Especial H1N1! Saiba como prevenir e identificar a doença

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A gripe H1N1 tem dado o que falar! As filas nos hospitais e postos de saúde em busca da vacina para se prevenir contra o vírus estão cada vez maiores. Mas porque agora? De acordo com a dra. Nancy Bellei, coordenadora de virologia clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), o motivo é que “como o vírus surgiu inesperadamente, as pessoas e a comunidade médica foram pegas desprevenidas. O anúncio de óbitos, embora pequeno, também assustou”. Por isso tanta gente tem ido atrás da vacina. E você também deveria!

Entendendo a H1N1
A gripe H1N1 – também conhecida como gripe influenza tipo A ou gripe suína – se tornou conhecida quando afetou grande parte da população mundial entre 2009 e 2010. O problema é que de tempos em tempos o vírus causa epidemias mais intensas, por isso ela tem sido destaque ultimamente. Seus sintomas, parecidos com os da gripe comum, precisam ser levados a sério, já que podem levar a complicações de saúde muito mais graves que febre, coriza e dores no corpo.

Conversando com a dra. Nancy Bellei, descobri que um número menor de pessoas – entre elas, pacientes portadores de doenças crônicas, gestantes, idosos e crianças – podem apresentar sintomas mais graves e a doença pode até progredir. “Nesses casos, a febre não melhora após o terceiro dia do surgimento dos sintomas ou o paciente passa a apresentar falta de ar. Esse quadro, ou mal-estar intenso, deve ser considerado sinal de alarme e o doente precisa, imediatamente, procurar atendimento médico”. Se não medicado, quem sofre com uma gripe H1N1 mais severa pode vir a óbito por pneumonia ou pela piora das condições de doenças crônicas que o paciente já vinha apresentando. Viu só como o assunto é sério?

Atenção aos sintomas
Os sinais de gripe H1N1, mesmo parecidos com os de um simples resfriado, requerem atenção. De acordo com dra. Nancy, sintomas mais graves costumam incluir, inclusive, algumas complicações. Preste atenção:

– Febre alta (acima dos 39 graus)
– Tosse
– Coriza
Espirros
– Congestão nasal
Dor de cabeça
– Dores musculares
– Dores nas juntas
– Dor de garganta
– Falta de ar
– Fraqueza
– Náuseas e vômitos
– Diarreia

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Modos de transmissão
A transmissão da gripe H1N1 acontece principalmente quando alguém doente tosse, espirra ou até mesmo fala com outras pessoas. De acordo com dra. Nancy, também pode ocorrer a transmissão do vírus através do contato com secreções dos pacientes em objetos contaminados por um curto período de tempo. Por isso, todo cuidado é pouco, ok?

Formas de tratamento
O tratamento médico para os pacientes com H1N1 normalmente acontece com o uso do antiviral Tamiflu Oseltamivir. E em geral, todos os pacientes de riscos (gestantes, idosos, crianças menores de cinco anos e doentes crônicos) devem ser tratados após avaliação médica, logo no início do quadro febril, para evitar complicações. “Pode-se usar também os sintomáticos como anti-inflamatórios ou antipiréticos (que reduzem a febre) e que o próprio paciente já tenha usado anteriormente em outros casos gripais”, diz a especialista.

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É possível prevenir
A melhor forma de prevenção da gripe H1N1 é a vacinação. No entanto, nas epidemias precoces – como essas que estão acontecendo agora – as vacinas não estão rapidamente disponíveis. Por isso, a melhor maneira é redobrar alguns cuidados:

– Evitar aglomerações e eventos em lugares fechados
– Manter distância de quem está tossindo ou espirrando
– Lavar sempre as mãos com água e sabão e evitar levar as mãos ao rosto e à boca
– Manter hábitos saudáveis, alimentando-se bem, principalmente com frutas e verduras
– Beber bastante água
– Evitar o contato com mucosas
– Levar sempre um frasco de álcool-gel para garantir que as mãos estejam sempre esterilizadas

E atenção: após a vacinação, o organismo leva em média até duas semanas para começar a produzir anticorpos protetores. Ou seja, mesmo vacinada, não há garantia que em meio a epidemia, você não pegará a H1N1 nas primeiras semanas.

Onde encontrar a vacina
No Brasil, a vacina trivalente é distribuída gratuitamente à grupos de risco. Além dela, há vacinas trivalentes (vírus influenza AH3N2, AH1N1 e influenza B) ou quadrivalentes (vírus influenza AH3N2, AH1N1 e influenza B de duas linhagens diferentes) produzidas por laboratórios privados e que podem ser encontradas em clínicas e hospitais particulares, por, em média R$ 120.
A dose da vacina é única, mas crianças vacinadas entre 6 meses e 8 anos devem tomar duas doses. Anotou?

Efeitos colaterais
Mais uma boa notícia: a vacina contra a gripe H1N1 não tem nenhum efeito colateral importante. Dra. Nancy Bellei lembra que pode em 1 a 10% dos casos, os vacinados podem se queixar de uma febre fraca e passageira. Ah, e um último detalhe: se você tem alergia a proteína do ovo, a vacinação não é indicada pra você!

Bjs e se cuida!
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

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