Supere já o medo de falar em público

fabi palestra 1

Enquanto para alguns falar em público é fácil e natural, para outros, uma palestra de 20 minutos pode ser um verdadeiro pesadelo. O problema é que para alcançar o sucesso, você terá que passar por isso e enfrentar o desafio.
Eu estou acostumada, faço isso há anos, adoro, fico muito à vontade, mas um friozinho na barriga antes de se apresentar é natural. Se você sente que seu medo de falar em público é tão grande que ele pode, inclusive, atrapalhar seu rendimento, aqui vão algumas dicas:

Olhe nos olhos
Ao criar contato visual com quem está te assistindo, você incentiva a participação e manda a monotonia para bem longe. Mesmo que alguns convidados não estejam atentos, manter um sorriso no rosto e olhos sempre focados na direção do público, vai ajudar.

fabi falar em publico
Foco e concentração me ajudam a dar palestras e interagir com o público.

Inspira, respira
Falar devagar é fundamental para que você consiga processar melhor a informação e transmiti-la da melhor maneira possível. Essa pausa ainda ajuda você a se programar para a próxima fala e evitar que você se perca entre um conceito e outro.

Ninguém é perfeito
Não se cobre demais! Mesmo que sempre haja aquele medinho de ser julgada por seus valores e ideias, lembre-se que as pessoas estão lá para ouvirem e aprenderem com você e não para avaliarem sua performance. Para quebrar o gelo e transformar o nervosismo em confiança, comece sua apresentação falando sobre a quantidade de gente que está ali pra te ver e o quanto você está feliz com isso.

Dicas de peso

O medo de falar em público é o segundo na lista dos maiores medos do ser-humano, perdendo apenas para o medo de morrer. E que o que mais atrapalha uma pessoa na hora de falar em público são aqueles diálogos internos negativos que não conseguimos conter: “vai me dar branco”, “com certeza eu vou errar”, “todo mundo deve estar odiando”, “será que minhas ideias valem a atenção de toda essa gente?

Bora parar com esses diálogos internos e substituí-los por outros mais positivos? Dê um voto de confiança para você! Diga, sim, eu vou conseguir e vou melhorar cada vez mais! Sou capaz!

Agora é com você: Você tem algum truque especial para manter a calma e encarar um grande público? Divida suas dicas nos comentários abaixo!

Bjs e bom trabalho,
Fabi Scaranzi

Preparo mental: como não deixar o medo e o nervosismo tomarem conta!

comunicação - controle mental foto de destaque

Não é novidade que o medo desencadeia algumas reações bem negativas, como a fuga, a insegurança e a ansiedade. Não importa o quanto estamos preparadas para uma situação nova, o medo do desconhecido causa reações de defesa, inclusive no nosso corpo. Já notou como, minutos antes de uma apresentação ou reunião importante, nosso coração acelera, as mãos suam frio, o estômago fica embolado?

Como já disse aqui no site, o estresse e a adrenalina podem ser bem positivos, afinal, além de darem um up na nossa energia e entusiasmo, eles nos deixam mais alertas para reagir rapidamente a qualquer emergência.

Entretanto, quando o medo parece dominar nossas reações e até abalar a nossa autoconfiança, é preciso nos prepararmos mentalmente para não deixarmos o nervosismo tomar conta. Como? Eu ensino abaixo:

1. Medite por alguns segundos antes de se apresentar. Dessa forma, você recupera a concentração e não corre o risco de perder o foco no real objetivo da sua mensagem.

2. Repita para si mesma o principal objetivo da sua apresentação. E volte para ele sempre que sentir a ansiedade e o nervosismo se aproximando.

3. Crie mantras especiais pra você. Repetir frases como “EU CONSIGO FAZER ISSO” ou “MINHA MENSAGEM É IMPORTANTE” algumas vezes antes de começar sua apresentação ajuda a recuperar seu foco e diminuir a ansiedade.

