Distúrbios na Tireoide. Identifique os sintomas e tratamentos

tireoide

Já ouviu falar em tireoide? Essa glândula em forma de borboleta e responsável por produzir os hormônios T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina), é uma das maiores do corpo humano e fica localizada na parte anterior do nosso pescoço, logo abaixo do famoso “pomo de Adão”.

Ela pode até ser pequena quando comparada a outros órgãos do corpo humano, mas de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) sua função é extremamente importante, já que atua no bom funcionamento do coração, cérebro, fígado e rins, interferindo, inclusive, no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, no peso, na fertilidade, no ciclo menstrual, na concentração, no humor, na memória e até no controle emocional. Viu só porque é tão importante manter a saúde da tireoide sempre em dia?

Tireoide e seus possíveis problemas
Você já deve ser lido dos nomes “hipertireoidismo” e “hipertireoidismo” por aí. Essas duas doenças nada mais são do que desequilíbrios na tireoide, seja para mais, ou para menos.

Quando essa glândula trabalha demais e produz hormônios em excesso, chamamos de hipertireoidismo. Confira os sintomas:

– Palpitações e coração disparado
– Intestino solto
Desequilíbrio no sono
– Intolerância ao calor
– Excesso de suor
– Fraqueza das unhas
– Coceira generalizada
– Pele ruborizada e úmida
Cabelos finos e quebradiços
– Fraqueza muscular
– Olhos esbugalhados
– Colesterol baixo
– Hipertensão
– Aumento da glicose no sangue
– Alargamento da ponta dos dedos
– Cansaço durante esforços
– Agitação, tanto na fala, quanto nos gestos
– Alteração menstrual
– Anemia
– Aumento do volume de urina
– Perda de peso
– Aumento da sede e fome
– Osteoporose
– Irritabilidade e ansiedade
Depressão
– Amnésia
– Dificuldade de concentração
– Tremores das mãos
– Picos de energia e cansaço

Agora, quando essa glândula produz poucos hormônios tireoidianos ou se é retirada graças a presença de um tumor, chamamos de hipotireoidismo. Aí, tudo começa a funcionar mais lentamente no nosso corpo. Fique de olho nos sintomas:

– Crescimento comprometido
– Intestino preso
– Coração bate mais devagar
– Diminuição da capacidade de memória
– Fraqueza e cansaço excessivo
Dores musculares e nas articulações
– Sonolência
– Pele seca
– Ganho de peso
– Aumento nos níveis de colesterol no sangue
– Depressão
– Intolerância ao frio
Diminuição do suor
Queda de cabelo
– Unhas fracas
– Redução do paladar
– Anemia
Alteração menstrual
– Infertilidade
– Disfunção erétil
Perda de libido
Inchaços e coma (em casos graves e não tratados)

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia compara o hipotireoidismo à “parada do indivíduo”, uma vez que o corpo não tem mais “combustível” para ser gasto.

hormonios-tireoidianos-oral

Detectando problemas na tireoide
Seja no hipo ou no hipertireoidismo, pode haver um aumento no volume da tireoide, chamado bócio. Para detectá-lo é só fazer um exame físico em casa mesmo. Como? Fique de frente para o espelho, beba um gole de água e observe exatamente a região exata do pomo de Adão (ou gogó). Conforme o líquido desce, observe o movimento da glândula. Se você notar uma bola por ali, pode ser sinal da presença de um nódulo. Aí, o melhor é procurar um especialista para tirar a dúvida.

No caso das crianças, é possível que algumas nasçam com hipotireoidismo. Por isso, é fundamental fazer o Teste do Pezinho logo após o nascimento do bebê. Com uma gota de sangue tirada do pezinho do recém-nascido, é possível detectar males genéticos, um tipo raro de anemia e até se a produção dos hormônios tireoidianos não está adequada. Caso haja alterações nas taxas desses hormônios, a criança passa por um tratamento com hormônios sintéticos, evitando deficiência intelectual, conhecida como cretinismo.

Vale lembrar que problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, em homens e mulheres, tanto no recém-nascido, quanto no idoso. A SBEM estima, inclusive, que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. E mesmo que isso não signifique que eles sejam malignos (apenas 5% dão cancerígenos), o autoexame é fundamental, já que assim o endocrinologista passa a tratar a doença ainda em sua fase inicial, aumentando as chances de cura.

Bjs,
Fabi Scaranzi

*Imagens: Shutterstock

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *