Pra muita gente, celebrar pequenas vitórias parece impossível. Ao invés de reconhecer o progresso (seja na vida pessoal, na carreira, na prática de exercícios físicos, nos hábitos de alimentação…), muitas pessoas preferem esperar o resultado final ou, até julgar a si mesmas por não terem feito mais, melhor ou mais rapidamente.
Esse é o efeito da tão perigosa autocrítica! E ela quem nos impulsiona para sermos as melhores versões de nós mesmas, mas, ao mesmo tempo, é ela também quem pode nos impedir de alcançarmos nossas metas, sonhos e objetivos.
Já parou para analisar como, diante de cada nova tarefa, nos obrigamos a sermos perfeitas? Ou que por mais satisfeitas que a gente esteja, sempre pensamos que poderíamos ter feito melhor? Aí, não tem jeito: não demora até a autocrítica se transformar em insegurança, frustração e vergonha. Em muitos casos, ela pode, inclusive, nos convencer de que, se não for para alcançar os melhores resultados, o melhor é não fazer nada.
Se você deixa a sua autocrítica constantemente te impedir de progredir na vida pessoal ou na carreira, e seus objetivos ficam sempre estacionados, confira minhas três dicas para você colocar sua autoconfiança de volta aos trilhos.
1. Observe, não julgue
É difícil transformar uma atitude excessivamente crítica em uma atitude extremamente positiva da noite para o dia. É por isso que é importante dar passos pequenos. Que tal começar apenas observando? Ao invés de ver a si mesma e as suas ações com a lente da autocrítica, tente permanecer neutra e observar a situação como um todo. Analise os cenários, os resultados, as inúmeras possibilidades e desfechos.
Quer um exemplo? Na próxima vez que você se perguntar: “Por que é que eu só consigo finalizar cinco relatórios por mês? Eu deveria conseguir mais”, dê um passo para trás, mude seu tom negativo, observe seu progresso e diga: “Hoje eu já consigo entregar cinco relatórios por mês. No ano passado eu conseguia apenas três”.
2. Encontre seus cinco motivos
A gratidão é uma boa arma contra a autocrítica negativa. Para afastar qualquer sentimento de julgamento que possa abalar sua autoconfiança, procure listar cinco características pessoais pelas quais você pode ser grata. Seja sua resiliência, curiosidade ou persistência, escolha suas melhores características e coloque-as na sua “caixa de ferramentas”. Assim, cada vez que a sua autocrítica negativa der as caras, você vai ter munição de sobra pra lembrar a mulher maravilhosa que você é!
3. Esqueça o conceito de “bom” e “ruim”
Já reparou como a maioria dos nossos pensamentos, escolhas, ações e decisões são medidas pelo conceito de “bom” e “ruim”? Aqui vai outro exemplo bastante comum: conseguiu ir na academia três vezes essa semana? Isso é bom! Não resistiu a um brigadeiro no dia do dia? Isso é ruim!
Ao analisarmos cada uma de nossas ações como “boas” e “ruins”, deixamos nossa autocrítica fora de controle e o pior: não criamos espaço para o nosso crescimento e progresso. Bora então se dar uma folga, abandonar esse pensamento tão “8 ou 80” e se lembrar que “dificuldade” e “erro” não significam, necessariamente “fracasso”? É superimportante se permitir apreciar a jornada, os tombos e os aprendizados, e se dar o crédito por cada micro passo que você der. Afinal, são eles quem vão te dar ainda mais força contra a autocrítica negativa e te estimular a “chegar lá”, onde quer que o seu sucesso esteja!
Bjs,
Fabi Scaranzi