(Imagem: Shutterstock)
No começo do mês tive a oportunidade de participar do primeiro encontro Women@Facebook lá no Facebook em São Paulo.
A ideia era reunir um grupo de mulheres para debaterem juntas o resultados de uma pesquisa feita por Carolina Dantas, da Alexandria.ai, sobre as diferenças entre mulheres e homens no trabalho.
A pesquisa, que contou com a participação de 768 mulheres e 704 homens de diferentes classes sociais e moradores da região sudeste do país, mostrou que 2,5x mais mulheres do que homens viram seus rendimentos individuais reduzirem após o nascimento do filho. Em números, esse dado atinge 45% das mulheres e apenas 18% dos homens.
Outro dado bem revelador é que 56% das mulheres fizeram uma pausa na carreira após a licença maternidade. Dá só uma olhada!
O nascimento do filho, aliás, é um dos fatores mais determinantes na hora da mulher mudar seus planos de carreira, rotina de trabalho ou até mesmo abandonar de vez a profissão.
– 47% das mulheres entrevistadas afirmaram repensar seu plano de carreira após o primeiro filho. Homens? 30%
– 17% das mulheres não quiseram assumir mais responsabilidades no trabalho após o primeiro filho. Homens? 10%
– 59% das mulheres precisaram buscar flexibilidade de horário no trabalho para cuidar da criança. Homens? 39%
– 34% das mulheres afirmaram fazer menos ou nenhuma hora extra depois da chegada da criança. Homens? 10%
Resultado dessa mudança brusca de rotina: 23% das mulheres são desconsideradas diante da chance de receberem uma promoção. Já os homens, apenas 11%.
Um dado muito importante dessa pesquisa mostrou que essa diferença entre homens e mulheres começa em casa, especialmente depois da chegada de um filho. De acordo com o gráfico, TODAS as tarefas abaixo recaem muito mais sobre as mulheres do que sobre o parceiro. Dá uma olhada!
E como se não bastassem todas as obrigações que adquirimos após o nascimento de um filho, o gráfico que mostra as responsabilidades com as tarefas da casa deixa claro que o nosso trabalho vai muito além da empresa ou escritório. Espia só!
Conclusão: a jornada dupla é real, inclusive nos finais de semana! Ao assumirmos a maioria das funções dentro de casa e com os pequenos, além de não termos tempo para cuidamos da nossa saúde física e mental, também passamos menos tempo nos dedicando a carreira, já que não podemos fazer horas extras e muito menos assumirmos uma jornada fixa de trabalho.
Como consequência, o psicológico da mulher também fica abalado. Sabia que 39% das mulheres que participaram da pesquisa afirmaram se sentir inseguras e com medo na hora de comunicar a gravidez para o seu superior? Dos homens que responderam a mesma pergunta, só 9% compartilharam desses mesmos sentimentos negativos.
Agora eu quero saber de você: qual é a principal (e mais dificil!) diferença entre homens e mulheres na sua opinião? É a jornada dupla de trabalho? A diferença salarial? Os compromissos com a casa? Conte pra mim nos comentários.
Bjs,
Fabi Scaranzi