Ansiedade. Quais os sintomas, causas e tratamentos

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(Imagem: mediabakery.com)

Ser ansiosa tem lá suas vantagens! Uma leve dose de ansiedade é capaz de preparar você para futuros apuros, além de evitar certas situações perigosas para si e para todos aqueles a quem você faz questão de proteger. Entretanto, o desequilíbrio entre a quantidade e a velocidade de pensamentos ansiosos e de sentimentos de preocupação, ou medo, podem resultar em transtornos psiquiátricos para lá de preocupantes. “Estes transtornos são diagnósticos clínicos, reconhecidos pela academia científica internacional em áreas como psiquiatria e outras especialidades clínicas, como psicologia e neurociência”, explica Arthur Guerra, médico psiquiatra e professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Exemplos facilmente encontrados nos consultórios são: o transtorno de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade generalizada, stress pós-traumático e fobias, social e específicas, com sintomas que variam para cada condição.

Cada vez mais comum, a ansiedade é vista como um problema generalizado e, por isso, são poucos os pacientes que procuram um profissional de saúde em busca de ajuda. Não encare como natural se ele persistir. “É essencial realizar o que chamamos de diagnóstico diferencial, ou seja, avaliar se estamos realmente falando de ansiedade ou de algum outro sintoma psiquiátrico que seja percebido pelo paciente como tal. Isso porque, muitas vezes, outros estados de humor se assemelham a sintomas ansiosos, mas necessitam de tratamentos diferentes”.

Por que ficamos tão ansiosas?

Dr. Arthur Guerra explica os transtornos de ansiedade (que vão muito além de um momento ou outro de nervosismo e preocupação), são causados pela interação de fatores biológicos, psicológicos e sociais, além da vulnerabilidade genética, que interage com situações de stress para produzir as síndromes. “Fatores genéticos influenciam de forma importante o risco para muitos transtornos de ansiedade, enquanto fatores ambientais, como trauma na infância, rotina maçante, agenda atribulada e múltiplas funções, tanto no ambiente familiar, quanto profissional, podem contribuir para o risco dos sintomas na fase adulta”, ressalta.

É por isso que algumas pessoas se mostram mais resistentes ao stress, ou até mesmo resilientes – com uma facilidade maior de se reerguer diante de situações que geram nervosismo e tensão. “Pessoas mais vulneráveis ao stress apresentam mecanismos de defesa menos adaptados, sendo constantemente “agredidas” pela interação entre genes e ambiente, podendo levar a crises de ansiedade constante”, diz Dr. Arthur.

Sintomas da doença

Durante uma crise de ansiedade, é comum apresentar os sintomas abaixo. Fique atenta e avalie se você apresenta dois ou mais sintomas quando se você encontra em momentos de stress e tensão:

– Alteração de humor

– Comprometimento da memória

– Insônia

– Perda de apetite

– Queda da libido e desempenho sexual

Young woman, hand to mouth, close-up
(Imagem: mediabakery.com)

Enfim, a cura

Assim como a síndrome do pânico, o tratamento de transtorno de ansiedade pode ser tratado a partir da combinação da terapia à base de remédios + psicoterapia.

Tratamento à base de remédios:

Para tratar distúrbios de ansiedade, os antidepressivos são os remédios mais indicados. Medicamentos ansiolíticos como benzodiazepínicos, conhecidos como “calmantes tarja preta” podem ser utilizados com eficácia por períodos determinados de acordo com cada caso. Mas segundo o dr. Arthur, são especialmente eficazes em situações de ansiedade aguda, ou seja, em que os sintomas acontecem de forma rápida e intensa. “Vale lembrar que estes medicamentos podem induzir quadros de dependência, por isso é sempre recomendado o acompanhamento com especialista”, alerta.

Tratamento psicológico:

A terapia comportamental e a cognitivo-comportamental têm mostrados grandes resultados. Em muitos casos, o tratamento busca abordar pontos da história do paciente, realizando exercícios de autoconhecimento e avaliação de sintomas e fantasias apresentadas. Decidir qual tratamento (ou combinação de tratamentos) é melhor para cada paciente, depende de uma entrevista cuidadosa.

O resultado do tratamento e determinado por vários fatores, incluindo:

– Gravidade do diagnóstico

– Nível de funcionamento antes do início dos sintomas

– Grau de motivação para o tratamento

– Nível de apoio familiar, de amigos, colegas de trabalho

– Habilidade para cumprir os horários de medicação ou regime psicoterapêutico

É melhor prevenir

Praticar exercícios físicos e técnicas de respiração regularmente se mostram eficazes no tratamento de ansiedade e são geralmente recomendados. Entretanto, o comprometimento de quem sofre de crises de ansiedade vez ou outra com esse tipo de exercício precisa ser total.

O abuso de álcool, cigarros, calmantes e drogas ilícitas também aumentam as chances de manifestação do transtorno, portanto é fundamental manter um estilo de vida saudável e longe de vícios. “Pessoas que apresentam dificuldades em controlar o uso de qualquer substância podem – e devem! – se beneficiar do tratamento de ansiedade para melhorar a qualidade de vida”, diz Arthur.

Ótimas informações pra gente compartilhar com as amigas, né? Controlar a ansiedade  é possível, sim. É só buscar ajuda e seguir o tratamento indicado… a começar pela atividade física, alimentação saudável e sua determinação por uma vida de menos estresse e mais qualidade.

bjs pra vcs,
Fabi Scaranzi