8 dicas para quem quer começar a empreender

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Sabia que hoje, segundo dado da PNAD e do relatório GEM Brasil 2014, dos 130,7 milhões de brasileiros entre 18 a 64 anos, 45 milhões são empreendedores? Bastante, né? E a pesquisa mostra ainda que a taxa de sucesso de quem se prepara antes de abrir um negócio próprio é bem superior à de quem não toma as medidas necessárias antes de abrir uma empresa por necessidade.

A verdade é que abrir um negócio próprio sempre é motivo para ansiedade, euforia… e medo! Afinal, se aventurar em um universo totalmente novo gera uma certa insegurança. Para não pisar em um campo minado e começar a empreender se sentindo segura e confiante, antes de tudo é preciso muito planejamento. Por isso, nada de ser impulsiva! Confira algumas dicas oferecidas pela Small Business Trends para começar a empreender com cautela e cuidado.

1. Comece criando um plano de negócio, estabelecendo, inclusive seu público-alvo e área necessária para montar seu estabelecimento. Depois, pesquise a situação do mercado atual e se o seu plano de negócio se encaixa nessa oferta e procura.

2. Avalie os custos. É preciso lembrar que leva tempo até que sua empresa passe a dar lucros. No começo, além do pagamento mensal dos funcionários, é preciso tentar recuperar todo o dinheiro investido no negócio e ainda pagar taxas comerciais, como a emissão do alvará, por exemplo. E elas não são nada baratas!

3. Aprenda a economizar. Quem está começando a empreender vai ter que aceitar a fazer pequenos cortes, seja nos gastos com funcionários ou até mesmo na quantidade de material de escritório. Para isso, a melhor saída é dividir seus gastos compartilhando o escritório com estabelecimentos, unificando as despesas.

4. Aumente sua rede de contados. Lembra do famoso ditado: “quem é visto sempre aparece”? Só com muita propaganda e visibilidade para fazer seu negócio crescer. Crie perfis nas redes sociais (Instagram, Facebook, Twitter), amplie a rede de contatos e, principalmente no começo, invista em uma boa jogada de marketing, como um site ou anúncios no rádio e televisão.

5. Faça cursos de capacitação. Quanto mais você estudar, melhores serão suas chances na hora de fazer contatos ou consultar especialistas. A boa notícia é que você não precisa gastar nada com isso, já que atualmente existem várias plataformas que oferecem cursos gratuitos para quem quer começar a empreender. Disponíveis tanto em inglês, quanto em português, vale a pena dar uma olhada no coursera.org, FGV online, edx.org e endeavor.org.br e começar sempre com cursos básicos. Assim que você tiver as primeiras noções de empreendedorismo bem embasadas, parta para estratégia e plano de negócios, inovação, vendas e marketing, inclusive a digital.

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6. Aprenda com os profissionais da área. Procure quem já tem seu negócio estabelecido ou é um expert no assunto e não tenha medo de pedir dicas e conselhos. Escute as dicas com cuidado e tente identificar pontos em comum com o seu negócio. Pergunte sobre seus erros e acertos, o que faria de diferente e quais as principais dificuldades existentes no mercado atual. Se necessário, anote as dicas e lembre-se delas antes de tomar qualquer decisão futura.

7. Frequente encontros e palestras sobre o assunto. Sabia que muitas escolas de negócios e até universidades têm centro de empreendedorismo que oferecem encontros e palestras gratuitos? Essa pode ser uma ótima maneira de aprender como empreender ouvindo conceitos e dicas práticas, além de aumentar seu leque de empreendedores conhecidos que, porque não, podem vir a se tornar futuros parceiros. É preciso ter em mente que um negócio só vai pra frente se você fizer um networking com pessoas do meio antes mesmo do momento da inauguração do seu estabelecimento.

8. Invista em uma consultoria especializada. Depois de usufruir tudo o que puder do planejamento que criou por conta própria e começar o colher os frutos do seu investimento, vale a pena começar a considerar os serviços de consultoria, que servem para alavancar seu negócio com jogadas de marketing um pouco mais diferentes. Só não se esqueça que esses serviços normalmente custam caro e só devem ser requeridos se você tiver uma reserva segura de lucro para gastar, afinal, no mundo dos negócios nós estamos sempre aprendendo.

Bjs e boa sorte!
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

 

Abrir um negócio pode ser uma saída?

