Dor nas costas: 4 hábitos comuns podem ser a causa

Woman rubbing aching back
(Foto: mediabakery.com)

Todo mundo já sofreu com dores nas costas alguma vez. As mais simples, causadas por uma longa tarde de trabalho em frente ao computador, por exemplo, podem ser facilmente resolvidas com uma boa série de alongamentos. Já as mais sérias, exigem tratamentos médicos e até exercícios de pilates ou RPG durante meses. Uma pesquisa realizada no Reino Unido descobriu que a dor nas costas é a principal causa de faltas no trabalho: 70% sofrem do problema diariamente e, entre esses, 90% precisam de analgésicos para amenizar o incômodo. O que mais chamou a atenção dos pesquisadores é que as principais causas da dor são atividades que realizamos diariamente e não percebemos o quanto podem nos prejudicar. Dê uma olhada em quais são elas e surpreenda-se, tanto quanto nós:

1. Usar demais o celular
Nosso corpo (principalmente costas, cabeça e pescoço) não foi projetado para olhar para baixo por tantas horas, por isso, é normal sentir dor depois de passar horas fuçando as fotos no Instagram. Nessa posição, nosso pescoço se flexiona e a postura incorreta gera inflamação nas costas, além de tensão e rigidez nos músculos.

Que tal: Estipular um limite de uso do smartphone e tablets? Em vez de ficar horas a fio conectada, tente acessá-lo várias vezes ao dia, mas por um período menor de tempo, no máximo 20 minutos. Outra solução é tentar segurar o aparelho na altura dos olhos. Vai ser esquisito, mas pelo menos pode resolver o incômodo.

2. Não se mexer com frequência
Não, não estamos falando (apenas) sobre faltar aos treinos da academia. A pesquisa mostrou também que pessoas que trabalham em escritórios desenvolvem mais dores nas costas do que aquelas que fazem trabalhos manuais. Isso porque ao nos movimentarmos, usamos nossas articulações e fortalecemos a coluna vertebral, reduzindo assim o risco de lesões. Quem trabalha sentado o dia inteiro têm mais chances de enfraquecer os músculos, tornando-se propenso a problemas de saúde.

Que tal: Fazer exercícios regularmente para melhorar a força e a flexibilidade? Caminhada e natação são boas escolhas para quem quer começar de leve, além de gerarem baixo impacto na área da coluna, diferentemente de exercícios mais pesados, como os aparelhos de musculação, que forçam a região com movimentos bruscos. Acostume-se também a parar,  a cada uma hora, no escritório e alongar um pouco o corpo, mexer as articulações dos braços e das pernas.

3. Ficar estressada
Os músculos das costas são os mais afetados nos momentos de tensão, já que costumamos flexioná-los quando estamos sob pressão. Com a agenda de compromissos lotada e a correria do dia a dia é normal que essa dor se torne corriqueira, virando um ciclo eterno. O stress também é responsável por estimular o cortisol a subir, o que aumenta riscos de inflamações.

Que tal: Fazer uma massagem ou, se a estiver incomodando com frequência, talvez esteja na hora de procurar um especialista.

4. Fumar
Se você ainda não conseguiu largar, aqui está outro motivo para abandonar o vício. Além de a posição “curvada” que você mantém enquanto fuma, os pesquisadores descobriram que o cigarro pode danificar o tecido da parte inferior das costas, diminuindo a circulação e reduzindo o fluxo de nutrientes para as articulações e músculos, causando dor e desconforto.

Que tal: Tentar parar de fumar, aos poucos? A medida não precisa ser radical. Peça para o seu médico informações sobre clínicas especializadas em tratamentos para fumantes, ou até mesmo adesivos, chicletes e outros medicamentos que vão ajudá-la a reduzir a quantidade diária de cigarros, até que você se livre do vício completamente.

Lembre-se que investir em saúde é investir numa vida com mais qualidade, feliz e sem dores! Aproveite para corrigir a postura enquanto lê este post. Relaxe os ombros, mas fique com as costas eretas. Perca os maus hábitos e troque-os por novos. Vamos juntas? Eu sei que você pode. É só querer!

E não esqueça de contar pra mim nos comentários: qual dos hábitos citados nessa matéria você comete com mais frequência?

bjs,
Fabi Scaranzi 

As redes sociais estão afetando seu relacionamento?

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Quem nunca se viu nessa situação que atire a primeira pedra: friozinho, os filhos na cama, trabalho em dia, uma garrafa de vinho aberta, Netflix e vocês dois a sós… é ou não é a oportunidade perfeita para curtir a noite com o parceiro? Mas aí o celular apita e você vai dar só uma conferidinha. Do Whatsapp vem o Facebook, e o Instagram, e o Snapchat…. e o clima? Já era! No meio à tanta tecnologia, como não deixar que as redes sociais afetem nosso relacionamento?

