Janeiro é conhecido como o ano do recomeço, da renovação. Quem nunca fez uma promessa ou uma listinha de planos e metas com a intenção de colocar em prática já na primeira semana do ano? Junto com Réveillon vem uma injeção de ânimo, de garra, de vontade de ser mais, de ser melhor.
Seja para emagrecer, mudar de emprego ou realizar aquela viagem dos sonhos, as opções de metas e promessas são muitas! O problema é que muitas delas acabam sendo deixadas de lado ou, em nem saem do papel. Aí, a frustração é imediata.
Pensando nisso, a dra. Ana Lucia Martins da Silva, psicóloga do Hospital Albert Einstein separou algumas dicas e sugestões pra você colocar seus planos para 2019 em prática e ser uma mulher muito mais feliz e realizada. Espia só a entrevista com a especialista!
Existe uma forma correta de planejar nossas metas e evitar frustrações?
Podemos começar nos perguntando três coisas: por que, para quê e como. Exemplos:
– Minha meta é emagrecer. Por quê? Quero melhorar a minha qualidade de vida. Para quê? Para viver com mais tranquilidade, não dar trabalho aos meus filhos e não sofrer com doenças evitáveis. Como? Intensificar a atividade física, restringir o consumo de determinados alimentos, pedir orientação a um especialista.
– Meta: guardar dinheiro. Por quê? Quero ter segurança financeira. Para quê? Para poder mudar de profissão, poder viajar e para não ser pego desprevenida por imprevistos. Como? Reduzindo o gasto com comida delivery e cozinhando mais em casa, fazendo um plano de investimento de uma quantia mensal fixa em débito automático.
Só seremos capazes de persistirmos em uma meta se esta fizer sentido para nós, pois o prazer imediato é tentador e poderá atrapalhar o objetivo final.
Como avaliar as metas inacabadas do ano anterior? Devemos insistir no que não deu certo?
A avaliação das metas não cumpridas é um excelente momento para percebermos onde estão os nossos pontos fracos. Reconhecer em que pontos e por quais razões nos desviamos da meta, permite um melhor preparo. Quando esses pontos se reapresentarem no dia-a-dia, poderemos contorná-los com consciência e autocontrole. Podemos abandonar metas que não fazem mais sentido, mas se ainda queremos alcançá-las e não temos tido sucesso, é hora de rever as estratégias usadas. A meta é o resultado, a avaliação e o planejamento são o porquê, o para que e o como.
Como escolher metas realistas?
Uma meta realista é embasada na nossa experiência e conhecimento sobre nós mesmos, somando experiências de outros e conhecimentos científicos. Além de realista, a meta deve ser saudável e segura. Informação e conhecimentos são essenciais para a escolha da nova meta/promessa.
Como equilibrar a paciência com a expectativa?
Com conhecimento, informação e resistência às frustrações para lidar com percalços. Uma das formas de não desistir quando nos confrontamos com uma frustração é levar em conta que imprevistos acontecem e podemos nos preparar para eles desde o planejamento das metas.
Exemplo: a meta é emagrecer 1 kg por semana, mas nas semanas 12 e 13 a pessoa adoece e precisa se alimentar de outra maneira ou fica privada da atividade física e a meta não é atingida. Contar com “perdas” e atrasos deve fazer parte do planejamento para mantermos expectativas realistas.
Como gerir a autoestima para não desanimar ou aceitar o insucesso com as metas?
Encarando a realidade de que erros e falhas podem acontecer seja no planejamento ou no acompanhamento da meta, afinal somos humanos e sujeitos a emoções que influenciam o nosso comportamento e que os insucessos são grandes oportunidades para reavaliarmos e repensarmos nossas metas e estratégias.
Viu como é possível cumprir suas metas e promessas em 2019 desde que você mantenha os pés no chão, não desanime e trabalhe duro? Vá com tudo, você consegue!
Bjs,
Fabi Scaranzi
*Fonte: Hospital Albert Einstein