A crise sempre tem algo a nos ensinar. Sempre foi assim e sempre será. É a partir dela que genuinamente nos damos conta que precisamos mudar hábitos, atitudes e, quem sabe, nossos valores. É num momento como este que nos permitimos pensar e reavaliar nossas vidas, nossa carreira, e, em especial, nossas escolhas. O emprego já não é tão bom quanto antes, o risco de perdê-lo aumenta e o salário que dava para pagar as contas do mês já não tem o mesmo tamanho.

O que fazer então? Abrir um negócio próprio? Muita gente tentou e deu certo, outros perderam as economias que tinham, investindo em algo que não vingou. Convidei mais uma vez a financista Ana Cláudia Leoni, para oferecer, com sua visão macro de mercado e negócios, um conselho realista a quem está pensando seriamente em deixar seu atual trabalho de lado e apostar no comércio ou numa micro-empresa de serviços. Enfim, um negócio onde você seja o seu patrão. Será que, mesmo num momento de recessão como o que estamos vivendo, vale a pena tentar? Quais são os riscos que se corre?

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– Olha, Fabiana, quem sou eu para dar conselhos, com um mercado tão incerto! Mas vou tentar dividir aqui com você e suas leitoras o que penso a respeito:

A primeira coisa que vem à cabeça é empreender. Mudar parece ser uma opção e arriscar em um negócio próprio aparece no topo da lista! Surge então a oportunidade perfeita para por em prática uma ideia brilhante, há anos engavetada, que encontrou a oportunidade perfeita para sair do papel. O problema é que a maioria dos aspirantes a empreendedores julga que ter apenas uma ideia perfeita na mão é o suficiente para encontrar o caminho do sucesso. E mais: tem como principal meta “apenas” ganhar mais dinheiro em tempos de pouca bonança.

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O que valorizar

Costumo dizer com frequência em meu blog que se não dermos significado ao dinheiro, ele não passa de um mero pedaço de papel capaz de comprar algumas coisas. A maioria olha para ele como um fim e não como um meio de atingir seus objetivos de vida ou como a recompensa monetária pelo resultado de um árduo trabalho por eles desempenhado. Por terem essa visão tão distorcida do significado do dinheiro, não dedicam tempo suficiente para zelar por ele.

Para muitos empreendedores o dinheiro (ou a gestão dele) é apenas um detalhe no negócio. E é aí que reside o maior de todos os erros daqueles que buscam empreender. Atualmente 99,7% das empresas nos Estados Unidos são de pequeno porte, e são responsáveis por empregar metade da força de trabalho do país.

Vários são os fatores que contribuem para o sucesso daqueles que empreendem, como, por exemplo: atitude para tomar risco, habilidade cognitiva para o negócio em si e conhecimento e paixão por aquilo que criam. Mas, então porque a grande maioria fracassa, antes mesmo de atingirem seu grau de maturidade?

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Qualidades necessárias

Boa parte dos negócios fracassa nos primeiros anos de vida pela falta de preparo dos empreendedores em aspectos relacionados à gestão de processos, pessoas e de finanças. É preciso entender que um bom empreendedor não necessariamente é um bom gestor. Por isso é importante ter em mente que não basta ter uma boa ideia na cabeça, se não houver capacidade de gerir o negócio com eficiência. Negligenciar a gestão financeira de um negócio é um luxo ao qual nenhum empreendedor pode se dar.

É preciso reconhecer que a capacidade de gestão (do negócio e do dinheiro) deve ser desenvolvida de forma prioritária. É preciso reconhecer também que, sem uma gestão diligente, é impossível prosperar no mundo nos negócios, em especial em um mundo cada vez mais competitivo e criativo. É preciso, portanto, aproveitar o momento de crise para dedicar tempo naquilo que é urgente e vital para o negócio, sem perder de vista aquilo que é verdadeiramente importante para a vida.

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Mais uma vez agradeço a participação da Ana Cláudia aqui no nosso portal. E espero que essas considerações tão pertinentes levem você a refletir bastante sobre o seu potencial como empreendedor e gestor do seu próprio negócio. Não é só questão de coragem e disposição, mas também de planejamento. Uma boa dica para checar esse seu potencial é procurar o Sebrae e buscar assessoria técnica na área de negócios. Se o seu destino é ser empresária, corra atrás do seu sonho, mas com os pés no chão. E boa sorte!