Não dá pra negar que as redes sociais fazem parte da nossa vida. A gente sempre dá aquela espiadinha no Face antes de dormir, ou ataca o celular depois de fazer o pedido em um restaurante ou enquanto espera a conta. É natural. Os aplicativos sendo atualizados a cada segundo e a nossa vontade de estar sempre “em dia” fazem com que a gente se sinta dependente das redes sociais, inclusive pra passar o tempo. Estudo mostram, inclusive, que de checadinha a checadinha, desbloqueamos a tela do celular, em média, a cada oito minutos – ou 150 vezes por dia!

Mas e quanto essa “dependência” afeta diretamente nossas relações pessoais? Um estudo realizado pela Universidade de Baylor, nos Estados Unidos mostrou que 46,3% dos usuários de smartphone acham que ele afeta negativamente seus relacionamentos. E essa mania de focar no celular e ignorar o parceiro recebeu até um nome próprio pelos especialistas: phubbing! Uma mistura de “phone” (telefone) e “snubbing” (esnobar).

Entendendo a pesquisa
De acordo com o autor do estudo, o professor James A. Roberts, o nível de phubbing de um casal está diretamente relacionado ao nível de satisfação com o relacionamento, conforme descreveram 453 participantes da pesquisa.

A conclusão? Quanto mais conectados à tecnologia, maior a insatisfação! “As pessoas sentem solidão ao ver o parceiro se isolar num aparelho e ignorar sua presença”, disse. “Esse hábito está, de fato, colocando muitos casamentos em risco”.

Comum acordo
Para não deixar que as redes sociais afetem seu relacionamento, o mais indicado por psicólogos e terapeutas de casais é que algumas regras sejam criadas pelo casal, lembrando sempre de beneficiar os dois e não somente àquele que se sente ignorado ou trocado pelo celular.

Para o professor James Roberts uma atitude infalível dentro dos relacionamentos é sempre avisar o parceiro quando for o celular e, principalmente: porque é tão importante recorrer ao smartphone naquele momento. “Isso fará com que, primeiro, o acesso não seja puramente automático e segundo, que o outro não se sinta desmerecido”.

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Outra dica importante é se policiar ao máximo quanto as famosas “espiadinhas” e tentar aumentar o tempo em que você checa as notificações do seu smartphone. Já notou o quanto você se sente sozinha, mesmo estando ao lado do seu parceiro cada vez que ele deixa de prestar atenção em você pra responder aquele grupo do futebol ou olhar as redes sociais?

E se a atitude a dois já é um perigo, os riscos aumentam ainda mais para quem tem filhos. Afinal, eles são um espelho dos pais e acabam se viciando nos celulares e iPods quando veem que é ok trocarem o comprometimento familiar pela tecnologia.

Agora, é preciso decidirem juntos que momentos o celular e as redes sociais de fato influenciam negativamente no relacionamento e quais regras precisam ser seguidas à risca. Nada de celular na mesa do jantar? Notificações do Whatsapp desativadas ao chegar em casa? Aparelho desligado na hora de dormir? O que mais importa pra vocês?

Quando o celular vira um vício
Acha a palavra “vício” exagerada? Pois saiba que essa ansiedade que muita gente sente (e talvez até você!) quando está longe do aparelho já é considerada doença e tem até nome: nomofobia – do inglês, no mobile phobia, ou fobia sem celular.

Em casos mais extremos as pessoas super ligadas ao celular passam a apresentar um sintoma chamado de “toque fantasma”, quando acham que ouvem o telefone tocar ou o sentem vibrar, mesmo sem ter acontecido.

E não é preciso nem imaginar o desespero quando o celular quebra ou quando a bateria acaba, né? Outro estudo americano, agora realizado pela Flurry Analytics, mostrou que o número de pessoas consideradas viciadas em smartphones no mundo cresceu 60% entre 2014 e 2015. Hoje, são quase 280 milhões com essa dependência, contra 176 milhões em 2014.

A verdade é que, viciados ou não, as redes sociais afetam, e muito nossos relacionamentos afetivos, principalmente porque alguns aplicativos requerem tanto a nossa atenção que muitas vezes entramos em transe quando estamos conectados e mal percebemos o tempo passando e principalmente: as pessoas que estão a nossa volta. Esse estado de consciência alterado é conhecido pelos psicólogos como “experiência de fluxo” e pode facilmente ser comparado com jogadores de xadrez que dedicam extrema concentração e tempo àquilo que mais lhes dá prazer.

Por isso, não tem jeito, o segredo é mesmo se policiar. Afinal, o que a gente leva da vida são as memórias, principalmente daqueles momentos incríveis que vivemos ao lado de quem a gente ama.

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock