
É natural se sentir triste ou chateada uma vez ou outra na vida, afinal não estamos imunes a certas fatalidades: perda de uma pessoa querida, demissão no emprego, dívidas… São esses acontecimentos que te dão o total direito de chorar, ficar de mau humor, ou até sentir vontade de passar a tarde embaixo do edredom, devorando uma barra de chocolates como se não houvesse amanhã. Mas o natural é que esse desânimo passe com o decorrer dos dias e que em uma semana você esteja dando a volta por cima. A depressão só entra em cena quando o sofrimento vem sem causa aparente ou se é desproporcional ao motivo que o disparou, arrastando-se por meses ou até anos! De acordo com Elton Yoji Kanomata, psiquiatra do Núcleo de Medicina Psicossomática e Psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein, é durante a fase pós-parto ou na perimenopausa que as mulheres se encontram mais vulneráveis para apresentar quadros de depressão. “Durante essa fase, a mulher apresenta instabilidade de humor e comportamento, além de descreverem episódios depressivos”, ressalta. A explicação científica é simples: a queda do estrogênio (hormônio sexual feminino produzido pelos ovários) provoca irritabilidade, tristeza, sensibilidade e mau humor, agravando os quadros de depressão em quem está passando por uma fase conturbada ou sofreu um grande baque na vida há pouco tempo.
Sintomas clássicos
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), vários sinais vêm à tona quando a pessoa está com depressão. Fica atenta aos 10 sintomas mais comuns.
– Tristeza profunda sem motivo aparente
– Pessimismo em todas as áreas da vida
– Isolamento no trabalho, na família e os círculos sociais
– Baixa autoestima
– Dor muscular crônica
– Falta ou excesso de apetite
– Perda da libido ou diminuição do desejo sexual
– Sensação de culpa
– Distúrbio do sono e fadiga
– Dificuldade de raciocínio e concentração
A atenção deve ser redobrada se a pessoa apresentar três ou mais sintomas. Neste caso, o ideal é procurar ajuda profissional. Em muitos casos, quem sofre com a doença é incapaz de notar as alterações no seu comportamento e, dificilmente conseguirá reverter a situação sozinho.
Fatores de risco
Genética: De acordo com Elton, diversos estudos comprovam que a depressão se desenvolveu em maior risco em pessoas que possuem um histórico familiar ligo à doença. “No caso de mulheres de meia-idade, este risco acaba sendo três vezes maior quando comparada àquelas sem histórico familiar para depressão”, diz.
Fatores ambientais: Normalmente, a causa para a depressão é decorrente de um fenômeno que envolve fatores biológicos, genéticos, psicológicos, ambientais e sociais. Por isso, para o psiquiatra, somente os fatores ambientais – como a perda de emprego ou divórcio – não podem ser considerados como as principais causas da doença, mas sim um de seus fatores. “É preciso avaliar também a resiliência da pessoa frente ao problema que está enfrentando, além da situação em si e o modo como é confrontada.”
Alterações hormonais: Mais do que a queda do estrogênio durante a TPM, a gestação ou a menopausa, capaz de deixar a mulher irritada, sensível e com a autoestima lá embaixo, remédios para emagrecer ou estimulantes e deitas radicais – carentes em vitaminas, minerais e até gorduras – mexem com os hormônios e podem potencializar ou adiantar um desequilíbrio que seria natural apenas na fase reprodutiva.
Tratamentos
Diagnóstico precoce: O ideal é identificar a doença o quanto antes e assim buscar o tratamento adequado. Portanto, deixe de lado qualquer preconceito e peça ajuda, nem que em um primeiro momento seja apenas de amigos e parentes. Eles ficarão atentos se os seus sintomas estão se agravando e te ajudarão a procurar um especialista capaz de tratar o problema.
Reposição hormonal: A maior parte dos tratamentos contra depressão está diretamente ligado ao aumento da serotonina no organismo da mulher, já que é esse o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e felicidade.
Medicamentos: Existem mais de 36 tipos de antidepressivos disponíveis no mercado, mas somente o psiquiatra é capaz de recomendar a versão certa para cada caso, bem como a dose e a periodicidade do tratamento.
Psicoterapia ou Terapia Comportamental Cognitiva (TCC): O acompanhamento psicológico faz com que a pessoa tenha consciência do drama que está enfrentando e aprenda a gerenciar melhor seus conflitos e os sintomas da crise. No caso da TCC, sessões com o psiquiatra vão estimular o paciente a desabafar e a mudar aquelas visões muitas vezes distorcidas da realidade, mudando sua maneira de pensar e agir.
