Pelo contrário: essas oportunidades passam voando e as chances de você perder momentos únicos e especiais são enormes. Pode parecer bobagem agora, mas não vai demorar até você se arrepender de estar constantemente ocupada.

O que fazer: Fortaleça os laços em família e nunca justifique o exagero no trabalho dizendo que está fazendo tudo isso por eles. Abra mão de alguns projetos, recuse uma promoção se isso for ocupar ainda mais do tempo que deveria ser direcionado ao seu bem-estar. Seu saldo bancário pode até ser menor no fim do mês, mas a sua felicidade vai compensar qualquer prejuízo profissional e financeiro.

Lembre-se: mais do que ser uma mulher bem-sucedida, é preciso saber aliar seu bem-estar, saúde e prazer pessoal. Bora fazer essas mudanças ainda hoje?

Bjs,
Fabi Scaranzi

 

*Imagens: Shutterstock

Ansiedade. Quais os sintomas, causas e tratamentos

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(Imagem: mediabakery.com)

Ser ansiosa tem lá suas vantagens! Uma leve dose de ansiedade é capaz de preparar você para futuros apuros, além de evitar certas situações perigosas para si e para todos aqueles a quem você faz questão de proteger. Entretanto, o desequilíbrio entre a quantidade e a velocidade de pensamentos ansiosos e de sentimentos de preocupação, ou medo, podem resultar em transtornos psiquiátricos para lá de preocupantes. “Estes transtornos são diagnósticos clínicos, reconhecidos pela academia científica internacional em áreas como psiquiatria e outras especialidades clínicas, como psicologia e neurociência”, explica Arthur Guerra, médico psiquiatra e professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Exemplos facilmente encontrados nos consultórios são: o transtorno de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade generalizada, stress pós-traumático e fobias, social e específicas, com sintomas que variam para cada condição.

Cada vez mais comum, a ansiedade é vista como um problema generalizado e, por isso, são poucos os pacientes que procuram um profissional de saúde em busca de ajuda. Não encare como natural se ele persistir. “É essencial realizar o que chamamos de diagnóstico diferencial, ou seja, avaliar se estamos realmente falando de ansiedade ou de algum outro sintoma psiquiátrico que seja percebido pelo paciente como tal. Isso porque, muitas vezes, outros estados de humor se assemelham a sintomas ansiosos, mas necessitam de tratamentos diferentes”.

Por que ficamos tão ansiosas?

Dr. Arthur Guerra explica os transtornos de ansiedade (que vão muito além de um momento ou outro de nervosismo e preocupação), são causados pela interação de fatores biológicos, psicológicos e sociais, além da vulnerabilidade genética, que interage com situações de stress para produzir as síndromes. “Fatores genéticos influenciam de forma importante o risco para muitos transtornos de ansiedade, enquanto fatores ambientais, como trauma na infância, rotina maçante, agenda atribulada e múltiplas funções, tanto no ambiente familiar, quanto profissional, podem contribuir para o risco dos sintomas na fase adulta”, ressalta.

É por isso que algumas pessoas se mostram mais resistentes ao stress, ou até mesmo resilientes – com uma facilidade maior de se reerguer diante de situações que geram nervosismo e tensão. “Pessoas mais vulneráveis ao stress apresentam mecanismos de defesa menos adaptados, sendo constantemente “agredidas” pela interação entre genes e ambiente, podendo levar a crises de ansiedade constante”, diz Dr. Arthur.

Sintomas da doença

Durante uma crise de ansiedade, é comum apresentar os sintomas abaixo. Fique atenta e avalie se você apresenta dois ou mais sintomas quando se você encontra em momentos de stress e tensão:

– Alteração de humor

– Comprometimento da memória

– Insônia

– Perda de apetite

– Queda da libido e desempenho sexual

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(Imagem: mediabakery.com)

Enfim, a cura

Assim como a síndrome do pânico, o tratamento de transtorno de ansiedade pode ser tratado a partir da combinação da terapia à base de remédios + psicoterapia.

Tratamento à base de remédios:

Para tratar distúrbios de ansiedade, os antidepressivos são os remédios mais indicados. Medicamentos ansiolíticos como benzodiazepínicos, conhecidos como “calmantes tarja preta” podem ser utilizados com eficácia por períodos determinados de acordo com cada caso. Mas segundo o dr. Arthur, são especialmente eficazes em situações de ansiedade aguda, ou seja, em que os sintomas acontecem de forma rápida e intensa. “Vale lembrar que estes medicamentos podem induzir quadros de dependência, por isso é sempre recomendado o acompanhamento com especialista”, alerta.

Tratamento psicológico:

A terapia comportamental e a cognitivo-comportamental têm mostrados grandes resultados. Em muitos casos, o tratamento busca abordar pontos da história do paciente, realizando exercícios de autoconhecimento e avaliação de sintomas e fantasias apresentadas. Decidir qual tratamento (ou combinação de tratamentos) é melhor para cada paciente, depende de uma entrevista cuidadosa.

O resultado do tratamento e determinado por vários fatores, incluindo:

– Gravidade do diagnóstico

– Nível de funcionamento antes do início dos sintomas

– Grau de motivação para o tratamento

– Nível de apoio familiar, de amigos, colegas de trabalho

– Habilidade para cumprir os horários de medicação ou regime psicoterapêutico

É melhor prevenir

Praticar exercícios físicos e técnicas de respiração regularmente se mostram eficazes no tratamento de ansiedade e são geralmente recomendados. Entretanto, o comprometimento de quem sofre de crises de ansiedade vez ou outra com esse tipo de exercício precisa ser total.

O abuso de álcool, cigarros, calmantes e drogas ilícitas também aumentam as chances de manifestação do transtorno, portanto é fundamental manter um estilo de vida saudável e longe de vícios. “Pessoas que apresentam dificuldades em controlar o uso de qualquer substância podem – e devem! – se beneficiar do tratamento de ansiedade para melhorar a qualidade de vida”, diz Arthur.

Ótimas informações pra gente compartilhar com as amigas, né? Controlar a ansiedade  é possível, sim. É só buscar ajuda e seguir o tratamento indicado… a começar pela atividade física, alimentação saudável e sua determinação por uma vida de menos estresse e mais qualidade.

bjs pra vcs,
Fabi Scaranzi