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Se você tem baixa autoestima, é bem provável também que seja uma workaholic, ou seja, viciada em trabalho. Acertei?
De acordo com uma pesquisa americana publicada pelo site Thrive Global, existe uma ligação direta entre emoções e comportamentos: pessoas com baixa autoestima tendem a trabalharem por muitas horas todos os dias, inclusive nos momentos de descanso. E mais: elas são, consequentemente, mais propensas a apresentarem quadros de estresse, ansiedade e depressão.
Entenda a pesquisa
Segundo a líder da pesquisa, a psicóloga organizacional Shahnaz Aziz, pessoas com baixa autoestima “se dedicam exaustivamente ao trabalho para se tornarem mais bem-sucedidas em uma área de suas vidas que elas sentem que podem influenciar e controlar diretamente”.
Para comprovar a teoria, a pesquisa analisou as respostas de um questionário respondido por 414 professores e funcionários de uma conceituada universidade no Sul dos Estados Unidos e de uma grande empresa. A intenção era avaliar a relação entre estresse, autoestima e compulsão por trabalho. Os participantes tinham entre 33 e 73 anos e trabalhavam cerca de 45 horas por semana.
O passo a passo da pesquisa
Foram utilizados três questionários online diferentes para medir os níveis de estresse, a autoestima e tendência para o que se considera trabalho compulsivo. O questionário para avaliar os workahlics, por exemplo, pedia que os participantes classificassem o quanto se identificavam com afirmações como: “meu trabalho constantemente interfere na minha vida pessoal”. Já no questionário sobre autoestima, os participantes precisavam dizer se concordavam ou descordavam de afirmações do tipo: “eu acredito que tenho uma boa quantidade de qualidades”, ou “minha quantidade de qualidades ultrapassa meu número de defeitos”.
Resultado da pesquisa: como acabar com essa dependência perigosa
A pesquisa revelou, principalmente, que é possível ajudar quem sofre de baixa autoestima e é viciado em trabalho a nível individual e organizacional. Como? Reconhecendo os estilos de trabalho e garantindo que pessoas que exibam tendências de compulsão por trabalho possam obter ajuda profissional ali mesmo, durante o expediente.
É importante ter em mente que a baixa autoestima não é uma causa direta do estresse no trabalho, mas sim uma possível consequência. E atenção: partes da nossa personalidade que pensamos deixar em casa – como a forma como nos sentimos sobre nós mesmas, por exemplo – realmente nos acompanha até nosso local de trabalho e principalmente: traz efeito visíveis no tipo de pessoa e profissional que nos tornaremos no futuro.
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Baixa autoestima: o que fazer?
Abaixo, listrei algumas atitudes simples capazes de dar um up na sua autoestima rapidinho. Anote aí!
– Tome decisões mais assertivas: quanto mais decisões você fizer, mais confiante você ficará. Avalie o que funcionou e o que precisa ser mudado na próxima vez, seja no trabalho ou na vida pessoal.
– Liste suas habilidades: avalie suas aptidões e identifique onde estão suas lacunas. A partir daí, fica mais fácil desenvolver um plano de ação para suprir as habilidades que faltam em você.
– Não tente tanto agradar os outros: pessoas com alta autoestima sabem do que gostam, quais ideias aprovam e não têm medo de expor suas opiniões.
– Seja gentil com você mesma: comemore cada uma das suas vitórias, por menores que sejam. A cada pensamento negativo que tiver sobre você, se olhe no espelho e procure dizer em voz alta três qualidades. Tente tratar a si mesma com a mesma gentileza com que trata os outros.
– Não se compare com os outros: ao invés de sentir inveja da conquista dos outros, pergunte a si mesma o que você deve fazer para também chegar lá e use essas pessoas como inspiração para desenvolver novas habilidades.
Agora eu quero saber de você: qual é a sua relação com seu trabalho? Você consegue desligar a mente e curtir e relaxar durante o final de semana ou fica sempre pensando nos compromissos pendentes? Conte pra mim nos comentários.
Bjs,
Fabi Scaranzi