Prevenção
Atividade física, meditação e ioga: Já notou como você sai animada e eufórica da academia? Elton explica que isso acontece porque o exercício aeróbico libera endorfina, que resulta na sensação de prazer e bem-estar, diminuindo a possibilidade de sentimentos de mágoa que levam à depressão. Já exercícios como a meditação e a ioga controlam a respiração e a ansiedade, aumentando nossa consciência corporal e dissipando, pouco a pouco, nossas visões negativas. Na ioga, ainda temos a vantagem do alongamento, que, se feito regularmente passará a agir diretamente no nosso sistema nervoso central, proporcionando calma e a sensação de relaxamento.
Alimentação saudável: Pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália constataram que a alimentação a base de hambúrgueres, pão branco, batata frita e açúcar está associada a probabilidade de 50% de desenvolver transtornos depressivos. Já quem se alimenta de forma equilibrada, tendo em sua dieta alimentos como hortaliças, frutas, grãos integrais e carnes magras, é 30% menos provável de desenvolver depressão.
Fim do sedentarismo e de vícios como álcool e cigarro: Substâncias nocivas, como a cafeína, nicotina, estimulantes e até inibidores de apetite agem negativamente no cérebro, modificando nossos neurotransmissores, gerando a sensação de prazer instantâneo, mas de melancolia a longo prazo.
Acupuntura: De acordo com um estudo apresentado pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, a técnica milenar chinesa que aplica agulhas nos pontos de tensão do corpo, melhorou em até 50% os sintomas de depressão nas 52 mulheres que participaram da pesquisa durante 12 sessões de 25 minutos cada.
Trabalho voluntário: Além de melhorar a memória, pacientes depressivos que atuam como voluntariados se distraem mais facilmente além de passarem a praticar o altruísmo, reduzindo sua cota de stress negativo.
Tem coisa melhor do fazer o bem para você e os outros de uma vez só?
bj
Fabi Scaranzi
Parabéns pelo Site Fabi… minha mãe tem depressão psicótica associada com melancolia… pela perda do meu pai casado há 40 anos com ela… faleceu ano passado! As informações foram muito importantes para mim! Grato.
William, tem momentos da vida que são mais difíceis mesmo…meu pai também faleceu há um ano. Enfim, manda um beijo pra sua mãe e espero que as coisas melhorem rapidamente pra vcs. bj
Olá eu.só a Renata e to pasando pó.um momento ruim eu to sentindo muito aperto no coração choro por motivo nem um tristeza angústia eu só tenho 20 anos mim aguda as vezes penso em mim matar
Querida Renata, você precisa receber ajuda o quanto antes. Você conhece algum CAPS (Centro de Atenção Psicosocial), perto de onde mora? É um centro gratuito e podem te ajudar, com certeza. Fique bem. bj pra você.
OLA FABIANA MINHA ESPOSA ESTA EM TRATAMENTO NUMA CLINICA , TRATANDO DE DEPRESSAO , ELA JA ESTA BEM MELHOR FAZ 15 DIAS E ACREDITO QUE MAIS DEZ DIAS ELA TEM ALTA . COMO DEVO AGIR AGORA PARA AJUDAR ELA .
Hermes, tudo bem? É importante que, antes da sua esposa ter alta, você converse com o médico dela que certamente vai te dar as principais orientações de como você deve tratá-la. ë muito bacana ver você se preocupando com a sua esposa e importante também. Mande um beijo pra ela! Tudo vai ficar bem. bj
ola fabiana me chamo luana e estou muito preocupada com minha mae ela estar com depressao vive chorando sem motivo sem animo pra nada ate a fisonomia dela estar mudada isso ja vem acontecendo a algumas semanas estou muito triste por ver minha mae desse jeito sofre ela e a familia toda. gostaria muita da sua orientacao. obrigada pela atencao…
Querida Luana, eu não sou médica, mas tudo indica que sua mãe está com um importante quadro depressivo. Um diagnóstico médico ou psicológico é muito importante nessa hora. Você tem um médico de confiança? Ele, certamente, poderá ajudar nessas horas. Força. bj pra vc. Fica bem
Olá Fabiana eu preciso de ajuda,de umas semanas pra cá eu ando me sentindo sozinha e isso me faz ficar triste,sem ânimo pra sair,durmo o dia inteiro,tenho dores musculares e falta de apetite.
Eu queria saber se eu estiver com depressão onde busco ajuda?
Carolina linda, você tem algum tipo de ajuda médica, como, por exemplo, algum convênio? A avaliação médica, para descartar outros problemas de saúde, seria a melhor opção. Tem os CAPS também, (Centro de Atenção Psicosocial), é um centro gratuito e vai te ajudar, com certeza. Fique bem. bj pra você.