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Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

Ana Claudia Silva Leoni é membro do Comitê Nacional de Educação Financeira(CONEF), conselheira suplente da Associação Brasileira de Educação Financeira (AEFBrasil), Diretora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), membro do Advisor Board do IFIE(International Forum for Investor Education) Chairman do IFIE America’s Chapter e executiva da ANBIMA. Formada em Comunicação Social pela Universidade Paulista, com MBA em Marketing de Serviços pela ESPM e autora do guia “Dinheiro com Atitude”

A crise não deve assustar. Procure nela uma oportunidade.

“Não pretendamos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar “superado”. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la”.
                                                                                                                                      Albert Einstein

O termo crise, do Latim “Crisis”, significa “ato de separar, decisão, julgamento, evento, momento decisivo”. Por outro lado, temos o termo “oportunidade”, que é descrito como uma circunstância ou conjunto de circunstâncias propícias para que algo aconteça. Se esses dois termos forem avaliados, é possível perceber que eles se completam.

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Recentemente, um bom exemplo a se observar é o de empresas que aproveitaram esta oportunidade em meio à crise e entenderam o que pede o novo mercado. As empresas fabricantes de lápis de cor e cadernos de pintura estão aí para provar. A febre adulta de combater o estresse “colorindo” desenhos, como terapia, ganhou corpo. As indústrias do setor (editoras, inclusive) foram afetadas positivamente pela crise. Afinal, onde há ansiedade e insegurança, métodos de relaxamento alternativo estão em alta! Daí que: encontrar as caixas de lápis de cor de 48 cores virou uma saga, de tanta procura que há por elas. E a produção tem aumentado para suprir a surpreendente demanda. O segredo está em encontrar o que está em alta e apostar nesse mercado.

Outra boa aposta tem sido encontrada no ramo de alimentação, que sempre tem o mercado ativo, desde que o foco seja adaptado aos novos tempos. Isso porque as pessoas nunca deixam de consumir neste setor. Há sempre a procura pelo alimento e a vontade de consumir o que agrada o apetite. Mas… até aí, tudo encareceu e é preciso inovar. Os consumidores querem comer mas buscam opções mais baratas. Muitos profissionais, desempregados e com experiência no setor, apostaram na oportunidade dos food trucks… Uma moda que chegou em plena crise, estabeleceu-se e já deu certo. Há de tudo um pouco e para todos os gostos… Saladas no pote, bolos no pote, comida japonesa, wraps, especialidades mexicanas, italianas, portuguesas… Aqui houve um boom, enquanto os restaurantes tradicionais reclamam da queda de movimento. Os demitidos de um lado, correm para o outro… Novidades de alimentação práticas, rápidas e saborosas, parecem estar em alta.

O empreendedor, de verdade, sabe que todo momento pode ser um bom momento para se ter um bom negócio, basta encontrar o nicho, a oportunidade e transforma-los em negócio. Apostando na auto-gestão, somando esforços e focando objetivos, a fim de que os lucros brotem, em geral, têm obtido êxito. Precisa ter coragem, correr riscos, mas para muitos, vale a pena.

A crise traz medo e insegurança, o que – muitas vezes – não nos deixa enxergar direito as oportunidades. Por este motivo, conseguir ter boas ideias para empreender e ganhar dinheiro, ou pelo menos sobreviver dignamente, em tempos de crise não é fácil. Mais do que coragem é preciso ter determinação e planejamento para assumir o risco e apostar em suas ideias.

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Estude, leia, se informe, converse com as pessoas ao seu redor, descubra o que está faltando, qual a demanda do momento. Pratique sempre a arte de descobrir novas oportunidades, desta forma, quando você perceber algo excelente, esperando por você, saberá como proceder, para melhor tirar proveito dela. O Sebrae tem uma ótima equipe de assessoria gratuita e também de consultoria em novos negócios. Vale sempre procurar ajuda.

Lembre-se: sempre que o presente parecer negativo, não se renda ao pessimismo. Relaxe, respire fundo e tente encontrar qual pode ser o lado bom da situação… pois essa é a direção que você deve tomar. E pode transformar sua vida. Reclamar e estagnar-se diante dos dragões financeiros… Isso é que não! Não é, meninas?

Bj pra vcs,
Fabiana Scaranzi

*Imagens: Shutterstock