4. Faça exercícios de respiração. Expire e inspire fundo 10 vezes, puxando o ar pelo nariz e soltando pela boca.

5. Caminhe. Caminhar ajuda a liberar a adrenalina acumulada no corpo.

6. Pratique o “tapping”. Também chamada de Terapia de Liberação Emocional, na técnica, você usa os dedos para aplicar pressão em alguns pontos dos meridianos, com o objetivo de desbloquear e estimular o sistema energético do corpo e mente.

7. Se permita ser vulnerável. Ao expor suas inseguranças para o público você gera uma aproximação natural entre vocês e torna sua apresentação mais “humana”.

8. Procure um amigo na plateia. Assim que começar sua apresentação, procure dois ou três rostos conhecidos ou que pareçam simpáticos e dirija sua apresentação à eles, sempre olhando de um para o outro. Esse “incentivo” traz uma sensação quase que instantânea de calma e segurança.

9. Tenha um plano B. Se sentir que as coisas podem dar errado, mantenha um roteiro ou rascunho ao alcance das mãos e compartilhe com a plateia alguma história pessoal que possa exemplificar a mensagem que está passando. Dessa forma, você aumenta a sensação de aproximação e deixa sua apresentação mais informal e acalorada.

10. Revise seu discurso e mensagem. Ao treinar uma última vez a sua apresentação sem a ajuda de rascunhos ou outros recursos visuais, você descobre o quanto domina o assunto e percebe que o medo é um sentimento irracional que não merece espaço.

Dicas anotadas?

Bjs,
Fabi Scaranzi

Insegurança: Não deixe que ela sabote seu futuro profissional

inseg

Você já parou para pensar que nunca tivemos tantas mulheres universitárias, informadas, preparadas em quase todas as áreas, tanto quanto os homens, mas que ainda somos absoluta minoria nas posições chaves de grandes multinacionais, dos governos e de projetos avançados? E já se perguntou o porquê disso?

Pense no seu próprio exemplo. Na sua área de atuação e de trabalho. Você acha que hoje ocupa uma posição que equivale ao seu conhecimento, experiência, capacidade e dedicação? Se sim, a pergunta é: e por que parou por aí? Se não, a pergunta é: o que a impede de mostrar que você é capaz e está pronta para muito mais?

Em ambos os casos é claro que existem as implicações de algumas posturas ainda machistas regendo elencos de altas cúpulas, a diferenciação salarial e coisas do gênero, aliás diretamente ligadas ao gênero… Mas será que você, mulher, profissional, tem se posicionado com segurança em relação a realmente querer novos desafios e provar do que é capaz por mérito próprio?

Pensive blond businesswoman chewing on pen

Levantei essa série de questionamentos quando soube da nova mundial feita pela multinacional de tecnologia HP sobre o mercado de trabalho feminino e as conclusões às quais a pesquisa chegou. A mais importante revela que as mulheres são mais inseguras que os homens. Que por mais que a empresa se empenhe em estimular o desenvolvimento e capacitação femininas, e por mais que elas própria se preparem, elas ainda hesitam na hora de provar para si mesmas e para a empresa (que espera resultados), que ao final dessa aposta, ela será capaz e eficiente. Ou seja, em muitos casos, inconscientemente, elas se sabotam, por falta de confiança e perdem inúmeras oportunidades de crescer.

Quem também se interessou por essa insegurança foram as americanas Claire Shipman e Katty Kay, autoras do livro The Confidence Code (O Segredo da Confiança). Em entrevista, Katty contou que elas conheceram algumas mulheres em cargos poderosos e sentiram que mesmo quando estavam no auge, não tinham certeza de que mereciam estar ali. “As mulheres dizem que deram sorte de chegar onde chegaram, coisa que os homens raramente diriam, isso nos levou a questionar se as mulheres eram de fato menos confiante e depois de muitas conversas e pesquisas, concluímos que sim”, revela.

Alguns fatores físicos e psicológicos são apontados como causadores desse comportamento. Os hormônios, por exemplo têm muito a ver com isso. Cientistas descobriram que a atuação do estrogênio (principal hormônio feminino) no cérebro faz com que as mulheres tenham mais facilidade em criar laços e conexões e mais dificuldade para discordar e correr riscos — essas últimas atitudes são, muitas vezes, necessárias para aumentar a confiança. Há ainda a facilidade feminina em ativar a amígdala cerebral -parte fundamental do sistema límbico, que controla as emoções. Isso resulta em gastar muito tempo remoendo os erros do passado e temendo o futuro: coisa rara no universo masculino.