Já passei por isso Yasmin Gabriele ,e esse ano estou passando novamente,mas com mais experiencia e apoio,e to conseguindo viver um dia de cada vez …tenho um Blog pra pode passar minha experiencias e tentar ajudar outras pessoas que não sabem como agir,sem apoio apenas pra desabafar.Se quiser fazer parte ,será bem vinda tá!Bjinhus se cuida e conta comigo !!!
Fabiana querida,
Muito obrigada por dividir suas experiências com as minhas leitoras. A gente tem que se ajudar mesmo, apoiar e, claro, sempre orientar a procurar ajuda médica. bj pra vc!
olá Fabiana sou Gloria preciso de sua ajuda, olha eu tenho quase certeza que estou com um começo de depressão de uns dias pra cá ñ tenho vontade de fazer atividade nenhuma a vontade é só de viver deitada e com muita tristeza choro por qualquer coisa, estou tendo muita insônia, air fico muito stresada , me sinto muito sozinha mesmo tendo alguém em casa, meu marido ñ entende, porque n tó tendo animo pra nada o que devo fazer.
Glória querida, entendo que essa situação deve estar muito desconfortável pra você. E as pessoas não entendem porque querem ver a gente bem e acham que podemos mexer numa chavinha que tudo vai ficar bem. Mas depressão é um quadro crônico, isto é, precisa de um tempo para ser diagnosticado. Você teria como passar em um médico, que é o profissional mais habilitado para fazer esse diagnóstico? Seria importante essa consulta. Muita força! Força pra levantar, se animar… Olha, um bj pra você!
Yasmim querida, parece mesmo que você tem depressão, mas como eu não sou médica, não estou autorizada a fazer esse diagnóstico. Estou aqui pra apoiar vocês e dar algumas informações. Você tem um médico da sua confiança para conversar sobre isso? Tem o CAPS, centro gratuito que você pode procurar. Eles estão em vários bairros. É difícil para as pessoas entenderem porque , de repente, uma pessoa que era cheia de vida ficou tão triste, mas converse calmamente com a sua mãe, explique pra ela que é um momento difícil pra você. E juntas vocês podem procurar ajuda médica. Ela vai te entender. Tenta pensar em coisas positivas, respirar fundo, tente fazer algo que te inspire. Força e bj pra vc!
Olá Fabiana, meu nome é Karol, tenho 22 anos e aos 20 fui diagnosticada com depressão. Faço terapia mas mesmo assim é muito difícil lidar com essa situaçao pois tenho muitos altos e baixos. Estou passando por um momento difícil pois minha familia nao sabe mais o que fazer… As vezes precisamos somente de apoio. Quero agradecer pela atenção que da a todas as pessoas que comentaram e assim como eu precisam de ajuda, iluminada seja a sua vida. Beijos
karol, linda, obrigada você por entrar aqui e dizer essas palavras pra mim e pra todas as pessoas que comentam aqui! Respeito muito a depressão e quem sofre com ela. Imagino que seja de altos e baixos mesmo, mas o importante é não desistir nunca. É um trabalho de formiguinha, mas com tratamento, você vai conseguir karol. Você tem um coração grande e generoso e merece tudo de melhor. Força, foco e fé! Seja sempre muito bem-vinda por aqui!
Olá Fabiana. Tive filho faz seis meses, nesse tempo mudei de estado morava em RS agora moro em Sc longe de todos da minha familia… Moro só eu meu bebe e meu marido, é bem difícil para mim essa mudança. No dia 18 de julho tive uma crise de ansiedade que quando tive não sabia oq era pensei que ia morrer, fui ao médico e me diagnosticaram com ansiedade, achei que ia passar mas ando tendo crises frequentes com menos panico pois sei que agora é da ansiedade, só que tenho tido choros, pouca vontade de comer, penso que o dia termine logo para eu poder deitar e dormir, ou penso que o dia vai ser longo se acordo cedo, me sinto culpada por me sentir assim, penso que a qualquer momento posso morrer pq meu coração acelera e fico com mal estar mesmo sabendo que é da ansiedade isso. Então queria saber tua opinião, sera que estou com um inicio de depressão? Já fiz eletro, exames de sangue pq fiquei preocupada q fosse problema cardíaco mas ainda n saiu os resultados… Já procurei psicologo também, vou começar um tratamento, mas sera que devo procurar psiquiatra? Obrigada desde já ;) Maria Luísa Mayer
@marialuisamayer:disqus
Querida , ótimo que vc já tenha procurado ajuda de um psicólogo. Mudanças não são fáceis mesmo mas aos poucos vamos nos adaptando. Vamos ver como funciona o psicólogo com você? Se não melhorar em 4 semanas, entao sugiro você procurar um psiquiatra. Tem todo o meu apoio. Estamos por aqui. bj grande, calma, respira lentamente, e muita Força!!