No último mês participei do WGSN Futures – um evento pra lá de inspirador realizado para mais de 200 executivos. Experts em tendências e palestrantes escolhidos a dedo, compartilharam suas perspectivas sobre o futuro através de palestras e painéis de debate, mudando a nossa maneira de ver o mundo e, principalmente, o futuro do nosso empreendimento.
A ideia era que as empresas pensassem em seus clientes: o que eles gostam e não gostam, aonde vão e o que sonham. Bacana, né? Com temas como “O consumidor do futuro”, “O futuro do trabalhar”, “O futuro do conectar”, entre outros, CEOs, diretores e vice-presidentes de marcas famosas como Spotify, Skol, Red Bull, Endeavor e várias outras expuseram suas projeções para as constantes mudanças do mercado.
Fique de olho nas principais tendências do WGSN Futures
1. Capacitação tecnológica
Como falar do futuro dos trabalhadores sem discutir o impacto da inteligência artificial – também conhecida como IA – na economia? De acordo com um estudo do World Economic Forum, realizado em 2017 e apresentado no evento, “a inteligência artificial pode parecer uma aliada improvável na busca pelo crescimento sustentável”, especialmente para os setores de produção e fabricação da América Latina. Pensando nisso, os palestrantes enfatizaram a importância das marcas brasileiras buscarem sempre evoluir para engajar os compradores de hoje.
Sabia que em alguns setores, os brasileiros tendem a confiar mais nos robôs do que nas pessoas? Uma pesquisa conduzida pela Accenture em 2017 descobriu que 83% dos consumidores no setor financeiro do Brasil confiam em assessoria bancária totalmente gerada pelo computador.
Priscyla Laham, vice-presidente de vendas da Microsoft Brazil, acredita que a tecnologia apostará na capacitação no futuro próximo. Segundo ela, “a inteligência artificial não irá nos substituir”, afirma. “Ela irá aumentar a nossa capacidade física”.
2. O valor das qualidades do ser humano
Sergio Gordilho, presidente adjunto da agência de publicidade África, acredita que a automação permitirá que as pessoas pensem mais e a tecnologia irá inspirar a criatividade. Ele sustenta ainda a ideia de que a Inteligência Artificial será uma fonte confiável de informação capaz de aprimorar o pensamento criativo. “Os erros são o que nos diferenciam dos robôs”, afirma Andre Ferraz, CEO da In Loco. “A criatividade dependerá cada vez mais de nossas relações humanas”, completa.
3. Propósito social
Hoje, a demanda de produtos no mercado é tão grande que muitos brasileiros vêm buscando investir em marcas que abracem causas sociais associadas aos seus valores. Palestrantes das marcas Red Bull, Ben & Jerry’s e Skol – defensoras de diferentes causas sociais – acreditam que a consistência, a dedicação de longo prazo e a visão “de dentro para fora” são as principais estratégias quando se trata de propósito.
Já ouviu falar da “Geração do Milênio”? Esse grupo de novos empreendedores acredita que não dá para separar valores pessoais dos profissionais e que as empresas que refletem essas prioridades serão as grandes vencedoras no jogo do recrutamento. “Esta geração não se contenta em trabalhar num lugar que não representa seus valores e crenças”, afirma Lucas Mendes, diretor da WeWork Brasil.
Outra prioridade da força de trabalho no Brasil exposta na WGSN Futures é a ascensão dos ativistas dentro da diretoria – executivos que apoiam abertamente as causas sociais. Um estudo da KRC Research concluiu que 47% dos jovens da Geração do Milênio, esperam que o presidente da companhia em que trabalham abrace uma causa social dentro da empresa. Você faz parte desse grupo?
4. Abraçando a diversidade
Pra terminar, Daniela Dantas, diretora da WGSN Mindset na América Latina, explicou que os consumidores hoje sabem que têm liberdade para mostrar traços da sua personalidade que antes eram vistos como inflexíveis – assim como gênero, sexualidade e idade. Como resultado, pode-se concluir que o mundo tem se tornado cada vez mais fluido e que o ponto de partida para criar uma estratégia comercial de sucesso é apostar na diversidade. E Priscyla Laham, diz mais: uma das metas da Microsoft é usar essa diversidade como forma de criar produtos inovadores, conectando as pessoas por meio da tecnologia. Demais, né?
Bom saber das novidades de como pensam as empresas, né?
Bjs,
Fabi Scaranzi