Se quiserem alçar vôos maiores, as mulheres vão ter que parar de pensar tanto e agir mais: só assim, serão mais confiantes. “Viver numa zona de conforto pode se tornar monótono e triste. Portanto, ajam. A ação separa os tímidos dos ousados”, dizem Claire e Katty em um trecho do livro. Claro que é importante ponderar sobre o que fazer e sobre os riscos atrelados a cada passo — desde que isso não paralise a tomada de decisão.

Uma pesquisa feita pela consultoria McKinsey com mais de 1 000 pessoas mostra que, enquanto 86% dos homens acreditam que chegarão a ocupar um cargo executivo, apenas 69% das mulheres dizem o mesmo. Outro levantamento, da consultoria Bain&Company, revela que, quando mulheres ingressam no mercado, metade aspira a um cargo de alta gerência. Após cinco anos, só 16% delas têm a mesma ambição, enquanto 34% dos homens acreditam que chegarão lá. A falta de confiança pesa, mas há outro problema: por achar que têm a obrigação de dar conta, sozinhas, de todas as responsabilidades profissionais e domésticas, as mulheres recuam quando se veem diante de uma promoção. Conciliar a vida pessoal com a carreira é mais um fator que aumenta a insegurança feminina.

inseg3

Apesar de estudos mostrarem que mulheres em cargos de liderança contribuem mais para o sucesso das empresas (quando compõem os conselhos de administração, trazem para as companhias um lucro bruto 48% superior), elas ainda se sabotam. De onde então brota essa maldita autocrítica que as leva à estagnação?  Talvez esse seja um dos muitos motivos por que as mulheres são exceção no alto escalão das empresas.

E então? Não está na hora de virarmos esse jogo? Afinal somos maioria e temos agido timidamente, como se os séculos de desigualdade tivessem deixado cicatrizes que nos impedissem de ir além, mesmo quando as portas estão abertas… Não tenha medo! Confie mais em você e em todo o investimento que já fez para poder dizer SIM a cada novo desafio.

bj pra vcs
Fabi Scaranzi

Síndrome do pânico. Entenda as causas e tratamentos da doença

Síndrome do Pânico é uma doença grave, mas com grandes chances de cura (Imagem: Pinterest/The Huffington Post)
(Imagem: Pinterest/The Huffington Post)

A síndrome do pânico é um assunto sério! Mais comum do que podemos imaginar, este transtorno psiquiátrico atualmente atinge de 3 a 5% da população e pode afetar negativamente nosso estilo de vida. Ela é caracterizada pela ocorrência espontânea e inesperada de ataques de pânico, que podem variar de vários episódios por dia para apenas alguns ataques por ano.

Infelizmente, não há como prever as tais crises. Pelo menos nos estágios iniciais do transtorno, parece não haver nada específico capaz de desencadear o ataque, mas há indícios de que lembrar-se de crises de pânico anteriores pode contribuir e levar a uma nova crise.

Quem sofre com a síndrome pode apresentar mudanças de comportamento significativas, como o isolamento e a exclusão de certas situações ou locais, além de perda de controle, enlouquecimento e, em casos mais extremos, até a morte. “As mulheres são três vezes mais propensas do que os homens a sofrer desse mal. Apesar de poder ocorrer em pessoas de qualquer idade, geralmente se desenvolve entre 18 e 45 anos, com uma idade média de início de 24 anos”, explica o médico psiquiatra e professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Arthur Guerra.

Diagnóstico e sintomas
Para diagnosticar a doença, dr. Arthur explica que quatro ou mais ataques de medo ou de ter outro ataque de pânico devem ocorrer em um período de quatro semanas, ou um ou mais ataques seguidos por pelo menos um mês.

“Os ataques de pânico são definidos como um período de medo ou sensação desagradável intensa, em que quatro de 13 sintomas peculiares da síndrome surgem de forma abrupta e atingem pico de intensidade em até 10 minutos”, diz.

Durante o episódio, os pacientes podem ter o desejo de fuga, além da sensação de mal-estar, como se estivessem morrendo de um ataque cardíaco ou asfixia. Atenção para os sintomas mais comuns:

– Sensação de perigo iminente
– Palpitações ou batimentos cardíacos acelerados
– Suor
– Tremor ou estremecimento
– Sensação de falta de ar, asfixia ou sufocamento
– Dor ou desconforto no peito
– Náusea ou desconforto abdominal
– Tonturas, instabilidade ou desmaios
– Sentimento de frustração e fracasso consigo mesmo
– Medo de perder o controle ou enlouquecer
– Medo de morrer
– Dormência ou formigamento
– Calafrios ou ondas de calor

Outros sinais ou sintomas podem incluir: dor de cabeça, mãos frias, diarreia, insônia, fadiga, pensamentos intrusivos, e ruminações.

Causas da doença
Atualmente se entende por “síndrome do pânico” um conjunto de fatores que, se combinados com as influências do meio ambiente, tornam possível a manifestação dos sintomas. Acidentes, doenças graves, conflitos interpessoais ou experiências que geram tristezas profundas, como a perda de parentes e amigos, podem desencadear alguns sintomas da doença.

Dr. Arthur Guerra lembra ainda que o uso de maconha e de estimulantes, tais como a cafeína, descongestionantes nasais e cocaína também estão diretamente ligados à manifestação da síndrome do pânico.

Risco para outros transtornos
Além de todos os prejuízos causados pela doença, o transtorno, se não tratado urgentemente com ajuda pisquiátrica, pode desencadear o aparecimento de outras doenças.

– Pacientes com transtorno de pânico também têm alto risco (80%) de ter outros transtornos psiquiátricos, como ansiedade e dependência de álcool.
– A síndrome do pânico, em muitos casos acaba levando o paciente a sofrer de transtornos de humor. As chances do surgimento de doenças como depressão aumentam em até 60%.
– Pessoas com transtorno do pânico são seis vezes mais propensas a desenvolver doenças respiratórias, como a asma.

Tratamento
Os dados são bem expressivos. E em muitos casos, assustadores! Mas a boa notícia é que a doença tem cura! É importante ressaltar que o acompanhamento psicológico e a ingestão de medicamentos não devem ser vistos como alternativas, mas sim como parceiros no tratamento de pessoas que sofrem com a síndrome, uma vez que a combinação dessas duas táticas é superior – e consideravelmente mais forte – do que as duas modalidades isoladamente.

Tratamento a base de remédios:
Ao optar pelos medicamentos, o tratamento da síndrome é feito basicamente através da inclusão de antidepressivos ou benzodiazepínicos. “Vale ressaltar que os primeiros não causam risco de dependência, enquanto os segundos, apesar de poderem causar dependência com o uso continuado, são boas escolhas iniciais pelo efeito mais rápido sobre os sintomas”, explica Arthur.

Tratamento psicológico:
O tratamento psicoterápico mais utilizado entre os especialistas é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que inclui não só técnicas para lidar com a ansiedade, como técnicas de relaxamento e respiração, técnicas cognitivas (visando a correção de pensamentos distorcidos), técnicas de psicoeducação (importantes para o paciente poder conhecer sobre seu diagnóstico, sintomas, tratamentos disponíveis) e técnicas de exposição, onde o paciente vivencia voluntariamente alguns dos sintomas, para aprender a controlá-los e não deixar que eles tomam as rédias do seu psicológico. “A TCC, em geral, pode ser feita em um período curto, de 10 a 20 sessões e seus resultados são bem positivos, levando ao desaparecimento do transtorno e controle total dos sintomas de pânico”.

Você tem ou conhece alguém que sofra de síndrome do pânico? Na sua opinião, qual o principal gatilho atualmente capaz de desenvolver esse tipo de problema psicológico?

Bjs,
Fabi Scaranzi